Relembre o caso de Edmundo, taxista e o ‘árbitro paraíba’

No Brasileirão de 1997, Edmundo talvez tenha vivido o auge da sua carreira como jogador. O ex-atacante levou o Vasco ao título do Brasileiro e, na ocasião, bateu o recorde de gols em uma edição do Nacional. Porém, mesmo brilhando nos gramados, as polêmicas não ficaram longe do Animal.

Na 13ª rodada, o craque foi expulso no empate sem gols entre o Cruz-maltino e o América-RN, no estádio Machadão, em Natal.

Irado com o árbitro cearense Dacildo Mourão, que lhe mostrou o cartão vermelho, Edmundo disparou aos microfones à beira do gramado.

– A gente vem na Paraíba jogar, um Paraíba apita, só pode nos prejudicar.

Após a partida, um pouco mais calmo, o jogador tentou justificar a frase repleta de preconceito.

– Não quis ofender. No Rio de Janeiro a gente costuma chamar todo mundo do nordeste de paraíba.

Pois bem. Dias depois, o cearense Dacildo Mourão desembarcou no Rio de Janeiro para participar de um curso da CBF. Ao pegar um táxi no aeroporto, sem se identificar, questionou o motorista sobre a declaração do Animal.

– É verdade que aqui no Rio vocês chamam todos os nordestinos de paraíbas?

Sem saber que se tratava de Dacildo Mourão, o taxista se meteu em saia justa.

– Não tem nada disso não. Isso foi coisa do Edmundo, que chamou aquele paraíba de paraíba.

Ao perceber que era o personagem do caso em seu banco do carona, o motorista, sem graça, piorou a situação.

– Ih, você é o paraíba do caso Edmundo?

r7