Aluno da Apae realiza sonho de conhecer Gabriel Pec
Deficiente intelectual e aluno da Apae, Rodrigo Leclec visitou São Januário e não conteve a emoção ao encontrar o atacante Gabriel Pec.
O torcedor capixaba Rodrigo Leclec visitou São Januário e foi recebido pelo Vasco e ganhou uma surpresa. O deficiente intelectual e aluno da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Iúna, no sul do Espírito Santo, participou de uma ação social do Cruz-Maltino (assista abaixo) e realizou o sonho de conhecer o atacante Gabriel Pec.
Rodrigo Leclec, de 30 anos, esteve em São Januário, onde foi entrevistado pela Vasco TV. Com a madrinha e diretora da Apae de Iúna, Maria dos Anjos de Souza, o torcedor apareceu com um cartaz solicitando a camisa do atacante formado nas categorias de base do Cruz-Maltino.
Rodrigo recebeu um vídeo de Gabriel Pec prometendo entregar uma camisa autografada. O fã não conseguiu dormir até o dia seguinte, segunda-feira, data em que aconteceu pegadinha. Em seguida, o Vasco fingiu não ter conseguido assegurar a participação do atacante até surpreender o torcedor capixaba.
– Me deu vontade de abraçar, pular, não sei fazer o quê. Eu não acreditei. Pensei “deve ter vindo da minha cabeça” ou um cara que parece com Pec. Eu acreditei quando vi a tatuagem “gratidão” que ele tem. Eu falei lá que vou fazer uma. Já ganhei a tatuagem. Lá, falei que vou fazer. Em breve vou lançar – declarou ao ge.
A pegadinha em questão começou, na verdade, diante do Sampaio Corrêa, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro Série B 2022. Na oportunidade, o capixaba, que pediu acompanhamento dos professores da Apae para ir ver o Vasco, sensibilizou o Gigante da Colina com a mesma cartolina em idolatria a Gabriel Pec.
O retorno a São Januário só foi possível devido ao Vasco e ao apoio de vascaínos de Iúna que ajudaram Rodrigo com o custeio da viagem.
– Eu entrando no estádio chego a arrepiar. É como se estivesse em casa. Uma emoção que dá vontade de chorar, pular e gritar sem torcida mesmo. Eu sou Vasco mesmo e chego até me arrepiar ao falar do Vasco.
Além de vascaíno, o torcedor de 30 anos é autodefensor da Apae de Iúna. Rodrigo representa todos os alunos da organização não governamental, sem fins lucrativos, que trabalha para pessoas com deficiência intelectual. O fã do Pec participa dos conselhos municipais da cidade e das reuniões da diretoria da Apae.
– Eu nasci amando o Vasco. O Vasco é imortal para mim. Na minha família todo mundo torce para uma equipe diferente. Mas, vascaíno mesmo, quem carrega essa cruz de malta no peito, só tem eu. Não tem mais ninguém. Lutou por negros e operários. Mostrou a todos onde cada um pode chegar. Enquanto tiver uma criança, o Vasco será imortal. Isso é ser Vasco de verdade.
Fonte: Globo Esporte