Carille analisa vitória do Vasco contra a Portuguesa-RJ; veja a entrevista coletiva
Fábio Carille e analisou o desempenho do Vasco da Gama diante da Portuguesa-RJ e elogiou a evolução do time.
O Vasco bateu a Portuguesa por 4 a 1 neste domingo, conquistou sua segunda vitória seguida e subiu para a terceira posição da Taça Guanabara. A partida marcou a estreia do técnico Fábio Carille em São Januário. Após o jogo, o comandante analisou a atuação, minimizou erros por cansaço e elogiou a evolução da equipe.
– É sempre importante ganhar, ainda mais no inicio do trabalho. No final do primeiro tempo sentimos parte física e você fica com receio de fazer (as substituições) no intervalo e perder pro segundo tempo. Então resolvemos voltar com o mesmo time. Mas fisicamente a gente viu que estava abaixo, ali com 15 minutos eu faço três mudanças e seguro as outras duas para alguma emergência. A evolução vai ser jogo a jogo. Hoje vi coisas importantes por dentro que eu quero. Os erros são normais no início, ainda mais que cansaço vai batendo. Muito feliz por esse momento, minha estreia em São Januário pelo Vasco. A torcida apoiando o tempo todo e a gente fazendo por merecer dentro de campo. Jogadores que entraram, dando resposta, fazendo o time crescer novamente. Não é uma preparação de 11, é uma preparação de um elenco todo. Muito feliz com isso, mostrando que estamos no caminho certo – disse Carille.
Vegetti (2x), Coutinho e Paulo Henrique marcaram os gols da vitória. O Vasco volta a campo na próxima quarta-feira, às 19h (de Brasília), para enfrentar o Maricá. Apesar de o rival ser o mandante, a partida será disputada em São Januário.
Confira outras respostas de Carille
Coutinho
– A expectativa sobre ele é enorme e tem que ser, né? Por tudo que ele já conquistou, por onde ele chegou, profissional exemplar, porque senão não fica tanto tempo na Europa. O jogador para ficar na Europa não é só qualidade técnica, tem que ser um ótimo profissional e ele é. A a gente vai dar todo suporte para que ele possa desenvolver.
Melhor meio campo do Brasil?
– É um ótimo meio de campo, mas acompanho, por exemplo, o Mateus (Carvalho) desde o ano passado, é um jogador que eu gosto. Tem o Payet, que daqui a pouquinho eu posso jogar com os dois (ele e Coutinho). A minha preocupação nesse momento é se eu começo com os dois, daqui a pouquinho não tem os dois no final do jogo, isso eu tenho que ter cuidado nesse início. Mas é um grupo que, na maioria das posições, está muito nivelado, muito equilibrado. E isso dá mais ainda confiança para a gente continuar o trabalho, ter uma proposta de jogo bem definida para que todos entendam.
Planos para Vegetti
– Tecnicamente todos têm que melhorar e vão melhorar, inclusive ele. Eu quero ter opções de entrar dentro da área do adversário por dentro, quero pelo lado… Hoje teve cruzamento do Piton, PH, Vegetti até caiu na direita e fez um passe para dentro da área. Ele vai crescer, vai melhorar junto com os outros. O grupo tem que entender o que é o Vegetti, e o Vegetti tem que entender qual é a nossa proposta de jogo. Daqui um pouquinho segurar ele para segurar os zagueiros, e a gente vem tocando por trás. Mas é um cara que quer participar sem bola e com bola. Sem bola muitas vezes ele sai para buscar o zagueiro sozinho. Controla, não adianta sozinho nesse momento, o zagueiro está com a bola dominada. Respira. E muitas vezes com a bola ele sai do lugar dele. Ele quer participar, isso é bom, e aí é um trabalho nosso, meu e da comissão, explicar para ele entender. Um jogador que é exemplo, já mostrou desde o primeiro dia, desde o dia 6, quando se apresentou, que é um exemplo. Que escuta, que trabalha, que se cobra bastante. E ele vai crescer juntamente com o grupo.
Reforço para ponta
– Tem necessidade, nós sabemos disso, mas eu sou muito ciente que não é fácil. Então o meu trabalho é achar alternativas.
Time já como quer?
