Confira as chances do Vasco de Libertadores e de permanência na Série A

Praticamente garantido na primeira divisão, Vasco da Gama ainda luta por uma das vagas na Copa Libertadores de 2025.

Jogadores do Vasco em clássico contra o Flamengo
Jogadores do Vasco em clássico contra o Flamengo (Foto: Matheus Lima/Vasco)

Após 28 rodadas, o Campeonato Brasileiro segue bem disputado pelos três principais candidatos ao título e, depois dos jogos deste fim de semana, Palmeiras e Fortaleza encostaram de vez no líder Botafogo, que soma 57 pontos contra 56 do time alviverde e 55 dos tricolores. Mesmo na segunda colocação, os comandados de Abel Ferreira chegaram a 44,38% de chances de chegar ao tricampeonato consecutivo, enquanto os alvinegros estão com 40,50%, ou seja, vai ter emoção até o fim. Sem esquecer os consideráveis 11, 38% de possibilidades da equipe cearense.

O Palmeiras, focado apenas no Brasileirão, conseguiu um importante triunfo por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, no sábado. Subiu suas chances de ficar com a taça de 33% para 44% aproveitando o empate do Botafogo diante do Grêmio também neste sábado. A queda percentual alvinegra foi de 54% para 40%. Os rivais jogam fora de casa na próxima rodada: palmeirenses pegam o Bragantino no interior paulista, e botafoguenses vão a Curitiba encarar o Athletico-PR.

Em terceiro lugar e próximo dos líderes, o Fortaleza bateu o Cuiabá, e teve uma leve subida de 9,90% para 11,38%. A equipe tricolor também vai atuar longe de seus domínios na próxima rodada, pois encara o Grêmio, em Porto Alegre.

As chances são determinadas por modelos estatísticos aplicados pelo economista Bruno Imaizumi sobre microdados coletados pela equipe do Espião Estatístico desde 2013. Foram analisadas as características de todas as finalizações e resultados de 4.454 jogos de Campeonatos Brasileiros que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes no ataque e na defesa a partir da métrica de expectativa de gol (xG), consolidada internacionalmente.

Por exemplo, se uma equipe com desempenhos ofensivos e defensivos apenas medianos será visitante no segundo turno contra adversários que estejam com as melhores performances mandantes, as chances desse visitante vencer são menores do que de um time eficiente e de alta produtividade ofensiva que tem agendados confrontos contra adversários que, neste momento, estejam com os piores desempenhos caseiros.

Porém, conforme novos jogos são disputados, os potenciais futuros mudam, rodada a rodada. Essas são algumas possibilidades que explicam o fato de as chances não acompanharem exatamente as posições atuais da tabela de classificação: os potenciais futuros são diferentes dos resultados já conhecidos, entre outros motivos, devido à inversão de mandos no returno.

Os dados ajudam a calcular o potencial que cada equipe tem para vencer os jogos restantes, considerando mando de campo e outras características ao fazer 10 mil simulações para cada partida a ser disputada.

Chances de permanência

Fim de semana não foi bom para os gigantes Corinthians e Fluminense, que foram derrotados, ficaram no Z-4 e viram suas chances de permanência na Série A do Brasileirão diminuírem. A queda alvinegra foi leve de 64,08% para 61,20%. Já os tricolores tinham 54,44% de possibilidades de continuarem na elite do futebol brasileiro e agora têm 48,16%.

A situação de ambos é difícil, mas não é desesperadora, por enquanto. Seus próximos jogos são em casa, porém contra adversários que estão na parte de cima e precisando pontuar para se aproximarem de vagas na próxima Libertadores. O Alvinegro paulista recebe o Internacional, e o Tricolor carioca encara o Cruzeiro, no Maracanã.

Os outros integrantes da zona de rebaixamento, Cuiabá e Atlético-GO, têm mais motivos de preocupação. O Dourado perdeu para o Fortaleza e agora mantém 18,61% de chances de permanência. O Dragão até venceu um embate direto contra o Fluminense, mas foi apenas de 1,69% de possibilidades de seguir na Série A para 3,55%, sem contar que segue na lanterna e sete pontos atrás do primeiro time fora da zona de perigo.

