Bebeto revela como jogar no Vasco era seu ‘destino’ e relembra título Brasileiro de 89
O ex-atacante do Vasco da Gama, Bebeto, disse que foi o responsável por escolher que o primeiro jogo da decisão fosse no Morumbi.
Em participação no podcast CastFC, Bebeto falou sobre a sua relação com o Vasco da Gama. O ídolo mostrou muito carinho pelo Gigante, contando, inicialmente, que a casa em que vive até hoje foi dada pelo Clube. Vice-presidente de futebol na época, Eurico Miranda foi o intermediário do presente.
– Essa casa que estamos aqui hoje foi o Vasco que me deu. O Eurico (Miranda) pediu para eu escolher e escolhi uma perto da minha mãe. Ela mora aqui do lado. Irmãos e irmãs também – relembrou o atacante.
Já em seguida, o tetracampeão mundial contou como vestir a camisa do Cruzmaltino era o seu ‘destino’. Ele disse que o nome do seu avô era Vasco da Gama, o que não sabe dizer se era em homenagem ao Gigante, revelou que o time que jogava ainda na Bahia se chamava Vasco e afirmou que admirava Roberto Dinamite.
– Fizemos nossa vida inteira aqui. Meu avô se chama Vasco da Gama, então eu tinha que jogar no Vasco. Não tinha jeito (risos). O time que eu jogava no Bahia era Vasco e eu sempre joguei com a 10 (risos). Também sempre gostei muito do Roberto Dinamite. Eram os dois caras que eu gostava, o Zico, que era meu ídolo, e o Roberto Dinamite. Por isso tenho carinho pelo Vasco – explicou o ídolo.
Brasileiro de 89
Mais para frente, Bebeto trouxe uma revelação sobre a conquista do Brasileirão de 89 sobre o São Paulo. O ex-atleta disse que Eurico Miranda lhe deu a responsabilidade de escolher se o Vasco jogaria primeiro em casa ou fora, e ele escolheu, segundo o relato, jogar no Morumbi, casa do adversário, garantindo que a equipe vascaína iria ser campeã na casa do Tricolor.
– Lembro muito bem que o Eurico me chamou e disse: “Tenho duas possibilidades e queria saber de você. A gente pode jogar a primeira em São Januário ou lá em São Paulo”. Se a gente ganhasse já era campeão. Eram duas partidas, mas ganhando a gente já matava. Eu disse: “Pode botar lá que nós vamos ser campeões no Morumbi. Meu time é muito bom”. Não deu outra, fomos campeões, gol do Sorato, de cabeça, uma jogada que fizemos pela direita, Luis Carlos Winck cruzou, os caras preocupados comigo e o Sorato foi lá e fez o gol.
Bebeto defendeu o Gigante em duas passagens, a primeira entre os anos de 1989 e 1992, e a segunda, mais rápida, em 2001. Nesses períodos, somou 123 partidas, com 61 gols marcados. Sua contratação agitou o futebol carioca, isso porque veio direto do arquirrival Flamengo, o que foi visto como um negócio histórico.
Fera, profissional de alto nível.