CFO do Vasco revela que dívida da SAF aumentou e prevê limite em gastos

Em entrevista, o CFO do Vasco da Gama, Raphael Vianna, afirma que dívida da SAF aumentou em R$ 350 milhões; Clube busca redução.

Raphael Vianna, CFO do Vasco
Raphael Vianna, CFO do Vasco (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Em vídeo publicado no canal oficial do Vasco no YouTube, o CFO da SAF vascaína, Raphael Vianna, afirmou que a dívida vascaína aumentou R$ 350 milhões desde a criação da empresa para controlar o futebol.

– Desde que a Vasco SAF foi criada, a dívida aumentou cerca de 350 milhões de reais. Maior gasto de receita, pagamento do juros de dívidas históricas, má gestão, não aproveitamento da receita do Vasco. A receita é muito menor do que ela deveria ser, comparando o tamanho da torcida. Dezenas de ações mapeadas que temos para aumentar a receita do clube, inclusive ter um limite para o gasto com o futebol.

Em vídeos curtos disponibilizados no canal do Vasco, CEO e CFO da SAF comentaram a grave situação financeira do clube e detalharam os próximos passos. O CEO Carlos Amodeo afirmou que o processo de reestruturação pode ser impopular, mas é necessário.

– A gente precisa ter consciência da gravidade da situação financeira do Vasco. Pela situação do Vasco nos últimos 24 meses, o clube vive uma situação bastante sensível. A atual gestão está enfrentando essa crise financeira, implementando um processo de reestruturação que é considerado impopular, mas que é necessário para construir um processo melhor no Vasco – disse o CEO.

Nesta semana, a Justiça aceitou o pedido do Vasco e concedeu a tutela cautelar antecedente que suspende cobranças, bloqueios, execuções e qualquer tipo de penhora relacionados a dívidas pelos próximos 30 dias. A medida faz parte do plano do clube de renegociar com seus credores.

Paralelamente a isso, o Vasco deu início ao processo de mediação com seus credores, conforme carta aberta divulgada pelo clube na semana passada. A Fundação Getúlio Vargas está conduzindo as negociações.

– A mediação – somada, agora, ao deferimento da tutela cautelar antecedente, impedindo, por exemplo, penhoras e bloqueios, suspendendo ações de cobrança e execuções -, é mais um passo para a reestruturação do Vasco. Com a decisão de hoje, o Vasco e seus credores podem negociar de forma coordenada e num ambiente mais tranquilo, preservando, também, a operação diária da VascoSaf e do CRVG – destacou o VP Jurídico do clube, Felipe Carregal Sztajnbok, ao ge.

O objetivo do Vasco é atacar a dívida de maneira eficaz, reduzir o maior valor possível da dívida e, dessa forma, parar de “enxugar gelo” com pagamento de juros.

Fonte: Globo Esporte

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