– Os dois jogos lá em Manaus e hoje os primeiros 25, 30 minutos, são o que eu quero. Envolvendo, tocando, depois a gente está perdendo, que exige também parte física, deslocamento, abrindo linha de passe… Você não para com bola e sem bola, que você tem que marcar quando estiver sem a bola. Então é isso, a gente vai ganhando tempo, vai ganhando ritmo, vai aumentando esse tempo dentro de uma ideia. A característica do nosso grupo hoje, e é onde que eu tenho que achar alternativas, não tem o jogador para atacar espaço. Não tem, é característica, eu posso melhorar, eu posso pedir, mas vai fazer uma vez ou outra, não vai ser uma ideia assim desses caras atacarem espaço. A gente vai ficar com a bola. É isso que eu quero, é isso que eu vou trabalhar e é isso que eu vou insistir.
Alex Teixeira e Maxime
– Nosso trabalho é ser muito claro com todos os atletas para que eles entendam. Não trabalho só com 11, trabalho com o elenco. No jogo de Manaus e no de hoje, as minhas substituições não foram técnicas, elas foram para manter a parte física, foram pensando nisso, para ter condição, para ter estrutura. O Maxime eu sei que pode ser um cara por dentro, que pode jogar aberto. Eu sei que ele gosta de jogar mais por dentro, já tive uma conversa com ele e com todos. Jogador que pensa rápido, agudo, que carrega bem a bola, entrou muito bem lá em Manaus. É uma alternativa. O Alex ano passado, e eu falo isso porque a gente até pensou nele no Santos, ficou um tempo parado até vir para o Vasco. Muitas vezes é igual ao Coutinho, não tem uma preparação legal. O Coutinho vinha do futebol do Catar, onde é intensidade é baixa. Então agora estão participando de uma pré-temporada, de uma parte da pré-temporada, e isso vai ser importante para eles e para nós.
Alex Teixeira x ponta buscado
– É um jogador que vem cumprindo o papel de lado, muitas vezes acompanhando o lateral. E é um cara que gosta da área, que gosta de fazer gol.
Jair como opção contra times mais fortes?
– Pode ser, sim. Falei agora há pouco a respeito do equilíbrio que tem o elenco em algumas posições, e o meio de campo é uma delas. Sei que quem eu colocar vai dar resultado, vai dar trabalho. Eu não vejo nesse momento começar com os dois (Payet e Coutinho), depois no final de uma partida eu não tenho nenhum deles. Esse 10 que chega na área, que pisa, que tem lance. O Payet através do passe e o Coutinho através de um drible, de trazer para dentro e definir com passe ou uma finalização igual foi o gol que fez hoje. Então é um grupo equilibrado e pode, sim (entrar Jair). Não tem time definido, nunca vou fazer isso. Claro que eu tenho as preferências nesse momento, mas respeitando todos e deixando todos buscando seu espaço.
Reserva para Vegetti
– A gente tem um menino da seleção que eu assisti contra o Bahia, qual o nome dele? O Rayan! Eu assisti contra o Bahia, um jogo que ele fez interessante, um cara que tem jogo por baixo, com presença de área. Espero por ele aqui para que seja essa opção e a gente possa conhecer mais de perto.
Necessidade de reforços
– Você sabe que conversando em dezembro, no meu acerto, com o Marcelo Santana e com o Felipe principalmente, já se falava dessas posições, a carência no elenco. Vamos tentar, não é fácil. Eu tenho a consciência que não é fácil. Então com o trabalho, só bateu naquilo que a gente já sabia, aquilo que já vinha conversando em dezembro com o Vasco. E é isso, a gente não tem essas características no grupo, é difícil. Dificilmente vocês vão me ver reclamar sobre isso. Vejo muitos técnicos reclamando, pedindo, eu tenho que buscar alternativas. Muitas vezes não vai conseguir trazer um cara tão qualificado, e é melhor não ter do que trazer mais um para somar, encher o elenco e não dar resultado. E a gente achar nossas alternativas com aquilo que tem aqui. Então isso é desde dezembro, escutei deles, e depois comecei a olhar vídeos que é um trabalho meu para chegar no clube entendendo tudo. Sei que daqui a pouquinho a gente tem o Adson, né? No meio do ano, só que está longe, tem o David, jogador de força, de lado, que segura. Mas é necessário que chegue mais alguém para equilibrar. Se não chegar, é o nosso papel buscar alternativas.
Assista à entrevista coletiva
Fonte: Globo Esporte