Alecsandro diz que Juninho é craque e não precisa treinar faltas
Alecsandro: "Ele não precisa treinar. Ele dorme e acorda e não esquece como bater na bola. Quem tem que treinar sou eu e o Fagner, que não temos um bom aproveitamento".
Após o treino coletivo na manhã desta quinta-feira em São Januário, parte do elenco se reuniu em um dos gols da Colina Histórica para treinar cobranças de falta. No gol, o goleiro reserva Diego. Nas batidas, destaque para Juninho Pernambucano.
O Reizinho, que não vem testando suas batidas com frequências nos treinamentos, muito em função do desgaste da repetição dos movimentos, mostrou uma prévia do que pode estar por vir na partida contra o Atlético-GO, no próximo domingo, em São Januário.
Foram nove batidas: três gols e duas bolas na trave, mostrando estar com o pé calibrado. O atacante Alecsandro, que também participou do treino técnico, comentou a presença do camisa 8 e o fato de Juninho não vir treinando o fudamento.
– Pela história no futebol, ele não precisa treinar. Ele dorme e acorda e não esquece como bater na bola. Quem tem que treinar sou eu e o Fagner, que não temos um bom aproveitamento. Ele é um craque com a bola parada e dispensa treinos. Ele sabe que de uma vez ou outra é bom calibrar o pé – avaliou.
Em entrevista exclusiva ao LANCENET! no início de junho, Juninho afirmou que não vem treinando como uma forma de se preservar nos treinamentos. Aos 35 anos, confessou que sua precisão não é mais a mesma, mas lembra que o jeito de bater na bola não se esquece.
– Sempre disse que treinamento é fundamental. No Lyon, eu sempre treinei muito. Já tive uma média bem melhor do que essa de agora. É lógico que pela idade eu perdi um pouco de potência no chute. É muito difícil hoje me dar ao luxo de ficar treinando faltas. Não queria voltar para ser um simples batedor de falta, mesmo se eu pudesse fazer a diferença. Então perdi muita precisão também por essa falta de repetição. Mas foi uma opção minha, porque o desgaste é muito grande no Brasil e preferi estar bem fisicamente, correr os 90 minutos e deixar de treinar bola parada. Acho que ainda vou poder marcar alguns, mas não posso prometer que a minha precisão será a mesma. É ruim porque foi uma marca que pude construir – disse o Reizinho.
Neste Brasileirão, dos três gols que marcou, dois foram de falta. Contra o Bahia, na vitória por 2 a 1, e frente ao Palmeiras, no empate em 1 a 1. O golaço marcado contra o Tricolor Baiano deu fim a um jejum de oito meses sem marcar gols de falta.
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