Carregal revela que a 777 pegou R$ 25 milhões emprestado com o Vasco

O vice-presidente jurídico do Vasco da Gama, Felipe Carregal, disse que a 777 Partners obrigou a SAF a devolver parte do aporte de 2023.

Felipe Carregal e Pedrinho em coletiva em São Januário
Felipe Carregal e Pedrinho em coletiva em São Januário (Foto: Hugo Perruso/ Agência O Dia)

O presidente do Vasco associativo, Pedrinho, e o vice-presidente jurídico, Felipe Carregal, se pronunciaram na tarde desta quinta-feira (16) após a Justiça conceder uma liminar que tira o controle da SAF das mãos da 777 Partners. O mandatário ressaltou que entrou com a ação cautelar para defender os torcedores e para preservar o patrimônio do clube.

“Todo movimento feito foi por informações que nós tínhamos. Nunca tive problema algum com a SAF. Problema era cumprimento de contrato, legitimidade financeira diversas vezes pedimos garantias financeiras para não chegar aonde chegamos”, disse Pedrinho.

“Não estou feliz de entrar com a ação, a culpa não é minha, fiz isso por vocês, torcedores, para o Vasco SAF não quebrar. É uma ação imediata e necessária”, completou.

Carregal destacou que existem descumprimentos contratuais que não estão relacionados a aportes. De acordo com ele, são outras obrigações que não podem ser citadas, pois estão em segredo.

“No primeiro aporte, a 777 obriga a SAF Vasco a devolver parte do dinheiro para uma outra empresa do grupo. Isso é grave. Até hoje, esse empréstimo não foi integralmente pago. Não devolveram 25 milhões, vou esperar setembro quando for o pagamento de outro aporte?”, indagou.

Quem também esteve presente na coletiva foi o vice-presidente geral do clube, Paulo Cesar Salomão. Ele seguiu a mesma linha de Carregal e pontuou que algumas obrigações não foram cumpridas, o que geraram notificação à 777 Partners.

Notícias de fora ligaram alerta

Carregal também citou uma reportagem de novembro de 2023, da revista norueguesa ‘Josimar’, que afirma que a 777 omitiu um prejuízo de R$ 3 bilhões no processo de compra do Everton, da Inglaterra.

“Seria loucura nossa não acompanhar o que acontecia com a 777 no mundo. Ligamos um alerta. Tudo isso nos fez pensar de forma cautelosa diante dos fatos. Não foi nada premeditado”, argumentou.

Na mesma linha, Pedrinho afirmou que esperou até o último segundo para entrar na Justiça. Ele, inclusive, admitiu que ficou preocupado de mover a ação numa semana de clássico com o Flamengo, mas entendeu que era necessário agir.

“A gente já tinha muita coisa para entrar na Justiça, mas esperei até o último segundo. Depois das notícias vindas do exterior, era necessário e urgente. Tentei de todas as formas sustentar que isso não acontecesse”, disse Pedrinho.

Situação do Vasco

Pedrinho fez questão de frisar que o futebol do Vasco não voltará para o associativo. Além disso, contou já teve uma conversa para tranquilizar a todos. 

“O futebol não vai voltar para o associativo. O futebol permanece e permanecerá com o Vasco SAF. Isso é definitivo. Não tem a menor hipótese de acontecer ao contrário. A SAF permanecerá para sempre. Tive uma conversa com alguns responsáveis diretores da SAF para tranquilizar a todos”, ressaltou Pedrinho.

Posteriormente, apontou que a ida à Justiça fez parte de uma promessa de campanha: fiscalizar e cobrar. Ele disse que a ação foi feita exclusivamente para proteger a Vasco SAF.

“Tem que ter muita coragem para fazer o que nós fizemos, mas isso tudo é em respeito à instituição Vasco da Gama, ao Clube de Regatas Vasco da Gama. Em nenhum momento, entramos com tipo de interesse, em briga com nosso sócio. O que fizemos foi uma promessa de campanha: fiscalizar e cobrar”, esclareceu o presidente.

“Entrei aqui para pagar um preço que muita gente não quer pagar. Estou pagando e vou pagar, passar por esse processo difícil, mas vocês vão entender. A ação é exclusivamente de proteção à Vaso SAF. A ação é para proteger as ações da Vasco SAF, para que não tivesse nenhum bloqueio com a Vasco SAF e o Vasco fosse prejudicado financeiramente e entrado em um colapso financeiro”, completou.

Em relação aos pagamentos de salário, Pedrinho informou que a ação não influencia no dia a dia da SAF. Por outro lado, afirmou que só terá a real noção de como está a situação financeira agora, já que terá acesso às contas.

“Primeiro ter ciência do que tem no caixa. O fluxo está lá e precisamos entender como é que está lá”, pontuou Pedrinho.

Ainda de acordo com o presidente do clube, o cenário não altera a contratação do novo treinador. O Vasco encaminhou a contratação do português Álvaro Pacheco, que já rescindiu com o Vitória de Guimarães: “Não estou tumultuando nem criando problema. Estou tendo atitude que todo gestor teria que tomar em respeito ao Vasco e à SAF”.

Em até 30 dias, é necessário que haja uma arbitragem entre as duas partes na Justiça para debater a situação que o Vasco se encontra hoje.

Ações da SAF

Pedrinho disse aos jornalistas que soube que havia uma conversa da 777 por parte das ações. Cabe mencionar que a empresa ainda precisa fazer os aportes que restam para adquirir mais 40% da SAF.

Fonte: O Dia

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1 comentário
  • Responder

    SALGADO TEM QUE SER Responsabilizado. ESSE SAFado FDPTA.

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