Carille analisa vitória do Vasco contra o Santos; veja a entrevista coletiva

Fábio Carille analisou o desempenho do Vasco da Gama diante do Santos e comemorou a vitória vascaína em estreia no Brasileiro.

Carille em jogo do Vasco contra o Santos
Carille em jogo do Vasco contra o Santos (Foto: André Durão)

O Vasco estreou no Campeonato Brasileiro com vitória de virada por 2 a 1 sobre o Santos, na noite deste domingo em São Januário. E Fábio Carille aprovou o poder de reação da equipe, mas não sem levar sustos. O técnico, que já destacou anteriormente o abalo psicológico do time quando leva gol, disse que a equipe passou a errar muito quando saiu arás do placar e viu a arquibancada ficar impaciente. Por isso fez um apelo aos torcedores:

– Me preocupou muito depois que tomou o gol, porque a gente começou a errar muito, né? Temos que entender a impaciência da torcida, mas que eles apoiem o tempo todo. Vai apoiar só na vitória? Vem e apoia porque a gente está trabalhando muito sério aqui com os atletas. É muito fácil apoiar só quando está ganhando. Mas foi fundamental o torcedor vir nos apoiar, nos ajudar, mas é algo que eu peço aqui: ajuda até nos momentos difíceis.

– É o 12º jogador nosso, eu sei o quanto é ruim jogar aqui com a torcida a favor nossa. Já passei essa experiência algumas vezes como auxiliar, como técnico e até mesmo como jogador. Muito feliz, casa cheia, muito gostoso vivenciar esses momentos. Mas que independentemente do resultado ou se a gente estiver jogando bem, apoie. Porque a gente começou a errar muito depois que tomou o gol, (errar) passes simples.

O Vasco voltou melhor no segundo tempo e conseguiu a virada com gols de Nuno Moreira e Vegetti. E Carille disse que não precisou mudar nada da parte tática no intervalo, só passar confiança:

– O que eu mais falei no intervalo: “Quem comanda a nossa cabeça somos nós mesmos dentro de campo”. Tática (falei) nada porque estava um jogo igual, chances para os dois lados iguais, imagino eu. Um jogo grande, como é o Campeonato Brasileiro. É normal tomar gol. Se foi de erro ou não, é normal tomar gol. Mas a gente tem que continuar concentrado e principalmente, individualmente falando da parte técnica, o simples tem que fazer bem feito. Senão, a impaciência do torcedor aumenta e o nosso nervosismo dentro de campo também.

– Isso já não é de hoje, já é de anos, é o que eu escuto das pessoas que trabalham no Vasco. Então, nessa hora eu não tenho que gritar nada no intervalo, e sim acalmar e trazer principalmente a situação de quem comanda a nossa cabeça somos nós. O torcedor não entra dentro de campo para tomar decisão. Temos que acertar e continuar fazendo o que estava planejado desde o início, independentemente de estar perdendo ou não.

Veja outras respostas de Carille

Reforços caseiros

– Quanto mais opções, melhor. Tinha hoje o Adson para 20, 25 (minutos), o Tchê Tchê também para 20, 25. O Tchê Tchê praticamente não trabalhou depois da lesão contra o Botafogo, então vai crescendo com a equipe. Um período que deu para trabalhar para todo mundo. Essa pré-temporada que nós tivemos agora foi 20% parte física e 80% com bola, diferente no começo do ano em que tivemos que dividir a parte física. Agora a gente foi muito para o campo, deixou muito determinado todas as situações, e com isso fica preparado. Porque a partir de agora já não consegue treinar tanto mais. Já joga quarta, sábado, terça depois… E aí já não tem mais treino, é reunião, é levar para campo, é explicar… E que esses caras que colocar em campo tenham muito gás para manter esse ritmo.

Garré

– Acho que a gente se perdeu um pouco. Depois do gol ele começou a cair na esquerda. Quando a gente chegou ao fundo, para fazer o cruzamento, só tinha o Vegetti. Ele tem que flutuar mais do lado direito para quando a bola estiver com PH e Paulinho ele ser um suporte. E quando estiver do outro lado, ele se apresentar na área. Mas foi muito bom para uma estreia em São Januário, entendendo o futebol brasileiro e nossa casa. Foi muito legal a participação dele.

