Em busca de ajuste defensivo, Vasco rejeita ideia de queda de rendimen

O ataque vascaíno mostra bom índice de aproveitamento, ocupando o primeiro lugar, a defesa ainda sofre, sendo a quinta mais vazada da competição.

Quando se trata de colocar a bola na rede, o Vasco não perde de ninguém no Campeonato Brasileiro. Mas quando o assunto é buscá-las, passa a ser sinônimo de problema a ser resolvido. Se o ataque mostra bom índice de aproveitamento, ocupando o primeiro lugar, a defesa ainda sofre, sendo a quinta mais vazada da competição. No entanto, em São Januário, o que se procura exaltar é o aproveitamento geral de pontos: 76,2%, que significam o segundo lugar na classificação, empatado com o líder Atlético-MG.

O Vasco marcou 14 gols em sete partidas na competição, assim como o Fluminense. No entanto, o diferencial em relação ao Galo é o número de gols sofridos: dez. Já o Atlético, que fez dez gols, leva vantagem por ter sofrido apenas três. Na Colina, o grupo admite que essa é uma questão a ser resolvida, embora haja a certeza de que isso não seja sinônimo de queda de rendimento.

– Qualquer time sabe que, em casa, precisa fazer o máximo de número de pontos. Não podemos abrir mão da nossa postura ofensiva e ao mesmo tempo achar uma maneira de sofrer contra-ataques. Levamos gols dessa maneira contra Náutico, Cruzeiro e Ponte Preta. Mas isso não é queda de rendimento. Dezesseis pontos em 21 disputados é um aproveitamento excelente – destacou o goleiro Fernando Prass.

Com quatro vitórias nas quatro primeiras rodadas, o Vasco iniciou o Brasileiro de forma impecável. No entanto, teve uma sequência de empate com o Palmeiras fora de casa e derrota para o Cruzeiro em São Januário. A vitória por 3 a 2 sobre a Ponte Preta manteve a equipe na parte de cima da tabela, com 22% de aproveitamento nas finalizações, o melhor índice entre os 20 participantes da competição.

No entanto, a equipe ocupa uma posição discreta quando o assunto é roubadas de bola (quando o defensor desarma e fica com a bola), o Vasco é o décimo, com 90 – o Internacional é o líder, com 116. Em relação aos desarmes (quando o defensor corta e não fica com a bola), o time está em terceiro, com 176, atrás dos líderes Atlético-MG e Cruzeiro, ambos com 188.

Fernando Prass afirma que as recentes mudanças no sistema defensivo fazem o Vasco ainda estar numa fase de ajustes. O goleiro lembrou a lesão que tirou Dedé de campo por dois meses e o recente problema no joelho de Rodolfo, que foi submetido a uma operação. Além disso, há pouco tempo Felipe voltou a atuar como lateral-esquerdo, o que demanda uma nova organização no sistema de marcação da equipe.

– Sempre que há uma mudança na defesa, demora um pouco até que se acostume. Precisamos trabalhar isso, fazendo um número considerável de gols e sofrendo o mínimo possível. Vamos corrigir rapidamente para ter equilíbrio em todos os setores e nos manter na ponta. Temos sofrido um número de gols um pouco acima do que é de costume – avaliou o camisa 1 vascaíno.

Defesa que começa no ataque

Eder Luis ressaltou que o equilíbrio do sistema de marcação não depende apenas dos homens de defesa. Para o atacante, trata-se de uma questão que deve ser ajustada em conjunto.

– Dedé, Rodolfo e Renato Silva têm qualidade indiscutível. Mas o time não tiver uma maneira de ajudar os zagueiros, eles não vão conseguir defender 90 minutos. É verdade que temos levado gols que normalmente não sofremos. Mas nosso setor defensivo sempre foi forte, e logo vamos nos acertar – prometeu.

Por fim, Fernando Prass mais uma vez reforçou a ideia de que as possíveis falhas expostas não são responsáveis por determinar que o Vasco não vai corresponder às expectativas de lutar pelo quinto título do Brasileirão.

– O ideal seria sermos líderes da primeira até a última rodada. Mas todo mundo sabe que não é assim – resumiu.

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