Alexandre Mattos é apresentado pelo Vasco e destaca: ‘Projeto é de médio a longo prazo’

O executivo de futebol do Vasco da Gama, Alexandre Mattos, destacou que o trabalho no Clube será de reestruturação.

Alexandre Mattos em entrevista coletiva
Alexandre Mattos em entrevista coletiva (Foto: Marco Vasconcelos/Rádio Tupi)

Há quase um mês no comando do departamento de futebol do Vasco, Alexandre Mattos deu sua primeira entrevista coletiva, nesta segunda-feira, no CT Moacyr Barbosa, na véspera da viagem do elenco para Punta Del Este. O dirigente se disse honrado, falou sobre os processos da 777 e, claro, sobre o mercado do clube.

– Queria agradecer a oportunidade de estar no Vasco e o carinho de todos. Fui muito bem-recebido. É um mercado novo para mim, estou muito feliz. Sei os processos do clube. É uma honra enorme estar nesse clube gigantesco. Desafio do tamanho do clube e muito prazeroso. É uma história linda, camisa pesada, de tantas glórias. Uma honra para qualquer profissional. Felicidade e estou com uma gana enorme para contribuir com aquilo que sei fazer. Chego ao Vasco em um momento de muita maturidade. Me preparei muito para isso, para esse momento de SAF – disse Mattos.

Mattos, no entanto, preferiu não falar sobre nomes e desconversou quando indagado sobre contratações.

– Essas questões todas, quando resolvidas, serão passadas por nossa assessoria (risos). No futebol tudo muda a toda hora. Vou pedir paciência, dar tempo ao tempo, as coisas estão sendo feitas. Quando tudo estiver alinhado e resolvido, nossa assessoria passará tudo. O Vasco, acima de tudo, tem que ter responsabilidade. Mas tudo dentro de uma ideia e de um plano que o Vasco entende que será bom para todo mundo.

– Sobre grandes atletas, tenho quase 20 anos de profissão. Temos que esperar para dar certo. Já contratei jogadores com grandes expectativas que não vingaram. E jogadores que chegaram sem expectativa e viraram a cara do projeto. O Vasco sempre vai buscar atletas que queiram estar aqui. Aqui, só vai permanecer quem quer ficar. Queremos pessoas dentro da responsabilidade financeira. os exemplos estão aí. O Vasco não vai fazer isso, vai sempre ficar na responsabilidade financeira. O futebol hoje está caro. O Vasco vai equacionando as dividas, conseguindo investimentos, melhorando estrutura, e melhorando o projeto.

Mattos também projetou o futuro do clube, disse que seu projeto é de médio a longo prazo e reforçou que o momento do Vasco é de pavimentação.

– É um projeto sim de médio a longo prazo. Tem que ter essa expectativa alinhada. Mas o Vasco vai sair desse momento difícil. Conheci o Vasco um pouco mais no bate-volta que fiz hoje. Profissionais bons, pagamentos em dia, desejo de ter uma estrutura melhor, crescer em todas as áreas, e objetivo de crescer. Torcedor tem que ficar sabendo que o caminho ainda é de pavimentação, de crescimento, com plano bem-feito. Não vai ser da noite para o dia. Temos a obrigação de fazer isso, mas temos uma estrada a cumprir. O Vasco vem crescendo em estrutura, vem crescendo os processos internos. Precisamos melhorar categoria de base. Precisamos equacionar nossas dívidas. O processo é duro, mas é de médio a longo prazo. Vou ser sempre transparente com o torcedor. Preciso estar alinhado, ser transparente e verdadeiro.

Outros temas

Possíveis saídas de Orellano e Pec

– Sobre jogadores que podem sair ou vir, com o tempo, quando tivermos algo concreto, nossa assessoria passará por vocês. Sobre o Pec, deixei claro para o procurador dele que eu conto muito com o Pec. Não é a primeira proposta por ele. Eu mesmo já recebi outras. Agora, tem o desejo do Vasco, o desejo do grupo, o desejo do atleta. E estamos debatendo para chegarmos a um denominador comum de mais uma proposta. Já recusamos uma outra há dez dias.

– Não estou falando em nomes. Se algum jogador sair é proque é bom para o Vasco e porque o jogador quer sair. Não estou falando de casos específicos. Temos que trabalhar melhor para o Vasco. Não estou citando A, B ou C.

Relação com a 777 e contato com Bracks

– Eu não fui aos Estados Unidos encontrar com a 777. Hoje eu posso estar na China, no Japão e falamos o dia todo por vídeo. Antes do Vasco, eu já tinha compromissos particulares lá. Tenho tido reuniões com Johhanes e com Don. O que aconteceu lá atrás eu não sei dizer. Mas tenho um respeito e um carinho muito grande pelo Paulo (Bracks). Um profissional que começou no América-MG, assim como eu, e que está no seu crescimento de carreira. Liguei para ele. Só falou coisas boas do Vasco, do ambiente, da vontade de vencer e melhorar em estrutura. Sé me deu mais confiança. O Paulo fez o trabalho dele. Não cabe a mim a avaliação da saída dele e o que aconteceu no passado.