Mental

– Falando da parte final, não teve orientação minha. Foi experiência dos jogadores. Payet, Vegetti, Piton, que é jovem e tem experiência. Jair tem experiência e é inteligente. Foi maturidade deles. O que foi nosso, foi a conversa por calma, para a gente continuar a jogar o que foi programado. O Santos é qualificado e aí começa a ficar no bobo, correr errado, e a perna pesa e a gente não agride o adversário. Tivemos momentos de esperar, momentos de pressão. Com o calor do Brasil, não vamos conseguir pressionar o tempo todo. Tem que ter essa maturidade de fazer bem feito de acordo com o que a partida mostra.

Preparação na Data Fifa

– Primeiro, a preparação foi para a temporada, não para este jogo. Só nos últimos dias trouxemos detalhes do Santos. Fizemos uma partida consistente, mais compacta, que era algo que estava incomodando no Carioca. Uma preocupação, na hora que saímos perdendo, começamos a acelerar e cometemos erros que não podemos ter. Erros de passes simples, fora do tempo. É um pouco do nervosismo e ambiente, mas a gente vai precisar de maturidade para superar esses momentos e precisamos fazer o simples bem feito.

Pensou em mudar no intervalo?

– Em nenhum momento passou na minha cabeça trocar no intervalo. Faz parte do trabalho do preparador físico levar certos jogadores para talvez uma decisão minha. As substituições que eu tinha, eu não poderia contar por 45 minutos, que é o caso do Adson e do Tchê Tchê. Sabia que Nuno e Garré, pela temperatura, não vão suportar até o fim. E o Coutinho também está numa volta. Meus auxiliares nem chamaram atenção para uma substituição. Chamei os atletas para a gente voltar a fazer o planejado, fazer o simples bem feito. Essa foi a conversa com os auxiliares, que depois eu trouxe para os jogadores.

Planejamento para próximos jogos

– Totalmente jogo a jogo. Não tem como ser diferente. Não consigo projetar o Corinthians. Se eu começar a atropelar, acabo me perdendo. Amanhã começa a preparação para a Sul-Americana. Para buscar a vitória com sabedoria, organização e qualidade técnica dos atletas.

Nuno

– Todos os jogadores que chegaram foram muito observados, em cima das características que buscávamos. Uns demoram a adaptar, o Nuno colocou a camisa e parece que está aqui há muito tempo. Desde a estreia. Muito satisfeito com os atletas. Sei que Garré e Loide podem mais. O que tem mais dificuldade é o Loide. Ficou na Turquia, a gente entende. Tem que ter sabedoria para colocar aos poucos, dar o suporte, para que ele não caia em desconfiança quanto a ele mesmo. Jogadores que olhamos muito. Marcelo viajou por conta do Loide. Conseguiram trazer e fortalece a nossa equipe. Tem o Adson, reforço para este ano. Jogador que sempre acompanhei e daqui a dois meses tem o David. Vamos fortalecendo para que eu e minha comissão quebremos a cabeça.

PH bem

– Sério? Não gostei do início do jogo do Paulo Henrique. O segundo tempo foi muito bom. No primeiro, teve erros e a gente sabe que pode ser melhor. No segundo tempo, foi muito mais do que espero dele.

Avaliação de Rayan e possível saída

– Vamos pensar o dia a dia. Acho que não tem proposta oficial. Menino que vem treinando bem como nove e pelo lado direito. Jogador que se não tivesse problema com o Hugo eu teria colocado no final. Tem velocidade, o Santos estava para cima. O jogo ficou para contra-ataque e ele é melhor que o Vegetti para isso. Infelizmente o Hugo saiu. Mas não penso se o jogador vai sair. Se outros vão chegar. Trabalho dia a dia, com nosso grupo.

Recuperação de David e Estrella

– Estrella está num processo de ir e voltar no campo, reclama de uma dor no joelho ainda. Com certeza, vai voltar antes do David, mas não sei que data. Tenho certeza que daqui a dois meses David vai estar comigo. Quanto ao Estrella, essa dor precisa sumir. O Estrella treina, vai para casa e volta com dor e fica no DM. Não conseguiu ter uma sequência comigo. Os fisioterapeutas liberaram ainda trabalhando como coringa, ele precisa voltar a um processo de marcar, jogar. Como coringa, só trabalha com bola no pé. É um jogador de muita qualidade, mas ainda não tem data para voltar. Vai depender da evolução dele.

Fonte: Globo Esporte

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