CBF divulga análise do VAR de Vasco x Cuiabá; confira

O Vasco da Gama venceu o Cuiabá por 1x0 na última segunda (26), em no Estádio Luso-Brasileiro, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Robson Bambu durante o jogo contra o Cuiabá
Robson Bambu durante o jogo contra o Cuiabá (Foto: Divulgação/Cuiabá)

A Comissão de Arbitragem da CBF divulgou, nesta quinta-feira (29), a atuação do árbitro assistente de vídeo (VAR) em Vasco (RJ) x Cuiabá (MT) pela 12ª rodada do Brasileirão Assaí 2023. Confira a seguir o conteúdo disponibilizado de forma didática ao público do futebol:

Brasileirão Série A Assaí 2023: Vasco (RJ) X Cuiabá (MT) – 12ª rodada

Revisão

Situação Protocolar: Ação de área penal

Decisão: Após revisão, o árbitro marca a penalidade

Regra 12

  1. Tiro livre direto

Um tiro livre direto será concedido se, segundo o julgamento do árbitro, um jogador cometer
uma das seguintes infrações contra um adversário de maneira imprudente,
temerária ou com uso de força excessiva:

  • realizar uma carga;
  • saltar sobre um adversário;
  • chutar ou tentar chutar;
  • empurrar;
  • golpear ou tentar golpear (incluindo com uma cabeçada);
  • dar uma entrada ou disputar a bola;
  • fazer tropeçar ou tentar fazer tropeçar.

Uma infração que envolver contato físico será punida com tiro livre direto.

  • “Imprudente” é toda ação em que um jogador demonstra falta de atenção ou consideração, ou age sem precaução ao disputar a bola com um adversário. Não será necessária uma sanção disciplinar;
  • “Temerária” é a ação em que um jogador atua desconsiderando o perigo ou as consequências para um adversário, razão pela qual deve ser advertido com CA;
  • O “uso de força excessiva” ocorre quando um jogador se excede na força utilizada e põe em risco a integridade física de um adversário, razão pela qual deverá ser expulso.
    (…)
    Deverá ser expulso o jogador, substituto ou jogador substituído que cometer as seguintes infrações:
    Infrações passíveis de expulsão
  • impedir um gol ou uma clara oportunidade de gol da equipe adversária ao tocar na bola com a mão ou o braço (à exceção do goleiro dentro da própria área penal);
  • impedir um gol ou uma clara oportunidade de gol de um adversário que se dirige à meta do infrator por meio de uma infração punível com um tiro livre (a não ser nas situações descritas mais abaixo);
  • jogo brusco grave;
  • morder ou cuspir em alguém;
  • conduta violenta;
  • usar linguagem ou realizar ação ofensiva, insultante ou abusiva;
  • receber uma segunda advertência com CA no mesmo jogo;
  • entrar na sala de operação de vídeo (VOR)

Princípios do VAR

  1. A tecnologia de vídeo só será usada para corrigir erros claros e incidentes não vistos nas situações pré-definidas e que podem mudar o rumo do jogo:
  • Gol ou não gol;
  • Pênalti ou não pênalti;
  • Cartão vermelho direto
  • Erro de identificação (o árbitro adverte ou expulsa o jogador errado).
  1. A decisão final será sempre do árbitro.
  2. Os Árbitros Assistentes de Vídeo (VARs) são membros da arbitragem e qualquer informação fornecida ao árbitro por um VAR será tratada da mesma forma que uma informação recebida de uma árbitro assistente, árbitro assistente adicional ou do quarto árbitro.
  3. O árbitro sempre tomará sua decisão independentemente da existência dos VARs, ou seja, o árbitro não pode não tomar uma decisão, remetendo a situação ao VAR. Se o árbitro decidir não paralisar o jogo devido a uma possível ofensa, a decisão (de permitir a continuação do jogo) poderá ser revisada. Em raras ocasiões o árbitro pode consultar o VAR. Por exemplo, ao pedir para identificar o jogador que deve ser punido.
  4. A decisão original tomada pelo árbitro não será alterada, salvo se a revisão pelo vídeo mostrar que a decisão foi claramente errada.
  5. Só o árbitro poderá iniciar uma revisão. O VAR (e os demais membros da arbitragem) só poderão recomendar que o árbitro faça uma revisão.
  6. Seja qual for o processo de revisão, não pode haver pressão para que uma decisão seja revisada rapidamente, pois a precisão é mais importante que a pressa.
  7. Os jogadores e a equipe técnica não podem ficar ao redor do árbitro, nem tentar influenciar sua decisão, ou no processo de revisão. O jogador que usar o ‘sinal de revisão’ de modo ostensivo dever ser advertido (cartão amarelo).
  8. O árbitro deverá permanecer ‘visível’ o máximo possível durante o processo de revisão, para garantir transparência.
  9. Se o jogo continuar após um incidente revisável, qualquer medida disciplinar tomada ou exigida durante o período pós incidente não pode ser cancelada, ainda que a decisão original seja alterada (com exceção de advertência ou expulsão por parar um ataque promissor ou uma chance clara de gol).
  10. Há limites – antes da decisão e depois de um incidente – para que uma revisão possa ser feita.
  11. Na medida do possível, o protocolo VAR visa cumprir os princípios e a filosofia das Regras do Jogo.

Protocolo do VAR

Sobre as Regras do Jogo, é importante ressaltar o seguinte trecho da Regra 5

  1. A autoridade do árbitro

Todos os jogos são disputados sob o controle de um árbitro, que tem total autoridade para cumprir as regras do jogo.

  1. Decisões do árbitro

O árbitro tomará suas decisões segundo seu critério e de acordo com as regras e o “espírito do jogo”. As decisões terão por base a própria opinião do árbitro, que tem o poder discricionário para tomar medidas adequadas no âmbito das regras do jogo.

Regras do Jogo (IFAB/CBF, 2022-2023)

Fonte: CBF

Mais sobre:CBFCuiabáVAR
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