Carille anlisa empate do Vasco contra o Flamengo; veja a entrevista coletiva
O técnico Fábio Carille analisou o desempenho de sua equipe e elogiou o ataque do Vasco da Gama diante do Flamengo.

O Vasco ficou no empate em 0 a 0 com o Flamengo, neste domingo, em um jogo em que o time de Carille criou algumas oportunidades e conseguiu segurar as investidas do líder do Brasileirão com grandes defesas do goleiro Léo Jardim, no Maracanã. Ao fim do jogo, o técnico Fábio Carille analisou o desempenho de sua equipe:
– A gente vem nessa sequência como todos. Nesses grandes jogos precisa ser intenso. O que me deixou mais feliz foi o comportamento, algo que pedi no intervalo no jogo do Ceará. Perder, ganhar e empatar faz parte, mas da forma que acontece. Nós e os jogadores indignados com o comportamento lá. Hoje teve um comportamento positivo. Sei que o Léo foi considerado o melhor jogador em campo, mas a gente criou também. Se tivesse um pouco mais de capricho poderia ter finalizado em gols. A resposta desse grupo foi muito boa – afirmou o técnico.
Léo Jardim fez quatro grandes defesas no jogo, em finalizações de Michael, Gerson, Pedro e Plata. O time de Carille teve um desempenho melhor no primeiro tempo, buscando o gol, e chegou perto em chutes de Paulo Henrique, na trave, e de Nuno Moreira, que parou em grande defesa de Rossi.
Na segunda etapa, contudo, o Vasco diminuiu a intensidade e viu o rival ocupar mais o seu campo.
– Acho que no final do jogo, a gente deixou de jogar. Tivemos opção de ter passe, mas preferimos isolar e se fechar. A decisão nao foi de ficar com a bola, mas se desfazer dela. Isso a gente tinha trabalhado para o jogo, mas acabou fugindo um pouco na parte final. Tivemos chances de fazer passes, depois vamos assistir para saber o motivo, mas fiquei com a sensação que a gente se desfez da bola, mas poderíamos ter tentado tocar mais. E as nossas substituições não funcionaram porque não ficamos com a bola.
O próximo jogo é um duelo direto pelo topo do Grupo G da Sul-Americana. E o adversário será o Lanús, da Argentina, na terça-feira, em São Januário.
Veja outras respostas do treinador
Escolha por Zuccarello. Nuno preocupa?
– Nuno não saiu machucado, (saiu por) cansaço, ainda está nesse processo de entender a sequência de jogos, entendendo o que é nosso país. Você vai conversar com ele, tudo é novidade, altitude, sequência de jogos. Do jogo do Santos até o fim do mês serão 10 jogos. Está bem, acredito que não tem nenhum problema por ordem médica e vamos esperar a parte física.
– Sobre o Zuccarello, eu já falei aqui que quero abrir espaço para os meninos, e as vezes que eu dei oportunidade ele correspondeu. Até mesmo um clássico contra o Flamengo aqui, fez um jogo legal, fez um jogo bom.
– O Loide em relação ao Garré e ao Nuno é que está demorando um pouquinho mais para entender e se adaptar e isso faz parte. O nosso papel é explicar e ele vai entender o que é o Vasco e daqui a pouquinho vai ter suas oportunidades.
São Januário x Maracanã – o time estaria mais perto da vitória em São Januário?
– Já falei isso algumas vezes, todos os jogos do Vasco, se possível, eu quero jogar em São Januário. É a nossa casa, já falei que é difícil jogar lá, como atleta e técnico já joguei (contra) e sei como é, mas a gente sabe que a polícia não libera para esse jogo, então não temos muita escolha. E sobre isso, terça temos uma decisão e eu espero demais o apoio do torcedor. Jojo importante, duas equipes com 4 pontos, um só classifica (na fase de grupos) outro vai para a repescagem, vai ser muito importante a torcida ir e nos apoiar porque sabemos o quanto isso nos torna mais forte.
Queda do desempenho no ataque
– Pra falar do jogo eu gosto de analisar para falar, mas teve três oportunidades no segundo tempo. Teve uma com o PH, que se ele chega terminando bem, a gente chega com a área bem preenchida. Teve uma outra com o PH que eu não lembro o que aconteceu, mas lembro de duas assim.
Escolha de Rayan
– O Garré é um meia que joga de lado, não é de buscar profundidade. A gente sabe que o Flamengo joga com a linha alta, com o Rayan a gente teria mais essa forma de agredir o adversário e por isso a escolha. Fez um jogo bom enquanto aguentou. Talvez pelo cansaço. Garré para espaço menores, como contra o Sport, com a linha mais baixa, é mais móvel, inteligente e mais fácil para entrar. Contra linha alta, talvez eu vá optar por jogadores que ataquem mais o espaço.
Jair
– Sei que o Paulinho me dá mais intensidade, mas também sei que o Jair me dá mais jogo. A gente precisava ficar mais com a bola, um saída qualificada de trás. Tenho a impressão de que ele fez um ótimo jogo. Tem alternado em bons e maus momentos este ano. Mas a escolha foi para que a gente tivesse mais controle, um cara mais posicional, o Paulinho já é de buscar longe, mais intenso.
Favoritismo do Flamengo?
– A gente sabe do time do Flamengo, o que conquistou nos últimos anos, o tempo que está junto. A gente fica feliz pelo resultado, mas a gente com a camisa do Vasco tem querer mais. A gente teve chance de terminar melhor algumas jogadas. Teve o lance do PH na trave, o lance do Nuno. Teve chance para sair com a vitória. Sei do processo, o ponto que estamos mas a gente tem que sempre acreditar que dá para fazer mais.
Condição física do Adson
– O Adson fez 45 minutos contra o Ceará e sentiu novamente. É o processo… Se está inteiro, vem pelo menos para uma parte do jogo e isso não foi o caso. Na terça eu não sei se tenho ele para o jogo.
Atuação na segunda etapa
– Pelo lado direito, nossa maior dificuldade: o Rayan estava subindo no lateral e o Arrascaeta caindo dali e o Michael prendendo o PH. Como é um time que tem muitos jogadores por dentro, ficava ruim do Jair sair lá para abrir o meio, que é o que eles queriam. Então no segundo tempo, trouxe o Rayan para ficar na linha do Jair e o Arrascaeta não ter o espaço na nossa última linha. Só foi isso. Trazer o Rayan para a linha dos volantes, deixando o lateral com a bola e teve uma mudança significante.
Compactação da equipe
– Eu ainda estou com a visão do jogo com o calor do jogo. Eu acho que a gente demorou para subir novamente. Demoramos, é que a gente pressionou e dificultou com essa bola por dentro. A gente precisa melhorar isso, ainda mais jogando com Freitas e com João que são jogadores muito rápidos. Se é outra característica, você se preocupa mais, como é o caso do Flamengo. A gente poderia ter subir mais rápido, mas houve uma melhora, sim, mas eu quero melhorar muito mais isso para que a gente fique compacto.
Assista à Entrevista
Fonte: Globo Esporte