Alexandre Mattos prega cautela sobre reforços e define projeto no Vasco

Alexandre Mattos afirmou que vai trabalhar para tirar o Vasco da Gama desse momento de dificuldade de gestão financeira.

Alexandre Mattos em entrevista coletiva
Alexandre Mattos em entrevista coletiva (Foto: Marco Vasconcelos/Rádio Tupi)

Novo diretor esportivo do Vasco, Alexandre Mattos concedeu entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (8), no CT Moacyr Barbosa, e falou sobre o desafio de aceitar o convite do clube, que tem seu futebol gerido pela 777 Partners. O dirigente afirmou estar esperançoso de olho no trabalho e deixou claro que o projeto do Cruzmaltino não é para vingar rapidamente.

“É um projeto de um clube que sabe onde quer chegar, de médio a longo prazo. Mas eu não tenho dúvida nenhuma de que é um caminho sem fim. O Vasco vai conseguir os seus objetivos e sair desse momento de dificuldade de gestão financeira, algo trabalhado desde a entrada da 777. O processo é duro, mas vamos tentar fazê-lo o mais rápido possível”, disse.

uestionado sobre a vinda de reforços, Mattos pregou cautela no comando da diretoria de futebol e descartou a necessidade de chegadas apenas de grandes nomes. De acordo com o profissional, a avaliação dos atletas passa muito pelo cotidiano das atividades, comandadas pelo técnico Ramón Díaz e seu filho e auxiliar, Emiliano Díaz.

“O que vai definir se o jogador que vier será titular ou reserva é o dia a dia. Acho que essa disputa técnica não cabe a mim, e sim, ao Ramón e ao Emiliano. O que posso afirmar é que todos que cheguem possuem uma avaliação positiva e características minuciosamente descritas. É um processo a passar por muitas mãos. O torcedor pode ter ciência de que as contratações vão muito além de simples reforços”, comentou.

O diretor esportivo também foi perguntado sobre a possibilidade de transferência de Gabriel Pec, um dos principais ativos hoje do clube. O atacante despertou interesse do Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos, e a proposta gira em torno de 10 milhões dólares, o equivalente a cerca de R$ 49 milhões.

“Eu conto e muito com ele. Mas além do desejo meu, tem o desejo do Vasco, do atleta, e estamos debatendo para chegar em um denominador comum. Não foi só essa proposta, ele já teve outras. Sempre vai haver necessidades de vendas. O recurso é preciso juntamente com a vontade das pessoas. Os grandes clubes, bem estruturados, também acertam vendas de jogadores importantes. Ela vão acontecer como em todo lugar”, completou.

Confira outros assuntos da entrevista coletiva de Alexandre Mattos

Motivo de vir

“Sobre a escolha, foi camisa, tradição, tamanho. O fato de eu entender que é um projeto que entendo ter tudo para crescer, e procurar deixar o Vasco sólido. Satisfeito nós nunca vamos estar. A gente tem de sempre estar buscando o melhor, mais e mais. O Vasco vai buscar apenas atletas que queiram vir e estar aqui, além de manter controlada a questão financeira”

Títulos

“Título vem com um projeto sério. Títulos ‘por acaso’ geram consequências do tamanho ou piores que a alegria. O Vasco irá conquistar títulos e saberá o porquê. O planejamento é para ganhar jogos, torneios, campeonatos, esse é o Vasco. Iremos fazer o melhor possível. O tempo e a maturidade levam a entender que o título é consequência de uma série de fatores, de tomadas de decisões, que levam ao protagonismo”

Características próprias

“Sou um cara de muita intensidade, que ama o que faz, que respeita muita a instituição e um profissional que sabe onde está. Desde o momento que fiz o acordo com o Vasco, o Vasco é o maior clube do mundo e assim que tento manter alinhado. É isso que nós vamos praticar aqui dentro e transmitir ao nosso torcedor. Assim, podemos conquistar aquilo que tanto desejamos, um Vasco forte e competitivo”

777 Partners e contato com Paulo Bracks

“Eu não fui aos Estados Unidos encontrar com a 777. Hoje eu posso estar na China, no Japão e falamos o dia todo por vídeo. Antes do Vasco, eu já tinha compromissos particulares lá. Tenho tido reuniões com Johhanes e com Don. O que aconteceu lá atrás eu não sei dizer. Mas tenho um respeito e um carinho muito grande pelo Paulo (Bracks)”

“Um profissional que começou no América-MG, assim como eu, e que está no seu crescimento de carreira. Liguei para ele. Só falou coisas boas do Vasco, do ambiente, da vontade de vencer e melhorar em estrutura. Sé me deu mais confiança. O Paulo fez o trabalho dele. Não cabe a mim a avaliação da saída dele e o que aconteceu no passado”

“O que posso falar por mim é que venho tendo contatos diários com a 777, como uma empresa. Hoje a empresa tem um dono. Quando você contrata o João Victor por 6 milhões de Euros, você tem que ter um processo minucioso para minimizar erros. Os processos ajudam nessa questão. Tem a relação e o “sim” ou “não”. O dono é quem tem que dizer. Eu posso até discordar, mas é assim que funciona dentro de uma empresa”.

Fonte: Rádio Tupi

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