Cauan Barros revela surpresa com a rápida adaptação ao profissional do Vasco
O volante Cauan Barros tem aproveitado as oportunidades que tem recebido no Vasco da Gama nesse começo de temporada.
O Vasco vem revelando bons jogadores no meio-campo. Após o sucesso de Andrey Santos, Marlon Gomes também voltou em alta do Sul-Americano sub-20. Mas agora novos xodós estão chegando de uma safra talentosa. É o caso de Cauan Barros. O garoto de 18 anos não esperava este início positivo com a camisa cruz-maltina.
– Foi uma grande surpresa. Coloquei na minha cabeça que eu ia dar a vida na Copinha e subiria aos profissionais mais para frente. Quando fomos eliminados na segunda fase, eu pensei que seria mais difícil. Quando a maioria sobe, foi para uma semifinal ou final. Então, a minha expectativa ficou menor. Foi Deus que me ajudou – disse Barros.
Nos dois últimos jogos do Vasco, Cauan Barros fez uma trinca no meio-campo com outros dois jogadores revelados pelo clube. Apesar de pouco entrosamento, o trio se saiu bem. O jovem volante, que tem etnia indígena, falou sobre as semelhanças das trajetórias entre ele e Rodrigo.
– A minha história é quase igual a dele (Rodrigo). Fui fazer um teste na cidade. Fui aprovado, só que para outro time. O Athletico-PR. Só que o alojamento de lá tinha que pagar e não tinha condições. A minha família fez de tudo, mas não conseguimos dinheiro para nos mantermos. Tenho um amigo que jogava no Primavera, de Belém. Ele falou com o empresário dele para me ajudar e arrumar um alojamento, que eu tinha um forte potencial – contou, antes de completar.
– Cheguei no Primavera e fui aprovado. O Vasco foi olhar um atleta, que não era eu. Me viram treinando, gostaram de mim e me aprovaram. O meu primeiro contato com a bola foi com bola de meia. Bola de sacola. A gente montava e meio que queimava e ficava uma bolinha. A gente jogava na terra – comentou o jovem volante de 18 anos.
– Só depois que eu entrei para a escolinha, que eu fui tendo os treinamentos. Aí eu pensei: “Agora eu serei jogador de futebol”. Porque meu pai sempre foi uma atleta. Jogava fora e também não tinha condições para ir para outros clubes maiores. Meu pai tinha a oportunidade, só que ele não tinha dinheiro. Só fui ter essa noção quando entrei na escolinha. As condições foram melhorando, meu pai e a minha mãe arrumaram um emprego e as coisas foram clareando – lembra.
O Vasco volta a campo nesta quinta-feira. O time enfrenta o Trem, do Amapá, pela primeira fase da Copa do Brasil. O jogo será na quinta-feira, às 21h30, no Mané Garrincha.
Fonte: Lance!