Alexandre Campello concede entrevista a Lucas Pedrosa; veja trechos e vídeo
O presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, concedeu entrevista ao jornalista Lucas Pedrosa em seu canal no Youtube.
O presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, concedeu entrevista ao jornalista Lucas Pedrosa em seu canal no Youtube, onde falou sobre o momento do Cruzmaltino, sua administração, entre outros assuntos.
Veja a seguir, trechos do bate-papo, reproduzidos pela página News Colina.
“Eu convido o torcedor a fazer um exercício. Olhar pra trás, ver o que ele queria em 2017, as mudanças que ele queria pro clube. Muita coisa foi feita nesse triênio, e muita coisa será feita no próximo triênio”.
“Resolvi me candidatar a reeleição para concluir o trabalho que tá sendo feito.”
“Eu acredito que a gente tenha condição de entregar uma primeira etapa a partir do mês de outubro.”
“A nossa ideia é que dia 8 de outubro, a gente consiga levar o futebol pra lá. Foi feita a colocação do gramado, mas é importante dizer que existe um tempo para que essa grama se consolide.”
“Tá caminhando muito bem, temos conversas adiantas com alguns fundos de investimento.”
“Eu não tenho a menor dúvida de que isso é uma manobra política. Eles criaram uma retórica para justificar a reprovação das contas. Eles fizeram ressalvas sem a menor importância, não afetavam em nada o resultado do balanço.”
“O Vasco foi considerado um dos quatro clubes mais transparentes do Brasil.”
“Me arrependo. Eu fui levado para a política pelo Fred Lopes. Ele se uniu ao Roberto Monteiro e me convidou ao grupo dele. Eu era uma pessoa estranha dentro da Identidade Vasco.”
“Eu paguei mais salários do que tempo de gestão, mas não consegui zerar todo o passivo com os funcionários. Por que isso aconteceu? Por conta da dívida.”
“Na realidade, a gente fez as demissões porque eles eram necessárias. Se a gente mandou 150 pessoas embora e o clube continuando funcionando, não se precisava dessas 150 pessoas. Nós fomos eficientes na redução de despesas.”
“O clube continua atrasado porque não consegue pagar uma dívida de 600 milhões, tendo uma receita de 200.”
“No ano passado, nós conseguimos aumentar as receitas recorrentes em 40 milhões. Nós só não conseguimos vender ativos. Nós agora estamos preparados para aumentar a receita. Estamos fazendo um alicerce para que o clube possa seguir.”
“O Vasco continua em franca recuperação. Por causa dessa gestão eficiente e responsável, nós conseguimos não aumentar o endividamento do clube, diferente de outros clubes. E sem reduzir salário de atletas.”
“A ideia é aumentar a folha para 4,8 milhões (em 2021) para fidelizar ainda mais o sócio torcedor e obter as premiações nos torneios. O clube que mais investe é o que mais ganha.”
“Nesse momento era absolutamente necessário que fizéssemos essas reduções. A gente sabe que os outros esportes eram deficitários, precisa-se de investimento. A ideia é retomar no próximo ano o basquete e o remo, para voltar ao curso normal do clube”.
“Em relação a MP, eu sou favorável. Ela dá ao clube mais força na hora da negociação.”
“Talvez essa seja uma oportunidade para que os clubes se unam para negociar de uma maneira diferente. Pode ser uma mudança que vai trazer novas oportunidades para os clubes.”
“Você não pode fazer um Assembleia sem a participação do clube. Todo o rito foi desobedecido. A Assembleia deveria ter sido feita em harmonia com os poderes. De maneira autoritária, o presidente da Assembleia Geral levou a votação para fora do Vasco.”
“A minha opinião é mesma. O sócio que foi anistiado gerou mais dinheiro ao clube dos que os sócios que entraram em Julho. Aí vem a Junta Eleitoral, para criar confusão, que a gente volte para a lista e coloque todos os remidos que não perdem direito a voto.”
