Atleta indígena do Vasco, Cauan Barros faz tribo em Pernambuco virar vascaína

Meio-campo indígena do Sub-20 do Vasco da Gama, Cauan Barros influenciou os integrantes da sua tribo a serem vascaínos.

Cauan Barros, destaque na base do Vasco, na aldeia em Pernambuco
Cauan Barros, destaque na base do Vasco, na aldeia em Pernambuco (Foto: GE)

O jovem Cauan Barros, de apenas 17 anos, ainda dá seus primeiros passos na carreira como jogador de futebol. Em julho, ele assinou seu primeiro contrato profissional com o Vasco da Gama, quando atuava pelo Sub-17. Hoje, no Sub-20, a jovem promessa de origem indígena, transformou a sua tribo, a Pankararus, no interior de Pernambuco, em um verdadeira arquibancada de São Januário.

Uma reportagem do GE, publicada neste domingo (12), mostrou como a ascensão de Cauan fez com que os integrantes de sua aldeia passassem a torcer e vibrar pelo Gigante da Colina. O meia conta a reação dos familiares ao descobrirem que ele havia sido contratado pelo Cruzmaltino

– O meu pai começou a chorar. Ligou para a minha mãe, que estava no mercado com as irmãs. Quando soube da notícia começou a gritar e chorar. Acho que a ficha ainda não caiu para a minha família. Minha mãe mesmo já falou.

Ao todo, a tribo Pankararus tem 7 mil pessoas cadastradas no Governo Federal e, mesmo ainda levando uma vida simples, sem bugigangas ou aparatos tecnológicos, eles se viram para poder acompanhar Cauan com a camisa vascaína, fazendo uso de antenas para captar os sinais de transmissão das partidas.

– Eu assistindo ao jogo com minha família fui às lagrimas. Todo mundo falando que eu podia chorar. Porque era meu filho que estava fazendo gol – lembrou seu Clecio Monteiro, quando viu o gol de Barros em clássico contra o Flamengo pelo sub-17.

O pai coruja, aliás, foi o maior incentivador para que o filho chegasse a um grande clube. Cauan despertou o interesse do Vasco aos 15 anos, quando já atuava pelo Primavera do interior de São Paulo. Desde então na Colina Histórica, ele é o grande orgulho da família e referência para os mais novos.

– Por ele ter aberto mão da infância, adolescência, por querer vencer, realizar um sonho de querer dar uma vida melhor não só para ele, mas para toda família. Isso é muito emocionante.

Barros, que mora no alojamento de São Januário, em breve estará ao lado de Clecio, Luciana (mãe) e Cauana (irmão) – que estão de mudança para o Rio de Janeiro.

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