Antônio Lopes diz que Edmundo foi o melhor do mundo em 97

O técnico Antônio Lopes afirma que o ídolo vascaíno Edmundo, foi o maior jogador de futebol do mundo em 1997.

A nostalgia toma conta do Vasco nos dias que antecedem o jogo de despedida do ídolo Edmundo, quarta-feira, contra o Barcelona de Guayaquil, em São Januário. Relatos de jogadores, torcedores e daquele que é considerado pelo Animal o seu “pai” no futebol, o técnico Antônio Lopes, dão o tom do que o ex-jogador e atual comentarista de TV representou para o futebol.

Responsável por subir o então menino dos juniores para os profissionais do Vasco em 1991, Antônio Lopes também o comandou no período mais brilhante da carreira, em 1997, durante a conquista do Campeonato Brasileiro. Na época, Edmundo quebrou o recorde individual de gols da competição ao balançar as redes 29 vezes.

“Ele foi extraordinário. O maior jogador de futebol do mundo em 1997. Só não foi escolhido pela Fifa em razão de atuar no Brasil. Se estivesse na Europa subiria ao palco e receberia o seu troféu”, afirmou Antônio Lopes, ao UOL Esporte. Naquele ano, Ronaldo ganhou o segundo de seus três prêmios de melhor do planeta.

Mas o desempenho espetacular de Edmundo naquele ano não aconteceu por acaso, segundo o treinador. Além de contar com jogadores de qualidade no time, uma mudança tática foi capital na trajetória até o título.

“Durante a campanha o coloquei para jogar mais adiantado. Queria vê-lo mais próximo do gol. Em tese, o Evair seria o centroavante, mas depois preferi o Edmundo mais próximo. Ali, ele se encontrou e desandou a marcar gols. Foi a melhor fase dele, realmente brilhante”, contou.

Polêmico dentro e fora de campo, Edmundo teve problemas com alguns treinadores durante a carreira. Uma das exceções foi justamente Antônio Lopes. O técnico atestou o fato.

“Sempre tive uma relação excepcional com o Edmundo. Ele nunca me deu qualquer problema. Um dos jogadores mais comprometidos com os quais já trabalhei. Nunca faltou a um treino e sempre pedia para trabalhar mais, praticar faltas, pênaltis e finalizações”, disse.

Pelos trabalhos e mudanças constantes de quem vive no meio do futebol, o treinador tem menos contato com o seu “filho” atualmente. Mas quando a saudade bate, Antônio Lopes já sabe como resolver.

“Atualmente, o contato é menor pelos trabalhos, mas sempre nos falamos. Ele diz que sou o seu pai. Temos uma relação realmente de família. Foram muitos momentos marcantes juntos. Desde 1991, quando o puxei aos profissionais, já observava o talento. E ele era reserva na base. Fez um golaço em uma preliminar e não teve jeito. Golaço sempre foi um ponto forte dele. Contra o Manchester United, no Mundial da Fifa, foi marcante. Sempre revejo. Ajuda a lembrar das coisas boas”, encerrou.

uol

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