Patrocinadores de diferentes setores reforçam finanças do Vasco
Cruzmaltino receberá quantia significativa da Nike a partir de 2026 para ter os seus novos uniformes.

O universo do futebol transcende as quatro linhas, movimentando paixões, torcedores e, cada vez mais, o interesse de grandes marcas. Nesse cenário, a visibilidade proporcionada pelos clubes torna-se um ativo valioso, atraindo empresas de diversos segmentos que buscam associar sua marca a equipes de tradição.
Alinhado à necessidade de publicidade das empresas, os clubes também precisam gerar receita — é um negócio bom para ambos os lados. No caso do Vasco, especialmente pelos desafios financeiros enfrentados, os patrocínios representam uma fonte de receita crucial para a manutenção de suas atividades e investimentos.
A tradição vascaína como atrativo para marcas
Não é de hoje que o Gigante da Colina usa a sua pesada camisa, rica em história e conquistas, para atrair anunciantes. A torcida vascaína já mostrou por diversas vezes o seu alto poder de engajamento. Em 2019, os torcedores participaram de um financiamento coletivo para a construção do CT Moacyr Barbosa, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A arrecadação passou de mais de R$ 3 milhões.
No momento em que este texto foi escrito, o Cruzmaltino contava com sete empresas estampadas no uniforme. Entre elas, havia marcas de diferentes segmentos, como um banco (BMG), uma empresa de consórcios (Consórcio Tradição), uma seguradora de viagens (Intermac) e um aplicativo de entregas (Zé Delivery).
Nesse contexto de patrocínios esportivos, observa-se também o crescimento da participação de empresas do setor de entretenimento digital. Plataformas de jogos online, por exemplo, frequentemente buscam associar suas marcas a clubes de futebol para alcançar um público mais amplo. Muitas dessas plataformas oferecem uma vasta gama de jogos, incluindo os populares slots, que se destacam pela diversidade de temas e experiências.
Para os entusiastas de pesca, existem opções como o Big Bass Bonanza, enquanto os fãs de filmes de aventura podem se interessar pelo Pirate Gold, inspirado na obra Piratas do Caribe.
Já aqueles que preferem games com uma pegada mais cultural encontram no Fortune Tiger Online, cujo design é baseado na simbologia da cultura chinesa, uma opção de entretenimento. O seu avatar é um tigre — animal que simboliza força, coragem e bem-aventurança no imaginário popular.
Desafios e perspectivas financeiras
Atualmente, o Vasco segue sem um investidor para a SAF. Este cenário torna a presença de diversos patrocinadores ainda mais importante para as contas poderem fechar mensalmente. Juntando os patrocínios com outras fontes de renda, a expectativa da diretoria é chegar a R$ 500 milhões em receita bruta neste ano.
Mudança na fornecedora de material esportivo
Já visando a arrecadação dos próximos anos, a partir de 2026, o Vasco não usará mais a Kappa, marca italiana, como fornecedora dos seus materiais esportivos. A troca de empresa tende a trazer mais dinheiro para os cofres vascaínos.
Ao longo dos últimos meses, os cariocas negociaram a Nike. Este, afinal, é um desejo antigo dos torcedores do Gigante da Colina: ver a equipe com o uniforme da empresa norte-americana. Ao que tudo indica, segundo matérias publicadas na imprensa, ambos os lados assinaram um pré-acordo no fim do ano passado.

Outras marcas como Diadora, Puma e Mizuno tentaram entrar no Vasco. A própria Kappa, presente no clube desde 2020, buscou renovar o contrato atual, mas não obteve êxito. A Nike deve pagar R$ 26 milhões por temporada pelos próximos sete anos.
O lançamento do novo enxoval dos cruzmaltinos está previsto somente para o próximo ano, mas a expectativa entre os torcedores já é grande. Espera-se que o novo uniforme marque o início de uma fase positiva para o clube, cheia de vitórias e conquistas dentro das quatro linhas.