O Athletico-PR é um caso curioso de um time em queda de rendimento, que está na 15ª colocação a três pontos do Z-4, mas ainda não aparece entre os oito times mais ameaçados de queda. Derrotado pelo Flamengo neste domingo, o Furacão foi de 93,61% de chances de permanência para 92,19%. Explica-se a ameaça parecer ainda distante por ter dois a jogos atrasados em relação a alguns de seus rivais que estão correndo maior perigo. Novos insucessos, no entanto, podem colocar os atleticanos nesta lista desagradável em breve. Já são oito jogos sem vencer no Brasileirão.

Chances de permanecer na Série A em 2025

  • Atlético-MG – 99,52%
  • Vasco – 98,27%
  • Athletico-PR – 92,19%
  • Grêmio – 90,86%
  • Bragantino – 84,38%
  • Juventude – 75,69%
  • Criciuma – 75,43%
  • Corinthinas – 61,20%
  • Vitória – 52,14%
  • Fluminense – 48,16%
  • Cuaibá – 18,61%
  • Atlético-GO – 3,55%

Libertadores

Enquanto Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores não estiverem decididas, os quatro primeiros colocados no Brasileirão se classificam para a fase de grupos da Libertadores do ano que vem, enquanto o quinto e o sexto colocados disputam uma fase preliminar.

Caso os campeões das três competições estejam entre os primeiros colocados do Brasileirão, novas vagas classificatórias para a Libertadores serão abertas no nacional. Por enquanto, apresentamos as chances de as equipes terminarem o Brasileirão até a quarta e até a sexta colocações.

Chances de G4 e G6 no Brasileirão

  • Botafogo – G4 – 97,34% / G6 – 99,93%
  • Palmeiras – G4 – 97,00% / G6 – 99,86%
  • Fortaleza – G4 – 84,94% / G6 – 98,55%
  • Flamengo – G4 – 52,51% / G6 – 86,36%
  • São Paulo – G4 – 97,34% / G6 – 99,93%
  • Internacional – G4 – 20,02% / G6 – 61,91%
  • Bahia – G4 – 9,82%/ G6 – 40,92%
  • Cruzeiro – G4 – 4,53% / G6 – 26,74%
  • Atlético-MG – G4 -0,66% / G6 – 99,93%
  • Vasco – G4 – 0,05% / G6 – 0,96%
  • Athletico-PR – G4 – 0,04% / G6 – 0,57%
  • Grêmio – G4 – 0,01,% / G6 – 0,23%
  • Bragantino – G4 – 0,00% / G6 – 0,03%
  • Juventude – G4 – 0,00% / G6 – 0,01%
  • Criciuma – G4 – 0,00% / G6 – 0,01%

Metodologia

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência as finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.454 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013.

As variáveis consideradas no modelo são: (1) a distância e o ângulo da finalização em relação ao gol; (2) se a finalização foi feita cara a cara com o goleiro; (3) se foi feita sem a presença do goleiro; (4) a parte do corpo utilizada para concluir; (5) se a finalização foi feita de primeira, ajeitada ou carregada; se o chute foi feito com a perna boa ou ruim do jogador; (6) a origem do lance (pênalti, escanteio, cruzamento, falta direta, roubada de bola, lateral etc); (7) se a assistência foi feita de dentro da área; (8) a posição em que o atleta joga; (9) indicadores de força do chute; (10) o valor de mercado das equipes em cada temporada a partir de dados do site Transfermarkt (como proxy de qualidade do elenco); (11) o tempo de jogo; (12) a idade do jogador; (13) a altura do goleiro em jogadas originadas de bolas aéreas; (14) a diferença no placar no momento de cada finalização.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo. Essa variação indica as chances de os times vencerem cada adversário e, a partir daí, é calculada a chance de os clubes terminarem o campeonato em cada posição.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

Fonte: Globo Esporte

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