Colunista exalta qualidade de passes de Juninho e Felipe

O meia Juninho Peranambucano foi decisivo na partida do Vasco contra o Friburguense, pelo Carioca.

E assim teve prosseguimento o desânimo deste campeonato com o 0 a 0 do primeiro clássico, entre Botafogo e Flamengo. É o terceiro empate consecutivo dos dois times, sendo que, no caso específico do Flamengo, o terceiro empate sem gols. Há três jogos, o time não marca um golzinho, nem para fazer um agrado à sua numerosa torcida. É um campeonato duro de se ver.

No começo, só deu Botafogo, enquanto o time do Flamengo voltava a mostrar inconcebível falta de entusiasmo, bem diferente do time que derrotou o Real Potosi. Pois foi no início que tivemos dois dos poucos lances de perigo no primeiro tempo, ambos em chutes muito bem desferidos por Andrezinho que bateram no travessão, o segundo em cobrança de falta. Houve também um pênalti cometido em Antônio Carlos, que o juizinho não deu e ainda aplicou cartão amarelo no zagueiro do Botafogo, por uma simulação que não existiu.

O Flamengo só deu o ar de sua graça no segundo tempo, em outro lance de bola no travessão, desta vez num chute surpreendente e espetacular de Renato Abreu, uma incrível canhota de longe. Houve alguns poucos lances de perigo que não chegaram a empolgar o público, sobretudo depois que Willians foi expulso — e muito bem expulso — no gesto irresponsável de debochar do juiz. A falta de gol pode ser atribuída às atuações apagadas dos atacantes do Botafogo (Elkeson, Maicosuel e Loco Abreu) e do Flamengo (Deivid e Ronaldinho Gaúcho).

O DOM DO PASSE. Passe é algo fundamental no futebol, nenhum time se organiza nem cria jogadas sem ele. Feliz do clube que tem em seu elenco jogadores que sabem passar a bola, e não só dar chutes para a frente e para a área rival. O Vasco é um desses clubes e, não por acaso, é o melhor time do futebol carioca e um dos melhores do Brasil, desde o ano passado. Por enquanto, o time que sobra neste Campeonato do Rio.

O grande “passador” de ontem foi Juninho Pernambucano. Primeiro, num córner em que a bola percorreu uma trajetória preconcebida, não foi uma bola chutada a esmo para a área. Depois, num passe em profundidade, executado com precisão e sobretudo com visão de jogo. O finalizador das duas jogadas — a primeira de cabeça, a segunda com o pé, ambas muito bem executadas, foi Diego Souza, autor dos gols da vitória de 2 a 0 sobre o Friburguense.

E o Vasco ainda tem Felipe, outro craque nos passes, que só agora está voltando. É o time com 100 por cento de aproveitamento neste campeonato.

CADA VEZ PIOR. O segundo tempo do jogo não precisou chegar a um minuto para que o juiz de Fluminense 1 x 1 Duque de Caxias cometesse um de seus erros graves, ao deixar de marcar um pênalti absolutamente nítido em Wellington Nem, do Fluminense. Outros erros se seguiriam, em prejuízo do Duque de Caxias também, até o último minuto, quando houve outro pênalti não marcado, em Samuel, também do Fluminense.

É assim que anda a arbitragem dirigida pela Federação do Rio, como as arbitragens dirigidas pelas demais federações estaduais, e como a arbitragem dirigida pela comissão da CBF, que nada faz. Ano após ano, a qualidade dessa mesma arbitragem brasileira só faz desabar. Esses erros são erros de início de temporada. Outros, piores ainda, acontecerão durante o ano, até o último minuto da temporada, como aconteceu no último minuto do jogo de sábado.

Quanto ao time do Fluminense que anda jogando, melhor esperar pelo outro, exatamente o que se apresentará agora na Taça Libertadores, imagino que com todos os titulares.

Nos times ditos pequenos, como o Duque de Caxias, o que mais impressiona é a absoluta incapacidade dos jogadores de decidir o lance de gol. É uma demonstração de como os fundamentos do futebol são desprezados no período de formação desses jogadores. Eles entram pela área, às vezes sozinhos, como aconteceu contra o Fluminense, e simplesmente não sabem o que fazer com a bola — ou como fazer — e desperdiçam as jogadas mais fáceis de concluir. É outro defeito que se acentua a cada ano.

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Coluna de Fernando Calazans – O Globo

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