Vasco usará todas as armas disponíveis para construir vantagem em São

Talvez a principal arma do Vasco será transformar o estádio num verdadeiro caldeirão, para fazer valer o mando de campo e ter vantagem no segundo jogo, no Pacaembu.

Vasco sabe que para passar pelo Corinthians e seguir sonhando com o bicampeonato da Libertadores será fundamental conseguir um bom resultado no primeiro jogo, amanhã, em São Januário. Para tanto, o clube vai usar todas as armas disponíveis. Uma delas, talvez a principal, será transformar o estádio num verdadeiro caldeirão, para fazer valer o mando de campo e ter vantagem no segundo jogo, no Pacaembu.

Os torcedores fizeram fila desde cedo ontem, em São Januário, para comprar os últimos seis mil ingressos disponíveis.

O estádio vai estar lotado e a pressão sobre o Corinthians está garantida. Ontem foi dia de preparativos. Enquanto os jogadores treinavam sob o comando do técnico Cristóvão Borges, dando ênfase especial às jogadas de bola parada — uma das armas mais letais do Corinthians —, o departamento de marketing do clube preparava um vídeo para ser exibido no telão de São Januário antes da partida e durante o intervalo. Cerca de 40 jovens, todos alunos da escola que funciona dentro da sede do Vasco, foram reunidos num setor das arquibancadas e, durante quase uma hora, ensaiaram gritos de incentivo. A intenção é contagiar os torcedores para que estes conduzam o time à vitória.

Mobilização e paciência

Algumas torcidas organizadas estão convocando os torcedores, através das mídias sociais, para não darem sossego ao Corinthians enquanto a delegação estiver no Rio. O time paulista ficará concentrado no Hotel Windsor, na Barra, e a ideia é fazer um grande foguetório na madrugada de terça para quarta-feira, numa tentativa de atrapalhar o sono dos jogadores adversários.

O atacante Éder Luiz conta com o apoio da torcida, mas pede um mínimo de paciência, pois trata-se de um jogo perigoso, em que não levar gol é quase tão importante quanto marcar.

— Em jogo de mata-mata na Libertadores não se pode entrar que nem louco, pois levar gol em casa pode ser fatal. Mas o torcedor não quer saber disso, quer que o time ataque o tempo todo, ainda mais aqueles que bebem uma cervejinha antes e já chegam meio alterados.

Temos que jogar com inteligência, mas se o nosso jogo não estiver encaixando, a força das arquibancadas pode mudar as coisas — alerta o atacante.

— Mas acho perda de tempo ir para a porta de hotel ficar soltando bomba para não deixar o adversário dormir. O que vale mesmo é torcer para o time dentro do estádio, na hora do jogo — completou.

Marcação preocupa Nas duas vezes que se enfrentaram no último Campeonato Brasileiro, Vasco e Corinthians fizeram partidas muito equilibradas. No primeiro turno, no Pacaembu, o time paulista venceu por 2 a 1, mas o resultado mais justo seria o 2 a 2, exatamente o placar da partida do returno, em São Januário.

Nos dois encontros, a forte marcação corintiana foi o grande problema enfrentado pelo Vasco.

— Eles se defendem muito bem. Todo mundo marca, a começar pelos atacantes. Por isso, é muito importante não levarmos gol, pois é difícil fazer gol neles — concluiu Éder Luís.

O zagueiro Rodolfo, que teve boa atuação na derrota de 2 a 1 para o Lanús, em Buenos Aires, pede atenção redobrada para todos,. Mas aposta num dos trunfos do Vasco para avançar na Libertadores.

— Nossa união é quase indestrutível.

Isso conta muito num jogo com características de decisão, como este.

Cristóvão definiu ontem o time que começará jogando amanhã. Será praticamente o mesmo que enfrentou o Lanús, semana passada, A única alteração será a entrada de Felipe no lugar de Juninho Pernambucano, que sequer foi a campo ontem. O Vasco jogará com a seguinte formação: Fernando Prass, Fágner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri. Rômulo, Nìlton, Felipe e Diego Souza; Éder Luiz e Alecsandro.

Os médicos do Vasco explicaram ontem que o meia Carlos Alberto teve um edema muscular, e não ósseo. O problema sequer o impediu de treinar ontem e ele vai começar o jogo no banco, amanhã.

jornal o globo

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