Opinião: o Morumba é nosso
O Vasco passeou em campo como se jogasse em casa, já que o São Paulo não consegue nos vencer no Morumbi desde 2008, talvez seja mesmo.
O São Paulo teve sua chance de ganhar o Vasco nos primeiros 10, 15 minutos da partida de ontem, no Morumbi. Enquanto a marcação vascaína ainda se acertava, os tricolores só conseguiram criar uma oportunidade mais aguda, em chute do Luis Fabiano facilmente defendido por Prass.
Depois disso, a verdade é uma só: o Vasco passeou em campo como se jogasse em casa (e já que o São Paulo não consegue nos vencer no Morumbi desde 2008, talvez seja mesmo). Aliás, melhor que se estivesse na Colina, onde o time tem jogado mal. Independente da fragilidade do nosso adversário – que sentiu muito a falta de Lucas e parece ainda não estar sob total controle do seu novo treinador – o Vasco se impos pela força e qualidade da sua equipe.
O 1 a 0 do placar ficou barato para nossos anfitriões. O gol do Fagner, já no segundo tempo, poderia ter sido o segundo ou terceiro (ou…) se Diego Souza não perdesse um gol feito na primeira etapa; ou se Barbio não cabeceasse para fora com o gol vazio após um rebote; ou se o goleiro tricolor não fizesse milagres em chutes do Juninho; ou se o travessão não estivesse no caminho de outra finalização do Reizinho; ou…
O amplo dimínio vascaíno, criado a base de uma marcacão forte no meio de campo e saídas rápidas pelas laterais, durou boa parte do primeiro tempo. Restava saber se o time continuaria bem depois do intervalo. Ney Franco certamente faria alguma alteração em sua equipe e Cristóvão teria que adaptar o Vasco às mudanças tricolores.
Nem foi preciso. Mantendo o mesmo time e estratégia, continuamos dominando o meio de campo, abrimos o placar logo no começo e criamos mais uma penca de boas chances (justo a parte em que o time ficou devendo: finalizações). A expulsão de um jogador sãopaulino facilitou ainda mais as coisas, e não fosse uma tentativa de pressão nos minutos finais (quando tiveram a melhor chance no jogo, em falta cobrada por Luis Fabiano e bem defendida por Prass) o São Paulo teria passado em branco pelo segundo tempo.
O Vasco manteve o hábito de jogar melhor contra adversários mais qualificados e fora de casa e exibiu um futebol que não víamos desde que encaramos o Corinthians na Libertadores. Essa é a forma que a torcida quer sempre ver o time jogando: com pegada, boa movimentação e ligado durante os 90 minutos. Como falei ontem, jogando tudo o que pode, o Vasco tem time para encarar qualquer equipe do futebol brasileiro no mínimo em igualdade. Ontem a equipe provou isso mais uma vez e deu mostras de que tem capacidade de brigar pelo penta até o fim.
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