Álvaro Miranda fala sobre acordo com o Fluminense por 30% dos direitos de Miguel
Ex-gerente de futebol da base do Vasco da Gama, Álvaro Miranda falou sobre acordo com o Fluminense por 30% dos direitos do atacante Miguel.
O ex-gerente de futebol da base do Vasco da Gama, Álvaro Miranda, falou sobre o atacante Miguel, do Fluminense, confirmando que 30% de seus direitos econômicos pertencem ao Cruzmaltino, com base em acordo firmado no ano de 2016.
Em entrevista ao UOL, o filho de Eurico Miranda afirmou que tem a cópia de um contrato assinado e que realimente o Cruzmaltino tem direito a 30% dos direitos econômicos do atacante que busca rescisão com o Fluminense na Justiça.
– Confirmo. Inclusive tenho esse documento em cópia. O pai, porque queria aumento, pediu a liberação. Como tínhamos contrato de formação em vigor rigorosamente em dia, não liberamos. Mais para frente recebi ligação do Marcelo Teixeira. Na época tínhamos acordo entre os clubes formadores que ninguém poderia pegar jogador de outra agremiação com contrato em vigor. Então, falei que só liberaria mediante algum percentual para o Vasco como clube formador, e aí firmamos de 30% para o Vasco e 70% para o Flu.
Em outro trecho da entrevista, Álvaro Miranda citou que o Fluminense deveria informar com mais clareza sobre a participação do Vasco nos direitos de Miguel. Ele também citou que não é do seu conhecimento se o pai do jogador sabia do acordo firmado pelos clubes.
– O pai do atleta não tem direito nenhum sobre os direitos federativos. O Miguel era 100% do Vasco, que era o clube que o registrou. Então, para fazer contrato para ceder os direitos, não precisa da anuência do pai. O acordo foi firmado de clube para clube. Se ele não tinha ciência, aí já não sei. Caberia ao Flu passar para ele, né? Mas firmei isso na época com o Marcelo Teixeira. Ele pode confirmar. Inclusive, se ligar para o Vasco, esse documento está lá assinado pelos presidentes dos dois clubes.
Por fim, o ex-gerente citou que quando deixou o cargo ele informou aos membros na nova direção sobre o contrato de Miguel e outros jogadores que deixaram o Vasco, mas o Cruzmaltino é detentor dos seus direitos econômicos.
– Não recorreu porque tínhamos uma linha de trabalho de que o jogador que não estivesse satisfeito, não forçaríamos a nada, mas como tínhamos os direitos, não poderíamos lesar o clube. Então, entramos em acordo com o Flu, liberamos o atleta e ficamos com o percentual futuro. Inclusive, quando saí do meu cargo de gerente, passei para o pessoal da nova direção a respeito desse acordo e de outros, mas esse específico do Miguel confirmo porque participei diretamente. Agora, se o pai tem ciência ou não, não cabe a mim.
A atual diretoria cruzmaltina não se manifestou ainda oficialmente sobre a situação, mas monitora o imbróglio na Justiça entre o jogador e o Fluminense, que deve ser resolvido em breve.