Ceará tem portas abertas à PC Gusmão
O técnico teria caminho livre para voltar ao clube de Fortaleza do qual é, atualmente, um dos maiores ídolos.
Dirigentes e torcedores do Ceará ficaram eufóricos com a possibilidade de PC Gusmão deixar o Vasco. Assim, o técnico teria caminho livre para voltar ao clube de Fortaleza do qual é, atualmente, um dos maiores ídolos.
O Ceará procura um treinador para a temporada 2011. Dimas Filgueiras, que assumiu interinamente em setembro após a saída de Mário Sérgio, já falou que deixará a função no próximo ano. O sonho da direção é ter PC novamente. Ele deixou o clube invicto, em segundo lugar, na 7ª rodada do Brasileirão.
– Ele é ídolo aqui, tem as portas abertas, mas por enquanto não estamos tratando do assunto – disse Fred Gomes, gerente de futebol do Ceará, que há dois meses passou dez dias estagiando no Vasco e conversou bastante com PC.
Apesar das negativas oficiais, pessoas ligadas à direção tentam convencer o técnico a voltar. Não seria a primeira tentativa. No fim de setembro, após a derrota do Vasco para o Guarani, o Ceará teria feito uma proposta pelo técnico vascaíno. Na época, PC deu entrevistas na imprensa cearense falando que pretendia ficar em São Januário.
A relação entre o treinador a direção do clube cearense hoje é amistosa, mas já foi complicada. No fim do ano passado, quando o treinador levou o time a Série A depois de 16 anos, não houve acordo sobre a renovação de contrato. O técnico, que ganhava R$ 50 mil, pediu R$ 150 mil. Ele acabou saindo. Voltou em fevereiro, após o fracasso de René Simões, com salário próximo do que desejava.
Crise parecida em outros clubes
A crise misteriosa entre PC Gusmão e a direção do Vasco lembra a passagem do treinador por outros dois clubes do Rio. Nas passagens por Flamengo e Botafogo, ele saiu por “divergências internas” com as diretorias, sem que o assunto fosse plenamente esclarecido ao público.
Em 2004, o treinador ficou apenas duas semanas no Flamengo. Deixou o cargo alegando interferência da direção em seu trabalho. Em 2005, ele saiu do Botafogo dizendo “não ter mais clima” para trabalhar. Na época, o ex-presidente Bebeto de Freitas culpou PC por criar uma crise interna no clube.