“Eu assumo o clube com o elenco já montado para participar da Libertadores. Ao meu ver, um elenco desequilibrado. Tentamos trocar o pneu com o carro andando.” – Alexandre Campello
“O Valentim tinha acabado de ser campeão com o Botafogo. O Vasco não tinha dinheiro para trazer um treinador caro. Preferimos apostar em um treinador mais jovem.” – Alexandre Campello
“O Abel ao meu ver é um grande treinador. As pessoas não desaprendem, passam por fases ruins.”
“Com erros e acertos, o saldo é bem positivo, especialmente para quem não tem dinheiro.”
“A questão do Ramon foi uma construção. Houve um momento que ele ficou chateado quando dei oportunidade ao Marcos e não dei para ele. Tudo foi feito com estratégia e com conhecimento.”
“A gente tem conversado com o Independiente. Em negociação a gente tem que manter tranquilidade, se não pode atrapalhar. Por enquanto, não tem nada.”
“Tem espaço para trazer 2 ou 3 jogadores. Pelo menos dois. Mas é o que eu disse: sem recursos, precisamos estar atento as oportunidades. Eu espero que nesse mês de outubro a gente consiga realizar alguma coisa.”
“Não é que o Vasco tenha que vender alguém em outubro. Todos os clubes precisam vender seus ativos. Isso faz toda a diferença.”
“A gente trabalha com perspectivas. Não fazemos planejamentos mirabolantes. Minha ideia é que em 2021 a gente já consiga investir mais para brigar por um título ali ou aqui.”
“Acho que houve uma distorção do que eu disse ali atrás. Existem grupos que militam nas redes digitais, existem pessoas que são pagas para serem haters, os “robozinhos” para ficarem trabalhando. Foi interpretado como se eu tivesse falado contra os vascaínos digitais.”
“Todos nós somos digitais, eu não sou imbecil a esse ponto. O mundo hoje é digital, não seria inteligente da minha parte eu falar isso.”
“Se o torcedor queria um CT, a gente deu dois. Se o torcedor queria modernização de São Januário, está sendo feito. Se o torcedor queria um clube mais transparente, ele está tendo. Se o torcedor queria uma relação mais próxima com o clube, ele está tendo.”
“Se não a totalidade, a absoluta maioria daquilo que o torcedor esperava que o Vasco tivesse, está sendo feito. Até no futebol.”
“Essa gestão está entregando tudo que prometeu. O torcedor vascaíno tem que se perguntar se ele quer ir para uma aventura, ou se ele quer continuar numa realidade de recuperação, uma realidade de reestruturação do clube, de engrandecimento do clube.”
“Óbvio que foi a torcida. O clube é a torcida. Sem torcida não tem clube. Mas qual foi o dirigente que deu condição da torcida fazer? Qual foi o dirigente que reestruturou o programa de sócios pra mostrar que ela é “pica”? Qual foi? Tem que dar crédito a gestão.”
“O CT foi uma entrega que me toca muito porque eu trabalhei no futebol durante muitos anos com as condições muito aquém de outros grandes clubes, e hoje eu poder entregar esse CT para o futebol me deixa muito feliz.”
“Em relação a volta do público: eu tenho dúvidas se a gente consegue ter esse controle todo. Primeiro, isso vai gerar um custo elevado para o clube e que não vai ser compensado pela receita que os torcedores vão trazer.”
“Tenho dúvidas se no momento do gol, as pessoas não vão se abraçar, como é que isso iria acontecer. Até por isso que precisaríamos de mais gente para trabalhar, de um efetivo maior, com um investimento maior para os jogos.”
“O que eu não concordo é voltar num determinado estado e não voltar para o outro. Acho que isso é desigual. Se nós tivéssemos num estado onde não pudéssemos ter torcida, nós não ficaríamos satisfeitos com isso.”
Assista à entrevista na íntegra
Fonte: Twitter News Colina e Canal do Pedrosa
#FORAGOLPISTA