Carille analisa empate do Vasco contra o Volta Redonda; veja a entrevista coletiva
Carille analisou o desempenho do Vasco da Gama e afirmou que vai procurar a melhor forma para corrigir os erros identificados.
Após o empate em 2 a 2 com o Volta Redonda neste domingo, Fábio Carille concedeu entrevista coletiva no estádio Kléber Andrade. O treinador elogiou a organização do adversário, mas revelou que identificou o Vasco com um pouco mais de dificuldade para acompanhar o ritmo de jogo.
Carille afirmou que irá avaliar com os departamentos ao longo da próxima semana as melhores formas para corrigir os erros identificados.
– A bola parada sempre foi muito decisiva em todos os lugares. A gente tem que trazer isso ao nosso favor, tanto defensiva quanto ofensivamente. O torcedor fez uma festa linda. Apoiou e vaiou quando teve que vaiar. Pegamos um time bem organizado. Percebi o Vasco precisando fazer um pouco mais de força para fazer as jogadas, para acompanhar.
– É sentar com todos os departamentos no começo da semana, saber se a gente errou na carga de trabalho porque esses jogadores não atuaram na quarta-feira. Mas é o início de trabalho. Time lutou mesmo na dificuldade e quase marca o terceiro gol para parabenizar essa torcida, que vem nos apoiando – completou Carille.
O resultado impediu que a equipe de Carille ultrapasse o Volta Redonda e assumisse a liderança do torneio. Com o empate, o Vasco tem 13 pontos e é o vice-líder da competição, mas ainda pode ser ultrapassado por Maricá e Flamengo, que ainda jogam na rodada.
Na coletiva, o treinador comentou sobre a atuação de João Victor, que marcou um gol contra e abriu o placar para o Volta Redonda logo no início da segunda etapa. Carille ainda reconheceu que a equipe teve desempenho inferior às três partidas anteriores sob seu comando, mas reforçou que o caminho para aprimorar os detalhes será feito com o tempo.
– O João (Victor) eu já conheço há muito tempo, eu que subo ele no Corinthians, um jogador com muita velocidade, isso pra zagueiro é muito importante, bola aérea é muito boa. E nós vamos melhorar, é um time qualificado, fizemos três jogos para o início, os três últimos jogos com três vitórias, que acho que para o início foi acima do esperado, para uma evolução de parte física, de parte técnica e de entendimento da ideia de jogo. Hoje, ficamos abaixo. Nas três vitórias, não quer dizer que estava tudo certo, a gente sabia que nós temos que melhorar bastante. E o resultado de hoje não quer dizer que está tudo errado. A gente tem um caminho. É potencializar essa ideia, passar confiança para os jogadores para que a gente continue a nossa caminhada.
Outros pontos da coletiva
Negociação com Bruma, atacante do Braga, de Portugal
– Sobre negociação, não me meto nesse negócio aí, não. Mas (Bruma) é um jogador qualificado, de uma característica que nós não temos no grupo, Mas como estão as negociações, quanto ele vai ganhar, vai deixar de ganhar, não sei, não quero saber. Que chegue o jogador com qualidade que nem ele para nos ajudar.
Time para o próximo jogo?
– Não consigo te responder isso. Eu sou muito do jogo a jogo. O jogo do Volta Redonda acabou agora. Agora na viagem, conversando com os auxiliares ali, eu já começo a esboçar para que segunda-feira todos já saibam quem vão ser os titulares. Então é muito cedo, muito cedo mesmo para eu te responder sobre isso.
Zuccarello
– As informações, as orientações ali foram básicas para a posição que ele entrar. Não só falar desse menino que tem muita qualidade, mas tem alguns lá com a gente já trabalhando. Apesar que uns vieram da Taça (Copinha), outros estavam com o Ramon (Lima), mas já estão trabalhando com nós. Nós vamos potencializar e dar todo o apoio para que esses meninos possam desenvolver e quem sabe aí no futuro próximo nos ajudar bastante.
Erros nos gols sofridos
– O primeiro gol que a gente tomou, a nossa transição defensiva foi muito boa. Nós fechamos como tínhamos que fechar. Já olhei o vídeo ali dos gols feitos e dos gols tomados. Uma infelicidade ali do João tirar, mas a gente voltou bem, transitou bem e faz parte de acontecer o segundo gol. O gol veio, sim. Poderíamos ter temporizado mais, ter tido mais calma. Costumo falar para os jogadores que não se roubam a bola de qualquer jeito, tem um pouquinho mais de paciência, mas eles vão entender e a gente vai diminuir esses erros defensivos.
Vaias no fim do jogo
– A respeito das vaias, eu não posso te dizer, eu me fecho muito no jogo. Eu concentro ali e converso muito com as pessoas que estão ali no trabalho do jogo comigo. Não sei o que te dizer, mas desde que partir do momento que não tenha violência, tudo é válido.
Payet e Coutinho juntos
– Penso que pode (acontecer), mas eu acho que a gente tem que estar muito ajustado para isso acontecer (Payet e Coutinho juntos). Ter sete jogadores, oito, e a compactação está bem organizada e aí vai um tempo para que esses dois jogadores possam jogar com bola. Sabemos que vai ter jogo, precisam de um jogador qualificado. O grupo entender a característica dos dois e os dois entenderem a característica de jogo. Mas eu penso sim, penso que pode, eu quero ver mais, quero ver em trabalho, em treinamentos. Que nem o Payet, por exemplo, jogou quarta e não treinou para o jogo de hoje porque é só recuperação, ainda mais nesse início de trabalho. Quero ver sim. Penso que sim, mas ali na frente eu posso ter uma resposta melhor sobre isso.
Paulo Henrique saindo com dores de campo
– Não dá pra se dizer que é uma lesão. (Paulo Henrique) reclamou de uma dor, é um jogador já experiente. Então, ainda vai passar por exame e tudo mais, mas estava ali no vestiário bem tranquilo. Vamos aguardar um pouquinho mais.
Número de jogos no início de ano e pré-temporada
– Em questão de tempo, não terminou a pré-temporada ainda. Eu que trabalhei fora aí quatro anos, lá se faz 40 dias, seis, sete jogos. E, hoje, nós estamos com 25, 26 dias de trabalho, já no sétimo jogo. Por tempo, por número de dias aí, a gente não terminou a pré-temporada ainda. Por isso que foram poupados jogadores lá (contra o Maricá). Fizeram um trabalho muito forte na quarta-feira, ainda os jogadores que não foram para o jogo. A gente tá no campeonato e ainda estamos em pré-temporada. Um grupo muito bom, muito qualificado, que eu acredito muito no entendimento com esses jogadores, desenvolver uma ideia de jogo.Sabemos das necessidades, a diretoria sabe e está trabalhando. Mas a gente tem que ter bastante sabedoria para acertar esses jogadores e potencializar o grupo. Enquanto isso, não tenho que ficar falando sobre isso e sim trabalhar, potencializar aquilo que a gente. A gente tem de melhor.
Elenco com jogadores experientes
– Não são tantos assim. Já joguei em equipes com seis, sete jogadores com mais de 32 anos, não é o caso. E hoje, pela qualidade de trabalho, com todos esses profissionais envolvidos, os caras chegam aí perto dos 40 jogando com qualidade. Na época que eu jogava, com 33 anos você era velho. Eu não vi GPS, eu parei de jogar em 2007. Então, está muito evoluído. Acho que é um grupo equilibrado, todos buscando a sua posição, brigando pela sua posição. Isso é bom, eleva o nível dos treinamentos e, com isso, eleva o nível do mercado.
Assista à entrevista
Fonte: Globo Esporte