303 parcelas? Sindeclubes esclarece proposta do Vasco para parcelamento de dívidas
O Sindeclubes esclareceu que a proposta do Vasco da Gama para o parcelamento de dívidas com os funcionários não é em 303 vezes.
O Sindeclubes emitiu nota para corrigir o que denominou de “erro de interpretação”, a divulgação de que o Vasco da Gama propôs pagar, em alguns casos, em 303 parcelas, a dívida trabalhista contraída na demissão de 186 funcionários anunciada recentemente em São Januário.
Assumindo a responsabilidade e isentando o Clube do equívoco, a entidade de classe deixou claro que retifica o dado, mas mantém as demais observações levadas à pauta na reunião com os seus representados. A proposta Cruzmaltina seria de pagamento em 33 parcelas.
Com atrasos em diversos compromissos e alegando precisar cortar gastos, o Vasco da Gama mandou embora essa grande quantidade de colaboradores e foi processado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que pede a readmissão de todos em São Januário.
Após tomar conhecimento da reclamação trabalhista, o Clube se manifestou com nota em seu site oficial, argumentando que a decisão, apesar de árdua, é extremamente necessária, diante da crise financeira instalada na Colina Histórica.
– O CRVG não teria condições de manter em dia os salários de seus empregados se não houvesse uma grande redução na folha de pagamento, de modo a adequar os custos ao nível das receitas. Foi uma decisão difícil, mas vital para preservar o funcionamento do Clube e as condições de trabalho dos seus funcionários e colaboradores. Sem isso, o CRVG continuaria indefinidamente no ciclo vicioso de aumento da dívida e salários atrasados, com graves consequências para viabilidade de suas operações.
Confira abaixo a nota oficial divulgada pelo Sindeclubes
“Em decorrência ao fato veiculado na imprensa esportiva e redes sociais no tocante ao número de parcelas contidas na proposta do Club de Regatas Vasco da Gama para pagamento das verbas rescisórias dos colaboradores demitidos no dia 12/03/2021, o sindicato esclarece que:
Assume a responsabilidade no erro de interpretação da planilha no que se refere ao número de parcelas dos pagamentos das rescisões de contrato de trabalho, reconhecendo que a proposta do Club de Regatas Vasco da Gama seria dentro do mandato da atual diretoria.
O Departamento Jurídico deste sindicato ao perceber o referido engano, tratou de comunicar a todos os envolvidos nas reuniões realizadas no dia 12/04/21 sobre o número exato de parcelas. Desta forma, o Sindicato isente o Club de Regatas Vasco da Gama de qualquer responsabilidade quanto a esta informação equivocada. Salientamos ainda que, quanto as divulgações do áudio vazado da reunião, este sindicato não deu e nunca dará autorização para gravação e reprodução de qualquer assunto pertinente a reuniões e/ou assembleias por nós realizadas que envolva empregados e empregadores.
Nas reuniões realizadas nos dias 13 e 14 do corrente, não foi mais cometido esse equívoco, sendo passado para os colaboradores o número de parcelas exatamente como consta na planilha apresentada pelo Club de Regatas Vasco da Gama.
Esclarecemos ainda que a única observação do que aconteceu nas reuniões é com relação ao número de parcelas apresentadas no dia 12/04/21, como relatado acima, mantendo ao sindicato o seu posicionamento quanto aos demais assuntos abordados nas reuniões.
Henrique Fragoso, Departamento Jurídico
A atitude da diretoria vascaína foi veementemente criticada por agentes políticos do Clube e por boa parte da torcida nas redes sociais. A demanda judicial seguirá nos tribunais.