Confira análise do novo esquema tático do Vasco
O técnico Zé Ricardo resolveu renovar e testou um novo esquema tático no Vasco da Gama na partida contra o Fluminense.
O clássico entre Fluminense e Vasco não saiu do zero no estádio Nilton Santos, mas foi um jogo interessante de se ver. Não pela qualidade técnica, e sim pelo duelo de estratégias entre Zé Ricardo e Abel Braga. O jovem treinador vascaíno mostrou ousadia ao estrear novo esquema tático justamente contra o rival, espelhou a formação e neutralizou o adversário – chegando à sexta partida sem derrotas no confronto pessoal com Abelão. O LANCE! analisa as novidades e o que precisa melhorar na proposta do Cruz-Maltino.
A grande surpresa de Zé foi a escalação com três zagueiros, treinada desde o fim de fevereiro em São Januário. O comandante afirmou na terça-feira que não faria mudanças bruscas na equipe, mas mudou de ideia e ensaiou a formação que pode ser usada na estreia da fase de grupos da Libertadores. O posicionamento é o mesmo que o Fluminense usa desde o começo da temporada: uma espécie de 3-5-2 com variações. Na defesa, o time se fecha no 5-3-2 e os três zagueiros fecham a área para evitar o caos n a bola aérea defensiva.
Mas engana-se quem acha que a tática é apenas uma retranca. A defesa mais incorpada é também uma forma de liberar os laterais Yago Pikachu e Henrique, com características mais ofensivas que defensivas. Assim, viram alas e ganham liberdade para sair em velocidade no contra-ataque. Veja como ambos chegaram na área no primeiro lance de perigo do Vasco:
A saída rápida, de certa forma, funcionou. Zé chegou a pedir na parada técnica que, assim que roubassem a bola, ligassem de imediato em Riascos e Rildo para os dribles em velocidade. Porém, quando a posse de bola era do Vasco e o adversário estava armado, foi feio de se ver. O trio Paulão-Erazo-Werley não conseguiu dar qualidade na saída de bola e em alguns momentos apelou para os chutões. Só quando Wagner ou Desábato buscavam o jogo que o time conseguia sair trocando passes na frente do meio de campo:
No primeiro tempo, poucas ações deram certo para os dois lados. Em uma bobeira da defesa, Sornoza apareceu livre para cabecear mas Martin Silva saiu fechando o gol. Rldo também teve chance clara mas se atrapalhou na passada e desperdiçou. No fim, Zé tirou o zagueiro Werley e colocou Paulinho, alterando o esquema durante a partida para um 4-3-3. Andrés Rios entrou no lugar de Rildo, cansado, e Thiago Galhardo deu mais movimentação ao meio depois da saída de Wagner que, mesmo centralizado, pouco fez na criação.
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