Anderson Conceição explica entrega da braçadeira a Léo Matos contra o Madureira
O zagueiro Anderson Conceição explicou seu gesto no segundo tempo da partida contra o Madureira, quando passou a faixa de capitão.
Apontado, até o momento, como uma das melhores contratações do Vasco para temporada, Anderson Conceição. O prestígio é tamanho que, na ausência de Nenê, ele herdou a braçadeira de capitão no domingo, contra o Madureira. Mas não terminou o jogo com ela. E porque não quis. O motivo? O zagueiro achou de bom tom entregá-la para Léo Matos, que começou no banco e entrou no segundo tempo.
– Na minha cabeça sempre passa que pessoas que estão há mais tempo no clube têm que ser respeitadas. Venho de outros clubes, joguei na Europa e lá observei muito isso, respeitar quem estava antes. Não temos vaidade no grupo, a liderança é do mais novo ao mais velho. Senti que tinha que passar a faixa para o Léo, um cara que agrega muito para o grupo. Não foi nada pensado, apenas o que vivi em outros clubes e achava legal. Se tiver que acontecer de novo, vou fazer do mesmo jeito – disse Anderson, em entrevista coletiva, no CT do Vasco, nesta terça, antes do treino.
O defensor também falou sobre uma torcedora especial que não perdeu um jogo do Vasco em 2022. A mãe Nely é a fã número 1 de Anderson Conceição e tem viagem programada para o Rio de Janeiro, onde verá o time do coração jogando em casa.
– Minha mãe é Anderson Futebol Clube, todo jogo ela manda mensagem motivacional, ora comigo. É minha torcedora, sempre me apoiou. Por estar vestindo a camisa do nosso time de coração ela está mais realizada. Fim do mês ela vem para cá, vou levar ela no estádio pra me ver jogar, muito legal realizar o sonho dela me vendo jogar com a camisa do Vasco .
O próximo compromisso do Vasco é contra a Portuguesa, às 21h35 da próxima quarta-feira, em São Januário, pela quinta rodada do Campeonato Carioca. O time é o líder da competição, com 10 pontos.
Outros trechos
Liderança
– A liderança é mostrada no dia a dia, como você trata as pessoas. Eu procuro ser profissional para que os jovens me olhem e pensem que precisam fazer igual, trabalhar para melhorar. A liderança é junto com os outros. Eu joguei quatro jogos aqui, parece que estou há bastante tempo jogando. Procuro me adaptar o mais rápido, em busca do entrosamento.
São Januário
– Quando cheguei no vestiário deixei minhas coisas e subi no campo. Passou um filme na cabeça, olhei para baixo da arquibancada, onde morei, e estar pisando ali, jogando com a torcida do Vasco, foi realizar um sonho de moleque. Estou feliz com esse início, mas vamos continuar com os pés no chão, porque a caminhada é muito longa.
Segredo do time
– É a entrega em campo, os jogadores que estão chegando com vontade e gana de fazer um Vasco novo para voltar ao seu lugar. As coisas estão acontecendo bem, mas ainda tem muita coisa pela frente, vão chegar jogadores. O que temos que fazer é manter esse espírito em campo, aguerrido, manter a torcida do lado, porque isso nos faz muito forte.
Torcida
– Torcida tem feito uma festa muito bonita, canta o jogo inteiro e isso nos impulsiona a querer dar mais. Às vezes chego cansado no meio do jogo, e a torcida canta e me faz querer correr mais.
Esquema com três zagueiros
– Eu já rodei por vários lugares, trabalhei com muitos treinadores e esquemas. O Zé deixou claro que gosta de mudar. Subi com o América-MG jogando no 3-5-2, jogamos muito bem, time muito ofensivo. No campo do Madureira, por exemplo, sabíamos que o time jogava muito na bola aérea, depende muito do jogo e do campo, acho que l conseguimos neutralizar os pontas e dar sustentação para defesa. O Zé é muito inteligente, entende de tática, temos que nos adaptar ao estilo que ele pedir. Independentemente do adversário e do esquema, acredito que vamos manter nosso espírito.
Diálogo com Cangá
– Linguagem da bola é mais fácil. Ele tem posicionamento muito bom, ele falou muito contra o Madureira, mas não dava para entender muito não (risos).
Fonte: Globo Esporte