Com ajuda de fundo, direitos econômicos de atletas no Vasco cresceram

O aumento de 431% se explica pela receita recorde do ano passado, mas também pela estratégia de compra no mercado.

Os cerca de R$ 10 milhões que o Vasco têm direito por ser donos de 50% dos direitos econômicos de Rômulo não garantem o equilíbrio das contas no futebol do clube. O clube ainda vive refém de uma penhora judicial inesperada e também de composições para a compra de atletas mais caros para a manutenção de um time forte.

Desde 2009, quando foi obrigado a comprar quase um time inteiro até o fechamento do balanço de 2011 o crescimento das aquisições de direitos econômicos do Vasco é notável. Segundo dados do balanço anual, pulou de R$ 4.5 milhões de 2009 para mais de R$ 24 milhões no ano passado. O aumento de 431% se explica pela receita recorde do ano passado, mas também pela estratégia de compra no mercado.

A diretoria segue um perfil de transações nestes últimos anos. São até duas aquisições a cada ano, com o clube oferecendo boa parte percentual dos direitos adquiridos ao grupo investidor. Foram os casos de Romulo, Dedé, Diego Souza, Bernardo (emprestado ao Santos), Eder Luis e Fellipe Bastos, os últimos adquiridos ao Benfica. 

A explicação para um clube que até um mês atrás devia dois meses de salários atrasados e se via preocupado em fechar as contas vem de uma conjunção de esforços, que vão de antecipações de cotas de TV, empréstimos bancários (só a BMG emprestou mais de R$ 30 milhões ano passado) até um informal fundo de investimentos.

– O fundo é basicamente para comprar atletas – explica Nelson Rocha, vice de Finanças. No período, o fundo não ajudou apenas em nomes conhecidos, mas também em apostas, como Léo Gago, hoje no Grêmio.

No balanço de 2010, nomes como do empresário Olavo Monteiro de Carvalho (presidente do Conselho Deliberativo), Antônio Peralta (vice-geral), José Mandarino (vice de futebol) e até do ex-vice de marketing Fábio Fernandes aparecem com investimentos mínimos de R$ 319 mil até R$ 662 mil no fundo. No último balanço, sem discriminar investidores (eram 11 declarados em 2010), o saldo caiu de R$ 4 milhões para cerca de R$ 3 milhões.

O empréstimo está documentado em contrato de mútuo. O clube compra os direitos econômicos de jogadores com a verba do fundo, mas os investidores só veem retorno em caso de vendas.

extra online

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