Aos 37 anos, Juninho mostra vigor físico e diz que aposentadoria assus
Com o fim da carreira chegando perto, Juninho Pernambucano mostra que ainda pode ser decisivo para o Vasco.
Últimos minutos de um clássico. Um jogador de 37 anos está sentado em campo. Ao seu lado, dois adversários o observam atônitos. Ele não está cansado. Tampouco se machucou. Mesmo depois de se desequilibrar e cair, dribla um rival e dá passe para o gol da vitória de seu time. Na saída de campo, é ovacionado, chamado de rei. Com o fim da carreira chegando perto, Juninho Pernambucano mostra que ainda pode ser decisivo para o Vasco. O Botafogo foi a última vítima do meia, que estava suspenso e não encarou o Inter no fim de semana. Contra o time alvinegro, o jogador completou pela primeira vez no ano uma sequência de quatro jogos oficiais consecutivos. Um dado importante que mostra, segundo o jogador, que o trabalho está sendo bem feito.
– O entrosamento do time pesa muito para conseguir atuar bem e por mais tempo. O time se conhece mais e os resultados ajudam. É natural que depois de ter passado dez anos fora que eu precisasse de um tempo para poder render mais individualmente, mesmo que já estivesse jogando. São todos esses fatores juntos.
De volta à equipe, Juninho quer manter a boa fase na mini-maratona de jogos que o time vai enfrentar. O desafio agora é atuar bem nos cinco jogos que a equipe vai fazer no espaço de duas semanas.
– O segredo é se preparar para o próximo. Não dá para jogar contra o Corinthians pensando no Sport, pensando no Atlético-MG, no Coritiba, no Flamengo, no Fluminense, que são os jogos que faltam para acabar o primeiro turno. Sei todos os jogos de cor. Sei que são jogos importantes. Às vezes, a gente pensa um pouco mais na frente, mas se sentir que precisa segurar um jogo para se poupar para outro, vou conversar com a comissão técnica.
As boas atuações ao mesmo tempo que deixam Juninho feliz o fazem lembrar de algo triste. Mesmo ainda sem data para se aposentar, o meia sabe que isso não levará muito tempo para acontecer. E revela que isso o deixa preocupado.
– Assusta um pouco, não tem como negar. Estou acostumado a jogar profissionalmente há 18 anos. Fazendo praticamente a mesma coisa todo dia. É um baque, um susto, uma tristeza muito grande. Mas aceito que esse dia está chegando. Vai chegar. É uma coisa natural que todo mundo passa. O que me deixa tranquilo é saber que aproveitei tudo que pude aproveitar.
Juninho entra em campo neste domingo, contra o Corinthians. O jogo será disputado em São Januário, a partir das 16h (horário de Brasília).
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