– O que posso falar por mim é que venho tendo contatos diários com a 777, como uma empresa. Hoje a empresa tem um dono. Quando você contrata o João Victor por 6 milhões de Euros, você tem que ter um processo minucioso para minimizar erros. Os processos ajudam nessa questão. Tem a relação e o “sim” ou “não”. O dono é quem tem que dizer. Eu posso até discordar, mas é assim que funciona dentro de uma empresa. Estou me adaptando aos processos impostos. E é assim que tem que ser. Não adianta ficar “aí, os processos”. Temos que ter convicção e tentar fazer da melhor maneira e o mais rápido o possível. O futebol é dinâmico. Teve um processo em 2023, e a tendência é ter um 2024 melhor, um 2025 melhor… Tem um processo de adaptação.

Escolha pelo Vasco

– Sobre a escolha. É isso aqui, a camisa. O desejo de contribuir. Entendo o projeto como um projeto que tem tudo para crescer, conquistar o protagonismo. S desejo é buscar o Vasco sólido, duradouro, em grandes disputas.

Processo de contratações da 777

– Um dia ainda quero ver nosso ambiente não estar ligado só a contratações. Temos tanta coisa para pensar, tanta coisa para evoluir, para conquistar. A contratação, no fim, que é o que os torcedores, jornalistas estão perguntando, é uma consequência de vários fatores. Se tem uma seriedade, tem um perfil. O plano do Vasco é de médio a longo prazo. O que vai definir é o dia a dia.

– Essa disputa, que é técnica, não cabe a mim, que vai definir o que cada um tem de papel que pode jogar no Vasco. Todos que vêm, vem por algum motivo. Há uma avaliação profissional. Scout daqui, scout do grupo, opinião da comissão, do diretor, do CEO, do dono… passa por muitas mãos. é claro que no dia a dia, o atleta vai demonstrar no dia a dia. A contratação é o fim, é o que preocupa a maioria, mas a preocupação é fazer um projeto duradouro. Quando o Vasco chegar, é para chegar para se solidificar de vez.

Contratação de David

– Quando liguei para o David, tinham dois clubes que estavam atrás dele. Vi que recebeu muitas críticas, respeito. Cabe a ele transformar as críticas em futebol dentro de campo. Quando liguei para ele, o Deivid respondeu: “Estou esperando essa ligação desde que nasci porque a família inteira é Vasco”. Pode dar certo ou errado, o tempo vai dizer. Mas é esse perfil que a gente quer ter aqui. O Vasco é o maior clube do mundo. E é esse perfil de jogador que a gente que para que o médio prazo não seja tão médio assim e seja mais rápido

Histórico e planejamento

– Só trabalhei em times com dificuldades financeiras. Não tinha base, tinha pouca estrutura, com o tempo, com o desenvolvimento de ideias, as coisas foram acontecendo. A Crefisa entrou logo depois da minha chegada. Foi com investimento, com responsabilidade, que montamos aquele Palmeiras. A Crefisa foi aumentando o investimento, jogadores foram vendidos por 30 milhões de Euros. O Cruzeiro de 2012 foi a mesma coisa. Não tinha investimentos, quase caiu. Tinha estrutura sólida, mas sem grandes investimentos. Jogadores desconhecidos, muito criticados. Levamos Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, levamos porrada, levamos alguns experientes, reclamavam, e parou bicampeão brasileiro.

O Athletico tem uma folha organizada de anos. Começou a contratar mais comigo, a pedido do Petralia. O que difere aqui é o plano. Qual era o plano desses times e qual é o plano do Vasco? O plano do Vasco é a médio longo prazo. Não é um plano de sair contratando. Se for o plano, vamos fazer. Mas não é. É arrumar bem a casa. É base, estrutura, profissionais, equacionar dívida. Ao mesmo tempo, precisamos fazer um futebol profissional e competitivo. O meu perfil é o mesmo.

Credibilidade no mercado

– Credibilidade é tudo. Durante esses quase 20 anos de mercado, tenho minha credibilidade. Vou trabalhar sempre para que tudo que seja combinado, seja cumprido. A credibilidade do Vasco já vem crescendo e muito por isso. Se não, eu mesmo não estaria aqui. Acabei de fazer o melhor negócio da América do Sul e teve um atrasozinho. O desejo é fazer da maneira correta. O Vasco vem evoluindo, vem buscando credibilidade no mercado. É por isso que estou aqui.

Vasco vai brigar por títulos?

– O título vem com um projeto sério, de médio a longo prazo. O Vasco vai conseguir conquistar e vai saber o motivo. Não significa que o Vasco não vai ganhar o Carioca. Nosso planejamento é entrar para ganhar. Esse é o Vasco. Temos condições. Se o outro ganhar é porque foi melhor. Título é consequência de uma série de fatores e tomadas de decisões.

Fonte: Globo Esporte

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2 comentários
  • Responder

    Em outras palavras vamos passar vergonha mais um ano , cambada de incompetentes

  • Responder

    Percebo nitidamente um projeto sério desde já e sendo excelentemente executado para a disputa da série B 2025. Vasco finalmente acertou nas renovações, manutenções e contratações para que o projeto se concretize até o fim de 2025. Com isso estaremos mais próximos do bicampeonato da série B e mudar de patamar de uma vez por todas, parabéns Abobado Mattos, você é o cara que vai transformar o Vasco em um América-MG.

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