Campello diz que aprova eleições diretas no Vasco e promete ir a cartório oficializar posição

Presidente do Vasco da Gama disse que, caso eleições sejam indiretas, não concorrerá no Conselho Deliberativo se não vencer entre os sócios.

Campello em live dos 122 anos do Vasco
Campello em live dos 122 anos do Vasco (Foto: Divulgação)

Nesta terça-feira (01), o presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, publicou um vídeo em sua conta no Twitter reafirmando sua aprovação às eleições diretas no Clube.

O mandatário cruzmaltino, inclusive, fez a promessa de ir a um cartório registrar oficialmente que, caso ocorram eleições indiretas e sua chapa não vença o pleito entre os associados, ele não se lançará candidato à presidência no Conselho Deliberativo.

Vale lembrar que, nas últimas eleições do Clube, em 2017, Alexandre Campello era vice da chapa encabeçada por Julio Brant, que saiu vitorioso entre os sócios. Dias antes do pleito no Conselho Deliberativo, no entanto, os dois romperam, e Campello fez uma aliança com o grupo de Eurico Miranda.

Com isso, acabou derrotando Brant, tornando-se, assim, o primeiro presidente da história do Vasco a não ter vencido entre os sócios – embora, na ocasião, compusesse a chapa. A situação foi muito criticada pela torcida cruzmaltina.

No vídeo, Campello também aproveitou para criticar Faués Mussa, presidente da Assembleia Geral do Clube, devido à condução da AGE do último domingo (30). No entanto, garantiu ter votado contra seu afastamento na reunião do Conselho Deliberativo do último dia 24 de agosto.

Campello também ressaltou que, pelo fato de haver risco de anulação da AGE, isso pode acabar inviabilizando as eleições diretas deste ano.

Trecho do vídeo publicado por Alexandre Campello em seu Twitter

Confira parte do comunicado de Campello:

Em primeiro lugar, quero reiterar que sou totalmente a favor das diretas. Eu fui o único que tentou com ações garantir que a AGE ocorresse dentro da legalidade e respeitando os ritos do estatuto. A minha preocupação foi evitar que o resultado pudesse ser derrubado na Justiça por aqueles que gostariam de vincular a aprovação das diretas com a reforma do estatuto.

E, para enterrar de vez o argumento dos que falam que não sou a favor das diretas: registro amanhã em cartório um termo de compromisso caso eu venha me candidatar. Se por algum motivo não tivermos eleição direta esse ano, e a chapa que eu eventualmente encabeçar não vencer, não lançarei minha candidatura no Conselho Deliberativo para a disputa da presidência. Nesse processo, algumas informações foram omitidas.

Na reunião do Conselho Deliberativo que tentou afastar o Seu Mussa, votei contra o seu afastamento e foi o único a defendê-lo. Minha preocupação sempre foi garantir a legitimidade da AGE e a aprovação das diretas sem fragilidades que pudessem ser usadas aqui ou ali para que ela fosse derrubada na Justiça.

No entanto de forma irresponsável e com interesse de dois grupos políticos que influenciam fortemente o espaço do senhor Mussa, sendo que um deles tem como membro o seu filho, mais uma vez não permitiram chegássemos a uma solução de consenso. Propus a ele a data do dia 10 de setembro para a realização da AGE e me comprometi a solicitar ao Conselho Deliberativo a extensão do calendário eleitoral de forma que a eleição passasse do meio de novembro para o início de dezembro, assegurando assim a aprovação e a realização da eleição direta ainda neste ano, obedecendo as normas do estatuto.

No entanto, o Sr. Mussa decidiu atropelar a tudo e todos. Contratou por conta própria uma empresa para realizar a assembleia, tomando para si um ato que é de exclusiva responsabilidade da Diretoria Administrativa.

Afirmou, inclusive, que pagaria os custos do próprio bolso, como se a AGE fosse sua e não do Vasco. Aliás, o Seu Mussa e aqueles que o cercam sempre trataram a AGE como um evento privado, de autopropaganda, e não como um momento da maior importância para o futuro da Clube.

O presidente da Assembleia Geral desrespeitou e descumpriu ainda uma série de outras obrigações. Por exemplo: não publicou a convocação por três vezes em jornais de grande circulação, como estabelece não só o Estatuto do Clube mas a Lei Pelé.

Para piorar, abriu ontem de maneira oficial o calendário eleitoral do Vasco com a convocação da Junta Deliberativa. Deixou diversas brechas para que as eleições diretas, que são um desejo da maioria dos vascaínos, sejam facilmente derrubadas na Justiça por aqueles que desejam votar a matéria em conjunto com o estatuto, usando as diretas como uma barganha política porque não defendem verdadeiramente mudanças.

O Clube buscou três orçamentos de empresas especializadas em votação online de acordo com o compliance e da forma como exige o Clube para organizar a AGE, dentro dos ritos do nosso estatuto.

Em troca do apoio, os grupos políticos por trás do Seu Mussa espalharam uma mentira de que eu seria contra a realização da AGE. A verdade é uma só: infelizmente esses dois grupos políticos, por intenções meramente eleitoreiras e na ânsia de disputar entre si o título de ”pai das diretas”, cometeram um grave erro. E infelizmente esse erro poderá custar caro para todos nós.

Independentemente do que venha a acontecer, estou aqui para reafirmar meu compromisso com as eleições diretas. Espero sinceramente que vaidades e ambições políticas sejam deixadas de lado sempre que o assunto for o melhor para o Vasco da Gama. De minha parte, é eleição direta já, agora. Muito obrigado, vascaíno – finalizou.

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