Carille analisa vitória do Vasco contra o Maricá; veja a entrevista coletiva

O técnico Fábio Carille analisou o desempenho do Vasco da Gama diante do Maricá e elogiou a atuação do time reserva.

Fábio Carille durante entrevista coletiva em São Januário
Fábio Carille durante entrevista coletiva em São Januário (Foto: Matheus Lima/Vasco)

O Vasco venceu a terceira seguida no Campeonato Carioca e encostou na liderança da competição depois de derrotar o Maricá por 1 a 0, nesta quarta-feira, em São Januário. O técnico Fábio Carille está com 100% de aproveitamento no comando técnico e elogiou o time reserva. O treinador disse que a briga no meio de campo está aberta, com mais uma boa atuação de Hugo Moura.

— O Hugo já foi meu jogador na pequena passagem que eu tive no Athletico-PR, gosto demais, lá ele foi meu titular. Então, a briga tá em aberta, não tem time definido ainda. Isso é bom porque se o Hugo hoje não estiver jogando entre os titulares, vai forçar com que os titulares estejam bem. Tem o Matheus que já jogou bem no ano passado, que eu lembro bem. Então, isso dá um equilíbrio.

— Em alguns setores, a equipe está muito equilibrada e isso é bom. O sistema defensivo hoje foi muito bom, os dois zagueiros, os laterais na parte defensiva se comportaram muito bem. Sofremos pouco contra um time bem entrosado.

Carille justificou a entrada do time reserva, que só teve Vegetti e Léo Jardim entre os habituais titulares. O técnico do Vasco disse que ouviu o departamento médico caso a caso para tomar a melhor decisão para o time.

— Dos jogadores que foram poupados, o Oliveira chegou segunda-feira reclamando de uma dor na coxa, mas hoje conseguiu treinar normal. Sei bem que ele vinha não jogando muito, é um atleta que eu acompanho desde o Cruzeiro. Jair e Paulinho vêm de um ano difícil, então a gente senta e escuta os profissionais da área pra tomar uma decisão. E o Coutinho, o histórico dele que é um histórico que a gente tem que ter atenção sempre, mas isso já já para. Vamos deixar esses caras preparados para estar todos à disposição para que eu possa escolher os melhores para o bem do Vasco.

Ainda sobre a parte física, Carille elogiou a atuação de Payet, que atuou os 90 minutos, e disse que por isso deve ser difícil que o meia francês atue no fim de semana, contra o Volta Redonda.

— É um jogador experiente que sabe cortar caminhos. Conversei com ele na parada técnica e falou que estava bem, depois no final eu senti que ele caiu, mas tem um espírito guerreiro. A gente procurou fazer outras ali para potencializar ele, provavelmente no sábado é difícil ter ele por ter jogado 90 minutos hoje. Daqui a três dias tem outro jogo para um cara que está indo para os 37 anos, então a gente tem que ter esse cuidado, principalmente nesse início para que a gente esteja com o grupo o tempo todo a nossa disposição.

Carille elogiou a atuação da defesa, que atuou com a linha de quatro totalmente reserva, com Puma, Souza, Lucas Freitas e Victor Luís. Ele disse que a comissão técnica ainda analisa Capasso, zagueiro que tem treinado com o elenco, mas ainda não foi relacionado no grupo principal.

— Os dois zagueiros se comportaram muito bem. Capasso estamos olhando ainda. Aqui não tem laboratório. São 22 dias de trabalho, sexto jogo do time. Quinta, domingo, quarta em sequência. Conheço a maioria desses jogadores, já. Temos muitas coisas para melhorar, mas melhorar com vitória é melhor ainda. É um grupo muito interessado. Acompanhei o trabalho de quem não veio para o jogo, todos treinaram intensamente.

O técnico elogiou a defesa, mas ponderou sobre a atuação do ataque. Carille disse que a linha de frente do Vasco foi prejudicada pela falta de conjunto, uma vez que a base do time inteira foi reserva na partida desta quarta-feira. Ele elogiou Jean David, mas disse que o chileno é mais um meia do que um atacante.

