Clássico entre Vasco e Botafogo promete fortes emoções

um momento em que o futebol para frente do Barcelona é a inspiração para todos os amantes do esporte, os torcedores de Botafogo e Vasco têm a chance de ver, ao menos, duas equipes obstinadas pelo ataque na grande decisão da Taça Rio, às 16h, no Engenhão completamente lotado, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!. E não é exagero.

Ao pegar as escalações de Oswaldo de Oliveira e Cristovão Borges, o torcedor verá que volantes de marcação são apenas dois: Marcelo Mattos, pelo Glorioso, e Rômulo, pelo Cruz-Maltino. No restante, apenas jogadores de qualidades ofensivas, o que pode fazer com que uma chuva de gols aconteça no Engenhão, em um clássico que tem sido, talvez, o mais maluco e imprevisível do Rio de Janeiro (veja os motivos abaixo).

– Sempre gostei de jogadores técnicos. Os zagueiro tem de ter qualidade também. Precisamos de um marcador, mas ele precisa saber jogar – disse Oswaldo de Oliveira, tendo a mesma filosofia de Cristovão:

– É jogo grande, para frente. As características das equipes são essas. Qualquer aposta é imprevisível.

Pelos atacantes que estarão em campo, não é difícil isso acontecer. Alecsandro e Loco Abreu marcaram juntos 21 gols, sendo 12 e nove, respectivamente. Herrera, que fica no banco, também tem nove.

Somado a isso, o clássico promete emoções também pelo histórico inusitado. Houve longo jejum a favor do Vasco décadas atrás, sequência de triunfos em decisões do Fogão e goleadas. Das mais recentes, o 6 a 0 aplicado pelo Cruz-Maltino no Glorioso na estreia de Loco Abreu, em 2010 e o 4 a 0 a favor do Botafogo, no Brasileiro de 2011, mesmo com o Vasco embalado pelo título da Copa do Brasil e brigando pelo penta.

Quer apostar? Aposte nos dois. E com muitos gols.

NO BOTA, TREINO FECHADO DE PÊNALTIS

O técnico Oswaldo de Oliveira fez mistério e fechou o treino de cobranças de pênaltis ontem, no campo anexo do Engenhão, após cerca de 40 minutos de um trabalho técnico.

A curiosidade foi a ausência de Loco Abreu na atividade. O uruguaio ficou apenas na academia e não é problema para o jogo. O atacante desperdiçou seis das sete últimas cobranças e perdeu o posto de batedor oficial do time. Este ano, já foram cinco tentativas desperdiçadas.

A preocupação do treinador é que o Botafogo não tem um aproveitamento bom neste quesito. Além dos chutes perdidos do camisa 13, o Alvinegro foi eliminado nas penalidades na semifinal da Taça Rio pelo Fluminense. Contra o Treze, pela Copa do Brasil, o Alvinegro levou a melhor, mas também teve duas cobranças desperdiçadas, assim como no jogo contra o Tricolor.

NO VASCO, CRISTOVÃO ELOGIA MEIO-CAMPO RIVAL

O técnico Cristovão Borges não poupou elogios ao meio de campo de Botafogo. O comandante cruz-maltino lembrou que os jogos diante do adversário deste domingo no Engenhão costumam ser muito complicados.

– Eles fazem muito bem a ligação da defesa com o ataque. É uma equipe muito boa, forte e difícil de ser jogar contra. Sempre tivemos jogos duros contra o Botafogo. Uma movimentação em alta velocidade, jogadores dinâmicos. Temos de nos preparar bem – disse o treinador.

Cristovão lembrou da vocação ofensiva do Vasco e a necessidade de se trabalhar o posicionamento defensivo:

– Trabalhamos o posicionamento, a nossa recomposição rápida. Jogamos para frente e precisamos estar bem postados.

NO CLÁSSICO, QUEM É O ‘FREGUÊS’?

A história prevê um fato curioso no clássico entre Botafogo e Vasco. Se levarmos em consideração o retrospecto geral do confronto, vantagem total dos Cruz-Maltino, mas quando lembramos somente das decisões entre os rivais, domínio do Glorioso.

No âmbito geral, o Vasco tem 54 vitórias a mais que o Botafogo. Ao todo são 313 confrontos, com 136 triunfos do Gigante da Colina, frente a 82 vitórias do Glorioso. Essa é a maior disparidade se considerados os maiores clássico do futebol brasileiro.

Mas a torcida alvinegra sabe como revidar. Em decisões, o Glorioso tem ampla vantagem em confrontos diretos. São sete títulos conquistados sobre o Vasco, com, somente, uma derrota.

lancenet