Carlos Alberto teve o carinho da torcida na volta ao Vasco

Carlos Alberto teve a certeza de que, apesar de tudo o que viveu no passado recente em São Januário, jamais deixou de ter o apreço da torcida.

Na última vez que havia vestido a camisa do Vasco numa partida, Carlos Alberto estava envolvido em polêmicas com jogadores, treinador e até com o presidente. Mas em seu retorno ao clube diante do Nova Iguaçu, o meia teve a certeza de que, apesar de tudo o que viveu no passado recente em São Januário, jamais deixou de ter o apreço da torcida. Isso ficou comprovado durante toda a tarde do último domingo, desde sua chegada até o momento de deixar Moça Bonita.

Sem ritmo de jogo após quatro meses parado, Carlos Alberto usou o carinho do público e a motivação pessoal como combustíveis para uma atuação considerada acima das expectativas nos 45 minutos em que esteve em campo. O “tanque” começou a encher quando o ônibus do Vasco apontou num dos portões do estádio do Bangu. Foi o nome dele que a torcida gritou quando cercou o veículo.

Do pequeno trajeto do estacionamento até a porta do vestiário, Carlos Alberto foi parado com pedido de autógrafos, fotos e pequenas conversas. Até que ele precisou interromper uma delas para entrar no vestiário dizendo:

– Preciso ir ao banheiro – confessou ele, com um sorriso que comunicava nervosismo e ansiedade.

O primeiro contato com o grande público de Moça Bonita foi no momento em que o Vasco entrou em campo para fazer seu aquecimento. Quando pisou no gramado, dezenas de torcedores se aproximaram da grade pedindo um aceno do ídolo. Durante o primeiro tempo da partida contra o Nova Iguaçu, Carlos Alberto foi chamado à beira do campo pelo preparador físico Rodrigo Poletto quando Juninho sentiu dores na coxa direita. Foram seis minutos de atividade que serviram para que experimentasse a sensação de que tanto falou durante a última semana: aquela do garoto que disputa pela primeira vez uma partida pelos profissionais.

– Minha perna deu uma tremida quando comecei a aquecer naquele momento. Foi muito bom sentir aquela emoção. Afinal, minha vida é isso. Só sei jogar futebol, e eram quatro meses sem disputar uma partida – disse ao fim do jogo.

Quando o Vasco voltou para o intervalo, Carlos Alberto pôde finalmente se realizar. Pouco depois de entrar em campo no lugar de Eder Luis, ouviu todo o estádio gritar seu nome. Em 45 minutos, mostrou disposição, apesar da clara falta de ritmo de jogo, que se transformou em desgaste físico no fim. Mesmo no péssimo gramado de Moça Bonita, errou apenas um passe dos 17 tentados, sofreu faltas (cinco no total, o maior número individual), buscou tabelas e arriscou duas finalizações. Na primeira, de fora da área, a bola passou perto do ângulo direito de Jefferson. Na segunda, frente a frente com o goleiro do Nova Iguaçu, chutou de pé esquerdo para fora.

Para se lamentar, cobriu o rosto com a camisa. Mas, quando olhou novamente em volta, percebeu que o estádio gritava seu nome, o que comprovou o apoio e a compreensão dos vascaínos. Pouco depois de correr e pular em cima de Alecsandro para celebrar o terceiro gol da equipe, Carlos Alberto ouviu o apito final do árbitro. Em vez de rumar logo em direção ao vestiário, o meia permaneceu parado por alguns segundos, como se quisesse que aquela experiência durasse mais um pouco. Antes de deixar o gramado, recebeu um abraço de Romulo, um cumprimento de Allan e um outro abraço do médico Albino Pinto.

Escoltado por seguranças e cercado por dezenas de torcedores, Carlos Alberto seguiu para o ônibus praticamente nos braços da torcida do Vasco. Naquele momento, teve a certeza de que, apesar do longo período de ausência, existe carinho de sobra por alguém que pede apenas conforto para a volta ao seu lar..

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