— Todos os jogadores da frente foram prejudicados hoje. Quando falta conjunto, a bola não chega ao ataque. Trabalhamos muito por trás. O Jean David é um cara de seleção, tem história no México, temos que respeitar bastante. Vejo mais como um meia que um atacante. Ele tem muito controle de bola, mas não vejo como um jogador de um contra um. O Maricá tem um ótimo trabalho com o Reinaldo, desde o ano passado. Respeitamos muito o Maricá, mas vamos respeitar sempre o nosso trabalho.

Veja outros trechos da coletiva

Jogadores da base e brincadeira com Zuccarello

— Esses jovens vão ganhar espaço comigo. Pensei muito em colocar o Zuccarello porque eu gosto de colocar quando já está com mais treino comigo, ele treinou muito pouco, veio da taça São Paulo há muito pouco tempo, e eu gosto de dar um suporte para que ele entre sempre e saiba muito bem o que fazer. Até brinquei que ele foi rodar para o meio de campo e deixou o Payet marcando o lateral, com 37 anos, aos 40 do segundo tempo. Brinquei com ele: “Foi legal a estreia? Vai voltar para a base”. Eu vou ter muito cuidado nesse início, não estou conseguindo trabalhar, é jogo em cima de jogo, mas daqui a pouco a gente vai ter uma semana aberta, e eu vou estar mais perto desses jovens que estão vindo comigo, Lyncon, Luiz Gustavo, Euder, tem uns meninos aí que eu acompanhei na Copinha. Eu vou estar sempre de olho.

Mudança de jogadores

— Nesse início eu estou trocando mesmo por essa questão de trabalho, esses caras com o que correram hoje dificilmente vão estar nas suas condições pra jogar sábado nesse início de trabalho. Éramos para está agora na metade da pré-temporada, a gente sabe quanto que é importante, 35 dias de férias, 40 dias de pré-temporada, você faz seis, sete jogos agora, é difícil. Eu estou pensando em fazer alguns avaliações no campeonato, isso não é bom, mas eu vou ter que fazer, não tem outra forma. Não tem um jogo-treino. O treino muitas vezes não te mostra o que tem que ser mostrado. A gente sabe que o Brasil é assim e a gente vai aos poucos entendendo o que é melhor, e eu vou acabar fazendo alguns experiências dentro da competição.

Planejamento

— Nós jogamos sábado, quarta e segunda, isso vai ser bom pra gente se recuperar, porque não vai ser quinta, domingo, quarta. A cada dois dias um jogo. Então a gente joga sábado, quarta com o Fluminense, o próximo jogo ficou para segunda. Isso é bom. Aí essa questão vai ser muito pontual de eu escutar o departamento médico para tirar. Então, agora, dificilmente eu faço isso outra vez. Vamos esperar rodada a rodada para eu escutar todo mundo e tomar a melhor decisão.

Souza

— Primeira vez que estou trabalhando com ele, mas já o observava. Eu não vou avaliar um jogador por um lance. Fez um jogo consistente, em um campo que não era legal. Teve uma leitura errada ali, faz parte. É um jogador experiente, um jogador com uma história fora muito boa, que vem se dedicando e que vem como opção sim. E na minha forma de jogar, de ter a bola com a qualidade de passe que ele tem, ele passa também a ser um jogador por dentro. Esse primeiro volante que sempre foi a dele, de fazer os nosso meias jogarem ali também, eu conto com ele nessa posição.

Paulo Henrique

— O Puma é mais um construtor, de aproximação. A falta de conjunto também atrapalhou ele, tenho que saber disso. É diferente do Paulo Henrique, que é um jogador que dá o tapa e passa por cima, de velocidade. Está bem claro que os laterais vão ter possibilidades de fazer gols. O Piton em Manaus teve chance, o Victor Luís teve chance em um cruzamento. Eles têm toda a liberdade para atacar as laterais por trás. Vai aparecer oportunidade nessa forma de jogar. Eles têm toda a liberdade.

Assista à entrevista

Entrevista Coletiva de Fábio Carille (Fonte: Vasco TV)

Fonte: Globo Esporte

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