Carille destaca ofensividade dos laterais do Vasco e incentiva subidas ao ataque
Técnico do Vasco da Gama, Fábio Carille elogiou a postura dos laterais Cruzmaltinos na vitória sobre o Maricá, pelo Campeonato Carioca.
Fábio Carille quer jogadores de lado no ataque do Vasco. Ontem, a vitória de 1 a 0 do cruz-maltino sobre o Maricá, em São Januário, pela sexta rodada do Campeonato Carioca, mostrou por que há essa necessidade. Um belo gol do lateral-direito Paulo Henrique, que entrou no segundo tempo, decidiu a partida. Tudo no melhor estilo de um ponta: uma jogada partindo da direita, centralizada, tirando marcadores na velocidade e finalizando com o pé trocado, movimentação que o jogador gosta muito. O Vasco tem agora 12 pontos, com três vitórias e três empates.
O golaço, o segundo de Paulo Henrique neste Carioca, solucionou um jogo em que o Vasco vinha tendo dificuldades para chegar às redes. No segundo tempo, ainda com o placar zerado, até ia bem ao campo de defesa do Maricá, mas pecava na finalização. Payet, em duas ótimas oportunidades, chutou muito perto das traves do goleiro Dida. Até que o lateral entrou em ação. Paulo, que já havia marcado contra a Portuguesa em movimento parecido, comemorou a fase artilheira e a proximidade da chegada do filho Mateus:
– É difícil projetar (quantos gols vai fazer). Já fiz dois, estou muito feliz. Espero que o Mateus continue trazendo alegria e mais motivação ainda para nós, para mim e para minha família, para que os gols continuem saindo naturalmente e ajudando a equipe, que é o mais importante.
Depois de dois jogos e duas vitórias com os titulares, o técnico Fábio Carille optou por poupar. Dos 11 que iniciaram contra Madureira e Portuguesa, só Vegetti e o goleiro Léo Jardim permaneceram.
As mudanças deram a oportunidade ao treinador de voltar a observar os meias Mateus Carvalho, Hugo Moura e Payet, que já vinham fazendo bons jogos quando eram acionados do banco. Aliados a Jean David e a Maxime Dominguez mais abertos, ajudaram o Vasco a dominar os 20 minutos iniciais da partida, nos quais o Maricá pouco tocava na bola.
O “Tsunami”, porém, seguia sua estratégia. Jogava com linhas baixas e esperava as poucas oportunidades que apareciam. Quando o ímpeto cruz-maltino diminuiu, passou a ter mais a bola, mas só levou perigo em chutes de longe.
Solução pela lateral
No segundo tempo, o Vasco retomou o controle da partida. Muito pela entrada de Tchê Tchê e, posteriormente, da dupla de laterais titular: Paulo Henrique e Lucas Piton, substituindo Puma e Victor Luis, ambos em noite tímida. Entre as substituições, vieram as boa chances de Payet. Uma emendando de primeira, rasteiro, um cruzamento de Hugo Moura; e outra aproveitando sobra de bola dentro da área, finalizando com categoria no canto.
Se o Vasco criava um pouco mais pelo meio, o gol de Paulo Henrique veio das até então menos efetivos lados do campo. Uma arma já forte desde a temporada passada, mas que tem tudo para ser uma solução, seja com os laterais ou com os pontas pedidos pelo treinador.
– Está bem claro que os laterais vão ter possibilidades de fazer gols. O Piton em Manaus teve chance, o Victor Luís teve chance em um cruzamento. Eles têm toda a liberdade para atacar as laterais por trás. Vai aparecer oportunidade nessa forma de jogar. Eles têm toda a liberdade — disse o treinador após a partida.
A partida marcou também a estreia do zagueiro Lucas Freitas, uma das contratações da temporada. Fez dupla de zaga com Souza. Outro que ganhou sua primeira oportunidade foi o meia Lukas Zuccarello, de 18 anos, destaque do Vasco na Copinha.
Fonte: O Globo