Bola parada será o forte do Vasco nessa temporada

Já entrosados, os jogadores do Vasco apostam nas bolas paradas como um trunfo a mais em 2012.

Já entrosados, os jogadores do Vasco apostam nas bolas paradas como um trunfo a mais em 2012. Durante a pré-temporada, em Atibaia (SP), e nos primeiros treinos, no Rio, foi possível notar que o leque de atletas dispostos a intensificar o fundamento e ajudar o especialista Juninho aumentou.

Não será surpresa, este ano, ver o atacante Alecsandro ou o meia Diego Souza, por exemplo, arriscarem nas faltas. No período de treinos, eles estiveram sempre aprimorando, principalmente o camisa 9, com um bom aproveitamento. Outra novidade para os vascaínos deverá ser o meia Abelairas. Em Atibaia (SP), ele mostrou que esta é uma das suas principais qualidades. Com sua canhota, teve precisão no chute colocado.

Além deles, o Vasco dispõe, como cobradores, do lateral-direito Fagner, do zagueiro Dedé, dos volantes Nilton e Fellipe Bastos, e do apoiador Bernardo, pupilo de Juninho no estilo de bater e que, ano passado, fez dois gols assim. Em 2011, ao todo, foram nove gols no quesito, sendo que, no Brasileiro, o Vasco foi o terceiro, com quatro gols, atrás apenas de Fla e Palmeiras, com seis.

Jorge Luis, auxiliar de Cristovão e, quando jogador, um exímio cobrador, exalta o fato do Vasco não depender só de Juninho.

– Todo mundo sabe que a bola parada pode decidir um jogo. Se possuímos grandes batedores, é uma arma que temos de usar a nosso favor. Às vezes, não podemos contar com o Juninho e com o Bernardo, por isso, ter um número grande de batedores é muito bom.

Promessas de mais treinos

Dois personagens conhecidos dos vascaínos nas faltas, Juninho e Nilton não estão satisfeitos atualmente com seus respectivos
desempenhos no fundamento.

O Reizinho, que já chegou a ser eleito o melhor cobrador de faltas do mundo, admitiu que não rendeu o esperado, atribuindo a isto a diminuição no número de repetições no treinamento.

Já o volante, que em 2009, na Série B, batia com frequência, atravessou um período de um ano lesionado e, quando voltou, não
foi visto arriscando suas tradicionais cobranças de longa distância. Agora, o técnico Cristovão já pediu que volte a treinar mais.

Com a palavra

Jorge Luís (Assistente técnico do Vasco e cobrador de faltas quando atleta)

Temos diferentes estilos de cobradores

“Em termos de bola parada, estamos muito bem servidos. Independentemente da distância, temos jogadores com diferentes estilos de cobranças de falta. E com o treinamento, a tendência é que o aproveitamento melhore cada vez mais.

Com a experiência que adquirimos, às vezes, damos algumas dicas e vemos que eles nos ouvem e tentam melhorar alguns pontos. Eu era um jogador que gostava de bater faltas e sempre ouvia conselhos de outros jogadores.”

Juninho: de pupilo a mestre

Hoje respeitado por ser um exímio cobrador de faltas, Juninho já teve o seu momento de aprendiz. Quando ainda era dos juniores do Sport, ele apreciava o profissional Moura, ex-jogador da década de 90, nas cobranças após os treinos.

– Foi com ele que aprendi a cobrar as faltas deste jeito, partindo para a bola de uma maneira mais reta – explicou.

Atualmente, tal estilo serve de exemplo para os atletas que compõem o grupo do Vasco. O que mais se espelha no jeito de
cobrar de Juninho é o jovem Bernardo. O apoiador, inclusive, fez um gol, no Campeonato Brasileiro do ano passado, contra o Palmeiras, cobrando desta maneira.

– Falta é repetição. Aperfeiçoei na França, já que lá não havia muitos cobradores e coube a mim assumir esse papel. Então
treinava muito – disse Juninho.

lancenet

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