Campello fala sobre férias dos atletas, reforços e dificuldades financeiras

O presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, falou sobre as férias dos jogadores, reforços e dificuldades financeiras.

A paralisação do futebol, a crise com a pandemia do coronavírus complicou ainda mais as finanças do Vasco. O clube deve três folhas, ou seja, os salários de janeiro, fevereiro e março estão em aberto. Em entrevista virtual realizada nesta quarta-feira, o presidente Alexandre Campello falou sobre a crise sem precedentes. Com os pagamentos atrasados, os jogadores já podem entrar na justiça contra o clube, mas Campello não acredita que este será o caminho escolhido por algum atleta.

“O Vasco até antes da paralisação tinha apenas dois meses de atraso salarial, só a partir do terceiro mês é que cria uma condição que proporciona ao atleta ingressar na justiça pedindo o encerramento do contrato. Obviamente com esta pandemia o Vasco não pode honrar com compromissos, se já tinha dificuldades antes da pandemia com a pandemia as dificuldades aumentaram. Mas não acredito, pela forma que os jogadores se comportaram em 2018 e 2019, sempre sendo parceiros do clube, passaram por momentos difíceis e não acredito que em um momento como esse que passa o mundo todo, alguém ingresse na justiça com esse pedido. Não tive informação de nenhum atleta que tivesse pensando em fazer este movimento”, afirmou.

Mais assuntos tratados pelo presidente:

Impacto financeiro:

“Temos perdido receitas de todas as formas, desde as vendas de produtos que geram royalties para o clube, como copo, chaveiro, uma camiseta. Isso reduz os royalties que recebemos e também através de bilheteria, próprio patrocinador. Tem uma série de consequências quando você paralisa uma atividade e o Vasco não e diferente dos outros setores, tem sofrido bastante com essa paralisação. É público e notório que, por exemplo, a televisão suspendeu o pagamento de uma das parcelas do Campeonato Carioca e também propôs uma redução nessa primeira cota dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. A gente estima que esse impacto da pandemia nas finanças do clube, vai ser em torno de 40 milhões, mas não há como precisar o tamanho do problema, pois não sabe quando as atividades vão voltar”.

Sobre as férias dos atletas:

“Toda nossa preocupação neste momento é no sentido de preparar o clube para o momento em que a volta do futebol for autorizada. A gente procura se antecipar criando as condições necessárias para a volta. Preparamos nosso campo anexo em São Januário, o departamento médico, as áreas de apoio, vestiários e tudo mais. Esse trabalho, mesmo com a paralisação tem sido feito e até sexta este trabalho já deve ser concluído. Também tem o protocolo para retomada das atividades que vai desde das orientações quando o atleta sair de casa. O atleta vem no próprio carro, já uniformizado, vai para o campo sem ter contato com ninguém. Deve iniciar o treinamento com pequenos grupos. A sala de musculação não deve ser utilizada, monitoramento com testes, não só dos atletas mas das pessoas que tem contato com o atleta. Toda estrutura pronta para quando autoridades entenderem que pode voltar nessas condições”.

Expectativa pós pandemia. O que o torcedor tem que entender neste momento?

“Essa pandemia veio para mudar muita coisa. A gente não vai ter uma sociedade igual a que nós tínhamos antes da pandemia. Futebol terá que ser feito sem presença de publico e para ser sincero esse ano acredito que não teremos condições de voltar a ter públicos nos estádios. Teremos que buscar uma série de soluções para se relacionar com o torcedor, devolver aos nossos sócios algum benefício. Vamos passar por um período ainda longo de mudanças”.

O Vasco está preparado para voltar e seguir os protocolos?

“O final das férias era inevitável. Não há como prorrogar as férias e aí agora é entender o que você vai fazer em relação a esses profissionais. Existe uma medida provisória em que você pode propor redução de salários, suspensão contrato, mas que precisa ter acordo entre as partes, mas só vai tratar disso quando tiver posição do governo se vai manter ou não o distanciamento social”.

Reforços/ Dificuldades financeiras

“Em relação a reforços a gente tem muita coisa para pensar neste momento antes de pensar em reforços, a gente não sabe quando o campeonato retoma, não é o momento de pensar nisso. É pensar no que a gente tem sanar nossas dificuldades”.

“É natural que atletas não estejam satisfeitos, mas veem esforço que clube tem feito para regularizar essa situação. A gente precisa sentar, bater papo, não acredito que os atletas, neste momento, vão ficar afastados do clube. Temos trabalhado bastante para resolver esse problema. Estamos tentando negociar com os direitos de transmissão, tentando recuperar depósitos judiciais, tentando suspender pagamentos de Profut, parcelas de empréstimos, Trabalho tem sido exaustivo, intenso e. gente espera que gere frutos o mais rápido possível”.

Nesta quinta-feira, o Vasco vai publicar o balanço financeiro referente ao ano de 2019. Campello garantiu que no balanço será possível observar o compromisso dessa gestão em relação ao equilíbrio financeiro. Ele reforçou que a gestão dele está trabalhando muito para trazer dinheiro novo e ainda disse que o clube gastou menos em 2019 do que em 2018.

Espn

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