Chefe de arbitragem da CBF revela que Léo Jardim não quis atendimento médico

Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Rodrigo Cintra analisa expulsão de Léo Jardim e cita que arqueiro não quis ser atendido.

Léo Jardim é expulso em jogo contra o Internacional
Léo Jardim é expulso em jogo contra o Internacional (Foto: Reprodução)

O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Rodrigo Cintra, defendeu a atuação de Flavio Rodrigues de Souza na expulsão de Léo Jardim, no empate de 1 a 1 entre Internacional e Vasco, no Beira-Rio. O goleiro vascaíno recebeu dois cartões amarelos e foi expulso de campo.

No segundo cartão, aos 38 minutos do segundo tempo, o goleiro estava sentado ao lado da baliza pedindo atendimento médico, mas o árbitro mandou ele se levantar e, em seguida, o puniu com o segundo amarelo, por cera. Exames de imagem realizados depois da partida identificaram “hematomas musculares profundos” e contusão por trauma na bacia.

O caso gerou protestos dos vascaínos, mas foi considerado um acerto pela comissão da CBF. Para Cintra, inclusive, a rodada foi “muito boa para a arbitragem”. O presidente da comissão disse que a decisão do árbitro contra Jardim está “prevista no texto da regra, na orientação e na recomendação da FIFA”, lembrando que na Copa do Mundo de Clubes a arbitragem “coibiu demais o antijogo”.

– O árbitro estava agindo com a correção e tentando em todos os instantes analisar e dar todo o suporte para que o jogador fosse atendido. Infelizmente, ele não quis atendimento e demorou aquele tempo todo ali.

– O árbitro chegou ao último recurso, mesmo com o apoio de seu assistente, mesmo voltando lá pela segunda vez, mesmo com o médico ao lado do jogador, sem proceder nenhum tipo de atendimento. Não tinha outro recurso para retornar a partida – afirmou Cintra.

Em entrevista durante novo período de treinamento da arbitragem – desta vez com cerca de 70 árbitros, no Rio de Janeiro -, Cintra disse que “a recomendação que a gente tem sempre é que todos estejam atentos à modernidade do futebol”.

– O que aconteceu foi um excesso, não do árbitro, mas todas as tentativas que o árbitro teve, ele cumpriu assim em detalhes, em detalhes, foi minucioso nos procedimentos. Infelizmente, o jogador não avançou no retorno, ele não buscou o retorno à partida.

Jardim recebeu dois cartões amarelos no intervalo de 14 minutos no Beira-Rio, no momento em que o Vasco vencia por 1 a 0. No segundo, aos 38 minutos do segundo tempo, o goleiro estava sentado ao lado da baliza pedindo atendimento médico, mas o árbitro mandou ele se levantar e, em seguida, o puniu com o amarelo.

Na súmula, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza alegou que Léo Jardim teve tempo suficiente para ser atendido durante as substituições das equipes e afirmou que o goleiro vascaíno retardou propositalmente o início da partida.

– Lamentavelmente, a gente vai ver algumas vezes isso, sim, se os jogadores desafiarem a arbitragem, se eles não cumprirem o que eles estão propostos, que é jogar futebol. E e isso não é uma questão específica para este determinado jogador, nós vemos isso ao redor do mundo. É comum? Não é comum, porque quando um jogador recebe um cartão amarelo por uma conduta como esta, normalmente ele recua e ele vai jogar futebol. O que vocês vão ver se acontecer novamente são outras expulsões, mas não porque aconteceu essa, mas se existir um desafio e o desrespeito ao jogo. O árbitro deverá, sim, coibir de todas as formas – completou Cintra.

Em nota depois do jogo, o Vasco definiu a atuação do árbitro como “desastrosa” e pediu à CBF o seu afastamento imediato.

E o exame?

Perguntado sobre o resultado do exame de imagem divulgado pelo Vasco, Cintra se esquivou e reforçou que casos semelhantes terão critérios semelhantes. De acordo com o laudo divulgado pelo clube carioca nesta segunda-feira, Léo Jardim teve “hematomas musculares profundos” e contusão por trauma na bacia identificados em exames de imagem realizados depois da partida.

– (Do exame) Não tenho como analisar o laudo dos médicos, eu não sou médico e nem o árbitro é médico. O médico estava do lado do jogador. Quem tinha que analisar era o médico, que estava ao lado do jogador durante todo este período, e ele poderia atendê-lo, inclusive. E o árbitro recomendou atendimento, perguntou se ele queria, ele não quis, faz parte. Eu não sei se por estratégia, não sei se por tática, o que quer que seja, não estou aqui para julgar. O árbitro só está ali para cumprir as regras do jogo, segundo os elementos que ele tem. E os elementos que ele tinha naquele momento foram aqueles. Ele foi, ele perguntou, ele buscou. A partir daí, o médico que está do lado do jogador durante aquele período todo é que tem plenas condições de chamar e de atender, uma vez que o jogador pede. Se não pedir, o árbitro não pode obrigar o jogador a ser atendido – disse Cintra.

O chefe de arbitragem da CBF reforçou que, segundo Flavio Rodrigues de Souza, foram dadas todas as chances para que Léo Jardim recebesse atendimento médico.

– E esse assunto médico, eu não tenho como avançar, a única coisa que eu posso dizer é que o árbitro cumpriu cem por cento dos procedimentos e tentou a todo instante evitar a perda de tempo. Inclusive, excedendo nas tentativas de preventiva, com seu árbitro assistente vindo até o jogador, para perguntar também se ele precisava de apoio, enquanto o árbitro estava atento com a questão da substituição. E somente depois, quando o jogador sentou ao solo, que foi percebido que o próprio membro da equipe técnica solicitou para que ele sentasse, aí ele teve aquela perda de tempo exagerada. O árbitro voltou, recomendou que ele se levantasse, ele não se levantou. Então o árbitro cumpriu as regras do jogo. Nós não podemos polemizar essa situação – reafirmou Cintra.

– Então, não é a CBF, não é o árbitro, é a FIFA. E a FIFA é a detentora dos direitos do futebol no mundo. E nós estamos aqui para fazer cumprir. Por mais que, infelizmente, às vezes um não saia contente, mas nós temos que fazer isso. Alguém tem que fazer isso tudo acontecer. E o árbitro, a gente já sabe que ele não é o herói nunca, mas ele tem que estar ali para fazer acontecer. Até porque se ele não cumprir as regras, quem será punido e quem será advertido será ele.

Fonte: Globo Esporte

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