Alecsandro e Deivid viraram coadjuvantes fundamentais para o clássico

Os camisas 9 estão dando as cartas nos rivais Vasco e Flamengo. Após períodos complicados nos respectivos clubes, repletos de falhas e gols perdidos, Alecsandro e Deivid viraram coadjuvantes fundamentais e serão mais uma vez importantes no encontro decisivo entre os times, domingo, às 16h, no Engenhão, pela semifinal da Taça Rio.

Homens de confiança dos treinadores, os dois têm superado nos últimos jogos as estrelas Juninho e Felipe, pelo lado Cruzmaltino, e Ronaldinho e Vagner Love, do lado Rubro-Negro. Um ressurgimento também pautado nas atitudes fora de campo. Nos clubes, os dois sempre “colocam a cara” nas entrevistas quando as coisas não estão bem. Não se escondem e, com isso, ganham respeito do elenco e torcedores.

Dentro das quatro linhas, números animadores. Na temporada, Alecsandro marcou 14 gols em 20 jogos, o seu recorde desde que chegou ao Vasco. Deivid conviveu com duras críticas após o incrível gol perdido na semifinal da Taça Guanabara justamente contra o Vasco, mas levantou a cabeça e reagiu. São seis gols em 17 jogos, sendo cinco nas últimas quatro partidas.

Ambos têm as explicações para o renascimento na ponta da língua. Desde as críticas até a confiança dos treinadores. Aspectos que podem parecer clichês do futebol, mas definitivamente funcionaram.

“Me sinto melhor jogando mais próximo da área. Tudo isso é um somatório de coisas, inclusive a confiança do treinador. É importante tirar coisas boas também do lado negativo. O atacante não precisa jogar bem, tem que fazer gol. Ano passado, estava até jogando bem em algumas partidas, mas o gol não aparecia”, afirmou Alecsandro.

Do lado rubro-negro, Deivid reconheceu os momentos ruins, porém, se vê embalado para o clássico contra o maior rival. Para ele, a recente repercussão negativa modificou seu panorama na Gávea.

“Confesso que aquele gol perdido me deu motivação extra, um gás a mais, uma vontade de apagar aquela imagem. Vi a repercussão que o lance tomou. Obviamente não fiquei satisfeito, mas sabia que tinha chance de reverter a situação. Fiquei marcado por fazer gols nos clubes pelos quais passei e aqui não poderia ser diferente. O objetivo agora é poder fazer um gol decisivo, ajudar o Flamengo e apagar de vez aquilo. Chego embalado para o clássico e isso é muito importante”, explicou.

CONVÍVIO COM ATRASOS DE SALÁRIOS

Alecsandro e Deivid também possuem outra situação em comum. Os atacantes convivem com os atrasos de salários nos clubes, mas nem assim deixam de cumprir com os seus deveres. No Vasco, Alecsandro recebeu fevereiro há uma semana. Já a situação de Deivid é ainda mais grave. O Flamengo lhe deve algo em torno de R$ 6 milhões. O caso está na Justiça e o atacante aguarda uma definição.

Mesmo com as dificuldades e questionamentos, a unanimidade envolvendo a aplicação dos jogadores é marcante nos bastidores. Talvez, por isso, a dupla ganhe respeito e cresça no conceito dos torcedores mesmo ainda batalhando pelo auge com as respectivas camisas.

uol