Carille quer o Vasco no alto das 3 competições que disputará e faz alerta

Em entrevista coletiva, Fábio Carille projeta sequência da temporada do Vasco da Gama e alerta sobre competições.

Carille em Vasco x Botafogo em São Januário
Carille em Vasco x Botafogo em São Januário (Foto: André Durão)

Planejar, treinar e testar. Essa tem sido a rotina de Fábio Carille no dia a dia do CT Moacyr Barbosa desde o fim do Campeonato Carioca. Quando chegar ao dia 30 de março, o torcedor vascaíno poderá ver o time em campo novamente depois de 21 dias. As três semanas livres servem de preparação para o time antes de uma maratona de jogos, que envolve a disputa do Brasileirão, da Copa do Brasil e da Sul-Americana. O treinador do Vasco, em entrevista exclusiva ao ge, revelou que não há prioridades. Ele quer estar no alto das três competições.

“Quero as três, né. As três competições são valorizadas demais hoje”, disse o treinador.

– Brasileirão sempre foi, mas a Copa do Brasil ficou gigantesca, não só pelo profissional, mas também financeiramente. E a Sul-Americana, que é uma divisão abaixo da Libertadores. São três competições muito valorizadas e vamos trabalhar para estar no alto das três.

O treinador, no entanto, sabe que as maiores chances do Vasco em termos de título são as competições de mata-mata. Depois de ser semifinalista da Copa do Brasil no ano passado, o clube tem como objetivo sair da fila de títulos com a conquista da Copa Sul-Americana. Carille diz que o planejamento da comissão técnica será jogo a jogo, mas alerta que esses torneios não aceitam erros.

– Essas competições (Copa do Brasil e Sul-Americana) são menos jogos, mas são mata-mata. Brasileirão você tem o direito de errar. Pode ser campeão com derrotas. Sul-Americana e Copa do Brasil você não pode errar. Foi agora com o Corinthians, por exemplo. Fez um jogo ruim fora e não conseguiu reverter em casa. Temos que levar as três competições com uma seriedade muito grande. Sempre vamos priorizar o próximo jogo, independente da competição que for.

No Brasileirão, apesar de ter a régua da campanha sem sustos do Vasco no ano passado, Carille ainda não revela as metas. O técnico tem observado os reforços dentro de campo e tem aproveitado o tempo antes dos jogos para adequá-los ao elenco. Ele prefere ter cautela para afirmar onde o time pode chegar.

– Quando você estabelece metas, você briga por aquilo. Se deixa um pouco vago, penso que os objetivos fogem do controle. Temos metas, sim. Vou esperar o início do campeonato, agora tivemos a chegada dos jogadores, esse período sem jogos está sendo muito bom para treinarmos, esperarmos um resultado e sabermos onde podemos chegar.

Carille destacou que o trabalho do time sem a bola, com a pressão sob o adversário na marcação, é um dos principais pontos trabalhados neste período sem jogos. Em alguns momentos, como nos clássicos, o time não encaixou a marcação contra essas equipes. A saída de bola na construção das jogadas foi outro problema.

– Trabalhamos muito a questão da pressão, em muitos momentos ela foi desorganizada. Contra equipes com qualidade, elas conseguiram sair com mais facilidade. E a questão da saída de bola. Com três ou com quatro jogadores na saída. Vamos deixar definidas essas trocas durante a partida, para entrar com mais controle de bola no campo adversário, com mais jogadores para atacar o adversário – disse Carille.

Para os objetivos do Vasco no ano, até pelo menos a janela do meio do ano, Carille não vê mais a necessidade de reforços, como o ge revelou mais cedo.

Além dos jogadores contratados na janela de transferências, o técnico conta as voltas de Adson e Estrella para o Brasileirão. Coutinho e Tchê Tchê, que se lesionaram na reta final do Carioca, também estarão de volta para a estreia no Campeonato Brasileiro, no dia 30, contra o Santos.

O treinador disse que a comissão técnica tem que estar bem alinhada com os departamentos médico e físico para não desgastar jogadores que vêm em declínio físico, como Coutinho ou Payet. O objetivo é deixá-los disponíveis a maior parte do tempo.

“É estar colado com o departamento médico e físico. É melhor ficar fora de um jogo do que perder por 30 dias. E em 30 dias, hoje em dia, você perde oito ou nove jogos”, lembrou ele.

– Reuniões diárias, observar e ouvir o relato dos jogadores. Queremos deixar eles disponíveis a maior parte do tempo – completou.

Coutinho faz parte dos planos do Vasco, e o clube quer aumentar o empréstimo do meia que pertence ao Aston Villa. Já Payet parece estar com os dias contados em São Januário. Ao ser perguntado se ele recomendaria a renovação da dupla, o técnico disse que a decisão faz mais parte do planejamento do clube.

– Vamos esperar. Na parte técnica, sim, mas temos que ver a parte financeira, outras coisas do clube. Temos alguns meses ainda, isso não foi conversado, mas é melhor esperarmos e entender tudo para fazer o que é melhor para todo mundo.

O Vasco estreia no Campeonato Brasileiro no dia 30 de março, contra o Santos. A partida será às 18h30, em São Januário, e marcará o reencontro de Carille com a equipe que comandou no ano passado, na Série B do Brasileirão. O rival pode ter Neymar à disposição, que se recupera de uma lesão. Ele prefere que o astro esteja em campo.

– Sempre o melhor. Com o Neymar. Se ganha sem o Neymar, é porque ele não tava. Vamos trabalhar para ganhar do Santos com o Neymar. Muito feliz de ver alguns atletas desse nível voltando. Que eles venham com o melhor, e que venhamos com o melhor também, para fazermos um grande jogo.

Fonte: Globo Esporte

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