Coletiva de despedida! Diniz agradece ao Vasco, indica ‘divisor de águas’ e se desculpa

Confira detalhes da entrevista do técnico Fernando Diniz, concedida nesta sexta-feira para falar sobre sua saída do Vasco da Gama.

Última coletiva de Fernando Diniz na sua 1ª passagem pelo Vasco
Última coletiva de Fernando Diniz na sua 1ª passagem pelo Vasco

Diferentemente dos outros treinadores que deixaram o Vasco em 2021, Fernando Diniz fez questão de conceder entrevista coletiva após encerrar sua passagem pelo clube. Na manhã desta sexta-feira, deu suas explicações a respeito do fracasso vascaíno na tentativa de voltar à Série A.

– Primeiro quero fazer um agradecimento especial ao Vasco na figura de seu presidente, seu Jorge Salgado, e ao Pássaro, que me fizeram o convite. Pela maneira que fui recebido pelo clube, pelo staff e por todos os jogadores, que se empenharam para ajudar para que as coisas dessem certo. Mas de maneira muito especial à torcida do Vasco, que foi uma coisa encantadora, foi algo mágico para mim. Tivemos a chance de conquistar o acesso, que era o nosso sonho. Era uma coisa difícil, mas em determinados momentos se tornou muito possível.

Sobre o momento em que o Vasco desandou na Série B, Fernando Diniz apontou o empate com o Náutico, jogo no qual a equipe vencia por 2 a 0 e cedeu o 2 a 2.

– Eu não sei precisar por que as coisas não aconteceram. Concordo que foi a partir do jogo com o Náutico. A gente teve a nossa maior chance porque foi onde a gente teve uma conjunção muito favorável daquilo que se fazia no campo e no extracampo aqui no clube. E com o torcedor. Quando a gente tem esse momento, tem que saber aproveitar. Foi o momento em que a gente ou ia para o acesso ou poderia acontecer o que aconteceu. Infelizmente a gente não soube aproveitar esse momento que construiu com o trabalho de todo mundo. E aí a gente não concluiu esse processo com o acesso sonhado.

– A gente teve um momento que foi quase que um divisor de águas, que foi o jogo do Náutico. A gente poderia ter carimbado o nosso acesso praticamente e não soube aproveitar.

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Triste por não conseguir o acesso

– Sofrimento muito grande por não ter conseguido subir o Vasco, é uma coisa que me toca profundamente. Quem está dentro do processo, e eu estou dentro do processo o tempo todo, eu vou saber o que fazer. Amo o que eu faço, vou entregar o máximo para os jogadores e o clube que eu represento. E principalmente atingir o torcedor de uma maneira que, além de ganhar, ele goste do que está vendo. Que sinta prazer e orgulho do time que ele torce.

Luta pelo futebol bonito

– Aqui no Vasco, a gente terminou de maneira muito ruim, mas o torcedor voltou ao campo muito entusiasmado tanto com o resultado do jogo quanto com a maneira que o time jogava. Essa é uma luta que eu travo, e eu vou estar sempre procurando melhorar para entregar o melhor para jogadores, instituição, staff e de maneira especial aos torcedores.

Torcida especial

– A torcida do Vasco merece que o time volte para a Série A. É uma torcida muito diferente. Já conhecia de jogar contra e trabalhando aqui foi algo que me encantou muito. Saio com essa mágoa e decepção por não ter entregado o acesso aos torcedores, que é o que eles merecem.

Há uma receita para colocar o Vasco nos trilhos?

– A gente não pode achar que receitas prontas, coisas fáceis e midiáticas vão resolver o problema do Vasco. O Vasco precisa de muito trabalho, dignidade e coragem. Você investindo nessas coisas, isso vai trazer o Vasco de volta ao patamar que teve. Temos que acreditar nas nossas convicções. Futebol é muito complexo. Não é muito simples. Todo mundo tem que se dar a mão no Vasco. Não é tergiversando que o Vasco vai conseguir dias melhores. Desejo o melhor para o Vasco e penso que o caminho que o Vasco deve seguir é esse.

Jogadores entenderam o seu estilo de jogo?

– Foram dois meses aqui no Vasco. Tínhamos tudo para conseguir o acesso. Os jogadores entenderam a ideia de jogo de maneira rápida. Quando jogávamos de forma simples, sentíamos mais dificuldade. O problema foi outro.

Decisão do presidente de mudar o comando

– Eu acho essa maneira mais direta me favorece. Eu não queria sair daqui do Vasco sem agradecer. Em relação ao planejamento do ano que vem, a gente não planejou nada. Foi uma decisão do presidente de fazer a mudança, e eu deixei ele bem à vontade para fazer isso. É sempre melhor para um treinador pegar um trabalho do inicio para fazer a formação do elenco para fazer o que ele precisa, o que as suas ideias necessitam. A entrevista era para poder ter esse contato com vocês e falar dos meus sentimentos de gratidão ao Vasco, como eu fui acolhido.

Se arrepende de alguma decisão tomada?

– Eu não vivo de arrependimentos, vivo de erros e acertos. Nós temos uma cultura muito focada nos erros, no que deu errado. Mas a decisão que a gente toma demonstra a coragem dos homens. Eu não sou de comentar as decisões, eu me entrego muito para as coisas acontecerem de forma positiva. A gente erra e acerta. O crescimento é árduo.

Modelo de jogo foi o problema?

– Eu não tenho proposta para o ano que vem. Trabalhar no Vasco é sempre uma possibilidade, por isso vim para cá. O problema não é o modelo de jogo, o elenco, se fosse o problema do elenco, a gente não teria evoluído na minha chegada. No elenco, você avalia na formação dele. É sempre um risco quando você forma um elenco, pode dar certo ou errado. O tempo sempre ajuda. Agora, foi o primeiro momento de oscilação, foi grande, mas só aconteceu agora. A gente esbarra muito no modelo de jogo. O conhecimento é muito maior do que técnico e tático, você conhece o elenco no dia a dia.

Fonte: Globo Esporte

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4 comentários
  • Responder

    Manda quase todos embora,se ficar no máximo 3.
    A maioria pensam que jogam e não jogam porra nenhuma.
    Ganham bem e não jogam nada.
    Montar um time com jogadores que jogam e que fiquem comprometidos com essa camisa que tem muita história.
    Essa torcida que chega junto está cansada de sofrer.vamos mudar esse nosso Vasco.

  • Responder

    Complementando, o que falta é vergonha na cara da maioria dos jogadores que não merecem vestir essa camisa.. Castan,Morato,os dois goleiros que atuaram mais, e outros tantos; são verdadeiras aberrações como jogadores.sao tantos, que até me falha a memória.esse time , merece a Série C. É olhe lá.

  • Responder

    Infelizmente, o problema do Vasco, com excessao do Nenê, todo o elenco é indigno de vestir a camisa Vãs c.

    • Parem de achar que Nenê é referência para equipe… Faça um raio x desde quando ele chegou!… Não é nada surpreendente e ainda perdeu pênalti decisivo e não jogou nada as últimas 3 partidas. ano que vem possivelmente terá contusão e ficará mamando na teta por muito tempo!. Que time medíocre esse Vasco

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