Em entrevista, Nilton fala sobre bom momento na carreira

O volante Nilton vem sendo um dos grandes destaques do Vasco nos últimos jogos. Titular desde o épico jogo contra o Lanús, realizado na Argentina e válido pela oitavas da Taça Libertadores da América, o camisa 19 concedeu entrevista no início da tarde desta terça-feira (29/05) para o repórter Gustavo Penna no programa ‘Momento Esportivo’, da Super Rádio Brasil.

Na oportunidade, o jogador falou sobre seu atual momento com a camisa do Gigante da Colina e revelou que o cruzmaltino vai lutar até o fim pelo título do Campeonato Brasileiro.

Confira na íntegra a transcrição da entrevista:

O grupo do Vasco já deu a volta por cima e superou a eliminação da Libertadores?

“Essa eliminação não era esperada, mas isso infelizmente aconteceu. Ficamos todos chateados com a eliminação, mas está todo mundo conseguindo levantar a cabeça após esses acontecimentos. Agora é focar no Brasileiro e buscar fazer um bom começo de campeonato, até porque é muito importante. Começamos com o pé direito, conquistamos duas vitórias, e agora é manter essa regularidade. Sabemos que é um campeonato longo, díficil e agora só dependemos de nós mesmos para ter uma boa campanha nesse Campeonato Brasileiro. Nossa intenção é sempre buscar o título e no Brasileiro não será diferente”.

Como você avalia seu atual momento com a camisa do Vasco?

“É sempre bom você jogar, ter a oportunidade de estar em campo. Busco corresponder à altura. O professor me deu a oportunidade no jogo contra o Lanús e eu vi que aquele momento só dependia de mim. Eu fico até feliz com o carinho que venho recebendo do torcedor. Eu vinha esquecido, mas eles agora reconhecem o pouco que já fiz pelo clube e o que ainda pretendo fazer. Espero continuar ajudando e dando alegrias para o torcedor do Vasco, pois eles sempre me acolheram da melhor maneira. Quero dar continuidade a esse trabalho que venha fazendo, mas ajudando em primeiro lugar o grupo, o Vasco, que é o primordial acima de tudo”.

Qual é o segredo para se firmar no time titular de um grande clube?

“Isso depende do jogador. Se ele quer se firmar tem que corresponder dentro de campo. Eu cheguei a conversar com o Dedé sobre isso e ele me falou que a confiança é fundamental. Em 2009 o pessoal não acreditava muito nele e hoje ele é um monstro na zaga, é um mito no Vasco. Ele acabou falando que a confiança é o principal atributo que você precisa ter para executar o futebol da melhor maneira. Eu acabei tendo essa confiança e passei a ter tranquilidade para fazer o meu trabalho. Procuro fazer as coisas corretas, pois sei que uma hora ou outra a oportunidade vai aparecer. Graças a Deus ela foi dada e venho aproveitando da melhor maneira”.

A sua esposa é muito exigente em relação ao seu desempenho. A Karin está ficando satisfeita com as suas atuações?

“Com certeza. Nessa última partida contra a Portuguesa ela me deu dicas. Ela senta sempre comigo após dos jogos e diz se joguei bem ou não. Isso é legal, pois é sempre bom você reconhecer os seus erros, você ver onde acertou para poder manter e saber onde deve melhorar. É sempre bom você ter uma parceira, uma companheira e uma parceira que te ajude. A minha esposa é importante e comparece a quase todos os jogos em São Januário. É como diz no casamento “na alegria e na tristeza” e ela está comigo sempre, me apóia sempre. Quando eu erro eu sei que vou escutar muito, mas graças a Deus estou conseguindo manter um regularidade boa. Ela até falou que isso está acontecendo por capacidade minha e méritos meus. Eu posso dizer que são momentos maravilhosos e que estou voltando a conquistar”.

Já esqueceu aquela bola trave do goleiro Cássio, do Corinthians?

“Eu fiquei dois dias sem dormir. Até a véspera do jogo da Portuguesa não tinha caído a ficha ainda e fiquei pensando que se tivesse colocando a bola mais para baixo ela teria entrado. Foi um lance seguido ao do Diego Souza e seria muito importante ter marcado naquele momento. Eu fico muito chateado porque eu nunca tinha visto um grupo tão focado, tão concentrado numa partida. Sabemos que tínhamos condições de sair do Pacaembu, onde é díficil jogar, com a classificação, mas a chateação vem por conta da boa campanha que fizemos e por tudo que passamos. É meio dolorido ser eliminado de uma competição tão importante como é a Libertadores. Todo mundo quer participar de uma Libertadores e eu tive a oportunidade de disputar a minha primeira. Acredito que deixamos uma boa impressão, pois é muito bom terminar entre os oito melhores times do continente. Espero que a torcida do Vasco tenha gostado do empenho e da luta demonstrada em todos os jogos. Não foi fácil, mas temos que reconhecer que o Corinthians também teve seus méritos. Temos agorar quer dar continuidade ao trabalho e focar no Brasileiro”.

torcida do vasco