Alecsandro se destaca e ajuda o Vasco por fim ao jejum
A boa performance de Alecsandro em 2011 com a camisa vascaína ajudou o clube de São Januário a encerrar um incômodo jejum.
O fato de ter sido artilheiro do Internacional com 26 gols em 2010 não garantiu a Alecsandro a continuidade no time colorado. Perseguido pela torcida e com a sombra do então promissor Leandro Damião, o atacante acabou deixando o Beira-Rio no início desta temporada praticamente sem reconhecimento para assumir papel decisivo no Vasco da Gama. Vestindo a camisa 9 cruz-maltina, ele foi protagonista na campanha vitoriosa na Copa do Brasil, com o título selado na noite desta quarta-feira no Estádio Couto Pereira, que colocou fim a uma década sem títulos nacionais de primeiro escalão em São Januário.
Alecsandro, 30 anos, foi apresentado no Vasco em 17 de março, estreou dez dias depois no empate sem gols com o Fluminense pela Taça Rio e marcou seu primeiro gol na goleada por 4 a 0 sobre o Bangu, também pelo segundo turno do Carioca. Ainda que tenha ajudado a equipe de São Januário a se recuperar da péssima campanha na Taça Guanabara (terminou apenas na quinta colocação, com sete pontos em sete jogos) e decidido a etapa final do Estadual, foi na Copa do Brasil que que o atacante brilhou.
O jogador ex-Internacional atuou em oito partidas da Copa do Brasil, e terminou como um dos artilheiros da competição com cinco gols marcados. Destes, os mais importantes para o Vasco: na vitória por 1 a 0 sobre o Coritiba em São Januário, na ida da decisão, e o primeiro dos cariocas na derrota por 3 a 2 para os paranaenses no Couto Pereira, que aumentou a vantagem cruz-maltina fora de casa.
Na casa do Coritiba, onde o pai Lela se destacou na década de 1980 marcando gols e fazendo caretas para as torcidas adversárias, Alecsandro preferiu não repetir as homenagens que fez quando marcou contra o Atlético-PR na Arena da Baixada, pela ida das quartas de final, e na ida contra o próprio Coritiba.
Ao empurrar para as redes aos 12min do primeiro tempo, aproveitando cruzamento de Éder Luís, o atacante ergueu o dedo indicador e chacoalhou a mão, repetindo um gesto tradicional de Ronaldo – que, na terça-feira, se despediu oficialmente da Seleção Brasileira. Além disso, ele ergueu uma das mangas da camisa e beijou a tatuagem com o nome do filho, Yan.
A boa performance de Alecsandro em 2011 com a camisa vascaína ajudou o clube de São Januário a encerrar um incômodo jejum de dez anos sem títulos nacionais de primeiro escalão: o último havia sido conquistado nos primeiros dias de 2001, com a Copa João Havelange do ano anterior – equivalente ao Campeonato Brasileiro de 2000.
Por outro lado, a conquista do Vasco na Copa do Brasil estendeu o tabu do Coritiba, que conquistou seu último troféu nacional de primeiro nível em 1985 – ano em que o pai de Alecsandro era ponta-direita do time alviverde campeão nacional.
Fonte: terra