100 dias: saiba os principais atos da gestão de Jorge Salgado no Vasco nesse período
A gestão de Jorge Salgado no Vasco da Gama completou 100 dias nesta semana, já com atos que geraram mudanças na administração do Clube.
Nesta semana completou 100 dias desde o começo da gestão de Jorge Salgado no Vasco da Gama. É pouco tempo se comparado o mandato inteiro, que será no triênio entre 2021 e 2023, mas já dá para ter uma noção do que o presidente pretende para o Clube.
O site O Globo trouxe os pontos mais importantes nesse período, desde medidas da administração até o que mudou em relação ao futebol. Sobre este último, inclusive, o que tem se destacado é diminuição da influência da diretoria em relação às decisões tomadas sobre o campo.
Futebol
Agora está nas mãos do CEO Luiz Mello e do diretor executivo Alexandre Pássaro, o segundo sendo o mais visado pelo trabalho direto em contratações ou saídas. Foram sete reforços, incluindo o técnico Marcelo Cabo, que somados com dispensas, estão formando uma reformulação para a disputa da Série B.
Por enquanto, o trabalho vem sendo elogiado por muitos torcedores. Nesse processo, o departamento de futebol tem tido contato direto com a vice-presidência de finanças, na figura de Adriano Mendes, para que tudo seja feito dentro das possibilidades. Com isso bem claro, é possível saber qual tipo de contrato mais vantajoso para o Clube.
O Vasco tem adotado uma medida cautelosa em relação aos reforços, principalmente com a queda à Série B, o que ocorreu na atual gestão, mas ainda sendo, em grande parte, um efeito colateral da antiga. São jogadores que não têm vínculo com outro clube, em caso de chegada em definitivo, ou por meio de empréstimo, com contrato de curta duração e ainda com cláusula de produtividade, que resguarda o Cruzmaltino de possíveis problemas no futuro.
A equipe vascaína em si tem apresentado evolução com as mudanças, mas ainda não passa total confiança. Atualmente, o Vasco está na terceira fase da Copa do Brasil, só que não conseguiu a vaga na semifinal do Campeonato Carioca. O detalhe é que, em parte da competição, a garotada foi utilizada e não teve bons resultados.
Como uma espécie de ‘prêmio de consolação’, o Vasco está na semifinal da Taça Rio, tendo como adversário o Madureira. O problema é que foi derrotado por 1×0 no jogo de ida, na casa do adversário, novamente sem a equipe principal, e precisa reverter na volta, neste sábado (08), às 16h, em São Januário.
Administração
Com situação financeira delicada, que se agravou de forma acentuada com a queda à segunda divisão, a diretoria tomou a decisão por reduzir o quadro de funcionários com a saída de 186 deles. Eles saíram com os salários em dia, mas as verbas rescisórias não foram pagas e estão sendo negociadas entre as partes envolvidas, intermediado pelo Sindiclubes.
Próximo dos 100 dias, na semana passada, foi divulgado o balanço financeiro de 2020 do Vasco, o que aconteceu por meio de entrevista coletiva. Revelou-se o tamanho do aumento da dívida do Clube no último ano da gestão de Alexandre Campello, sendo agora R$ 832 milhões.
A partir disso, em mais um ato de amor do Gigante, a torcida tem enviado doações via PIX para o Vasco, o que já soma mais de R$ 400 mil. O valor não resolve as dívidas, mas já ajuda e simboliza do que a massa vascaína é capaz para ver o Vasco ficando de bem com as contas.
Ainda sobre questão administrativas, Jorge Salgado tem como missão regularizar os salários atrasados em São Januário. A gestão dele, inclusive, ajudou em pagamentos pouco antes de assumir o comando, ainda na era Alexandre Campello, iniciativa que visava motivar o elenco na luta contra o rebaixamento.
Jorge Salgado assumiu o Vasco com dois meses parcelados no acordo de 2020 em atraso, além dos salários de novembro, dezembro e o 13º. Desde então foram pagas cinco folhas, mas a previsão de colocar os vencimentos em dia até abril, promessa do presidente na posse, ainda em janeiro, não foi cumprida. O Clube segue com algumas pendências.
Política
Pouco presente nos holofotes desde que assumiu, Jorge Salgado tem tido a missão, internamente, de segurar o ímpeto da ala mais jovem, que defende que os dirigentes passados respondam pela situação financeira que se encontra o Clube, mostrando o lado conciliador.
Com a maioria no Conselho Deliberativo em diversas pautas, não deve ter problemas para discutir temas importantes nesse triênio, o que tem ficado nítido nesses primeiros meses, com os conselheiros normalmente alinhados nas ideias. A resistência que tem encontrado são de sócios e torcedores insatisfeitos com a até então derrota de Leven Siano na disputa judicial envolvendo a eleição.
Por hora, a gestão do Jorge Salgado está se mostrando bastante responsável, lembrando os bons tempos do lendário Antônio Soares Calçada. Não tem o que fazer, o vasco foi muito mal administrado nos últimos 20 anos, agora é pés no chão e gastos controlados. O investimento na base também se mostra uma excelente solução para o desenvolvimento de ativos que serão bem aproveitados em campo e em vendas, trazendo o respiro financeiro que o vasco precisa. Temos que apoiar e para de reclamar. Bora VASCÃO!