Diretoria minimiza possível pressão em jogo contra o Santos
Embora a insatisfação da torcida do Vasco seja intensa com as negociações, a diretoria não teme possíveis protestos e pressões durante o jogo.
O sábado promete ser movimentado para dirigentes e torcedores do Vasco. Além da partida contra o Santos, às 18h30, em São Januário, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, o clube planeja anunciar as saídas do meia Diego Souza e do lateral direito Fagner no decorrer do dia, possivelmente antes do compromisso pela competição nacional. Embora a insatisfação da torcida seja intensa com as negociações, a diretoria não teme possíveis protestos e pressões durante o jogo.
Já no final da noite da última sexta-feira, o presidente Roberto Dinamite desembarcou no Rio de Janeiro vindo de Brasília. O mandatário bateu o martelo e deu o aval cruzmaltino para as transferências. Nos corredores da Colina histórica, a venda de Diego Souza já era considerada certa. Marco Aurélio, pai do jogador, confirmou a transação ao UOL Esporte. Já a situação de Fagner ganhou a característica de irreversível.
Perder o meia para o Al- Ittihad, da Arábia Saudita, e o lateral direito para o Wolfsburg, da Alemanha, causa apreensão em torcedores e na cúpula de futebol. Internamente, o discurso é o de que a diretoria fez o que era possível para mantê-los. Os dois atletas desejaram as transferências por se tratarem de propostas irrecusáveis. Diego Souza tinha contrato com o Vasco até 2015, enquanto o de Fagner iria até o fim deste ano.
A possibilidade de manifestações dos torcedores durante o jogo deste sábado não incomoda os dirigentes. Inclusive, a participação da dupla no compromisso está descartada. Diego Souza nem sequer se concentrou. Fagner esteve no hotel e se despediu dos companheiros ainda na noite de sexta-feira. Recém-contratado, Auremir foi inscrito na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e pode integrar o time titular. O Vasco terá direito a 33% do valor da negociação envolvendo o camisa 10. A transferência será realizada na casa dos US$ 10 milhões (R$ 20 milhões). Os valores envolvendo o lateral ainda são mantidos em sigilo.
“É um direito que a torcida tem. A manifestação é livre em todos os sentidos. Mas não podemos temer esse tipo de situação. O trabalho precisa seguir independente de qualquer coisa. O mais importante é a continuação da boa campanha no Campeonato Brasileiro. A diretoria procura fazer o melhor para o Vasco em todas as circunstâncias”, afirmou Daniel Freitas, diretor de futebol.
uol