Saiba sobre o artilheiro Ademir Menezes

Ademir Menezes, conhecido como Queixada, era o artilheiro do Maraca, o artilheiro da torcida vascaína.

‘Vasco, a fábrica de artilheiros’ chega na reta final. A partir de agora, os maiores artilheiros, que estão entre os grandes ídolos da torcida vascaína. Hoje, a homenagem é para a ‘lâmina que cortava o campo minado a caminho do gol’. Ademir Menezes, conhecido como Queixada, era o artilheiro do Maraca, o artilheiro da torcida vascaína.

Vindo do Sport Recife, ainda muito jovem, depois de impressionar o público carioca quando, em amistosos no ano de 1942, o clube de Pernambuco venceu dois jogos contra Flamengo e Vasco, respectivamente.

No Vasco, sua estréia foi contra o América no campo do Botafogo, em março de 42. Estava em disputa o Troféu da Paz e o Vasco o conquistou após vitória por 2×1. A partir daí, os jogos contra o América, ficaram conhecidos como ‘Clássico da Paz’.

No início de Expresso da Vitória, Ademir teve como companheiros,  Barbosa, Augusto, Rafagnelli, Laerte, Eli do Amparo, Danilo, Jorge, Alfredo, Ipojucan, Maneca, Friaça, Lelé, Tesourinha, Dejair, Chico, Heleno de Freitas, Jair Rosa Pinto, dentre outros.
 O período de Ademir no Vasco foi interrompido brevemente quando, em 1946, o técnico do Fluminense Gentil Cardoso exigiu que o clube o contratasse. Ficou famosa a sua frase “Dêem-me Ademir que eu lhes darei o campeonato”, o que efetivamente aconteceu. Mas no início de 1948, Ademir foi contratado de volta pelo Vasco, onde foi o principal goleador das conquistas do lendário Expresso da Vitória, tendo inclusive marcado ambos os gols da vitória por 2×1 sobre o América na final do primeiro campeonato carioca disputado no Maracanã, em 1950. Era também conhecido como o carrasco do Flamengo, no qual quase sempre marcava gols.

Seu estilo de jogo deu origem à posição de “ponta de lança”. Sua versatilidade em atuar em qualquer posição do ataque e sua habilidade nas arrancadas a caminho do gol obrigou a adoção de novos sistemas de jogo pelos técnicos para tentar contê-lo.
Na Seleção Brasileira, Ademir foi titular absoluto na Copa de 50, sendo o artilheiro da mesma com 8 gols. Ao todo, com a camisa canarinho, Ademir anotou 35 gols em 41 partidas, tendo até hoje uma das melhores médias de todos os tempos.
Seu estilo goleador, lhe rendeu uma crônica, simplesmente maravilhosa, de Armando Nogueira.
Primeira final do Estadual disputado no Maracanã:
Na decisão do Campeonato Carioca de 1950, a torcida do Vasco praticamente lotava a arquibancada do Maracanã. Ao final do jogo contra o América, ela começou a cantar, com uma letra inventada na hora, o grande sucesso do Carnaval daquele ano: “Oi zum-zum-zum zum-zum-zum-zum, Vasco dois a um; Ademir pegou a bola, e desapareceu; de um chute tão forte que Osni não defendeu”. Era, na opinião de Ademir Marques Menezes, a maior homenagem que recebera em toda a sua vida de jogador.

Curiosidades:
Ademir: Vasco x Flamengo
Neste jogo, um jogador pode se consagrar ou ser condenado ao ostracismo. Tudo depende do que acontecer em campo.”

Uma final entre Vasco e Flamengo correspondeu a uma final de Copa do Mundo: “A tensão nervosa é a mesma. Eu posso falar, pois já participei das duas. Ninguém consegue dormir direito, pois todos estão pensando no jogo do dia seguinte. Os jogadores só conseguem controlar seus nervos após o início da partida. Aí sim, ele esquece de tudo e só pensa em vencer. Com a bola rolando acaba a tensão e o jogador só escuta os gritos das torcidas, que fazem uma partida extra nas arquibancadas.”
Em 1949, jogando o Sul-Americano pela Seleção Brasileira, Ademir marcou quatro gols no goleiro paraguaio Garcia. Algum tempo depois, quando Garcia se transferiu para o Flamengo, Ademir sempre conseguia marcar no mínimo um gol. “Não que o Garcia não fosse bom goleiro, até pelo contrario. Ele era um ótimo goleiro, apenas eu dava sorte quando jogava contra ele”. Por isso Ademir chegou a ser chamado de “Carrasco do Flamengo”.
Certa vez, ao retornar ao Maracanã para comentar no rádio um clássico entre Vasco e Flamengo ele afirmou que era imparcial em seus comentários, mas que sua alma estaria dentro de campo, com o uniforme do Vasco, “pois a alma de um jogador jamais sai de campo”.
Com 301 gols em 429 partidas, Ademir tornou-se o maior ídolo e artilheiro da história do Vasco da Gama, até ser ultrapassado em números de gols por Roberto Dinamite.
Sempre que encontrava novos valores, gostava de conversar e dar conselhos. Uma de suas lições era de que um jogador, por mais profissional que seja, nunca deve deixar de amar a camisa que veste.
“Especialmente uma camisa como a do Vasco, que é motivo de grande orgulho para quem tem o privilégio de vesti-la. É verdade que eu dei muito ao Vasco, tenho consciência disto. Mas o Vasco também me deu muito. Foi aqui neste clube que vivi os momentos mais importantes de minha vida. Daí este meu amor, esta minha torcida, este meu carinho todo. Sou um homem dominado pelo coração. E o meu coração é dominado pelo Vasco.”

Com seus 301 gols, Ademir Menezes, é o 3º maior artilheiro da história do Vasco da Gama
e entrou para sempre no hall dos maiores ídolos do Gigante da Colina.

FICHA:

Nome: Ademir Marques de Menezes
Data de nascimento: 8 de novembro de 1922
Local de nascimento: Recife – PE, Brasil
Falecido em: 11 de maio de 1996
Posição: Atacante
Apelido: Queixada

Por Vascaínos FC

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