Felipe diz que Cristóvão deve permanecer no Vasco

“Fominha de bola”. Assim, o meia Felipe, um dos jogadores mais experientes do Vasco, se define. Reverenciado durante a carreira por sua habilidade, o camisa 6 foi um dos coadjuvantes na crise entre torcida e o técnico Cristóvão Borges, iniciada durante o segundo tempo da vitória por 2 a 1 sobre o Lanús-ARG, pela Copa Libertadores, em São Januário. Nesta sexta-feira, Felipe falou sobre o caso e negou qualquer insatisfação com o comandante ao ser substituído. Inclusive, disse que o treinador merece continuar no comando vascaíno.

“Chateado todo mundo fica, pois todos querem jogar. Mas a revolta foi com o quarto árbitro. Ele disse que precisava esperar o meu número aparecer na placa para que eu deixasse o campo. Não quis esperar e aproveitei que ele não sabia português para xingar mesmo. Mas isso não tem nada a ver. Cada substituição que o Cristóvão faz a torcida vai gostar ou não. Apesar de me chamarem de veterano, sou fominha de bola. Não gostei de sair. Mas é uma coisa normal o jogador ser substituído. Por que comigo seria diferente? Tem que respeitar quem está entrando. Mas ficar chateado de sair é normal”, explicou.

Felipe acredita que as vaias foram resultantes de um acúmulo de decepções recentes da torcida. As perdas das Taças Guanabara e Rio contribuíram em um momento tenso de um jogo decisivo na Copa Libertadores.

“Isso é um acúmulo de coisas. Perdemos dois títulos e a cultura do brasileiro é assim. Estamos fechados com o Cristóvão. Foi assim que ganhamos a Copa do Brasil. De repente, por ser uma referência dos torcedores, eles ficaram mais chateados na hora da substituição. Ele optou por reforçar a marcação. Não será a última vez que vaiam, nem foi a primeira. O Ricardo Gomes também foi xingado de burro. Acredito que seja exagerado. Eu também não concordei com a substituição, acho que poderia ficar um pouco mais. Mas respeitei, como o Fellipe Bastos também respeitou ao ficar no banco. É assim que funciona. O importante é o Vasco vencer”, disse.

Por fim, o “maestro” falou sobre a boa relação com o técnico Cristóvão Borges. Os dois costumam conversar bastante e Felipe deseja ver o comandante durante muito tempo na Colina histórica.

“Pela pessoa que ele é, merece continuar na equipe. Todo treinador tem direito de acertar e errar. Da mesma maneira que eu erro um passe, ele pode errar uma substituição. Mas todo mundo viu que o grupo está fechado com o Cristóvão. Vamos jogar pela classificação, mas sabemos que o futebol é de resultados. Se não passarmos, muita coisa pode acontecer”, encerrou.

Dedé e Romulo realizam trabalhos físicos

Recuperados de lesões, o zagueiro Dedé e o volante Romulo realizaram uma série de exercícios físicos na manhã desta sexta-feira, mas ainda não treinaram com bola junto aos demais companheiros, atividade que deve acontecer no próximo sábado.

Na próxima quarta-feira, com a possível presença dos dois atletas, o Vasco enfrenta o Lanús-ARG, fora de casa, buscando a vaga nas quartas de final da Copa Libertadores. O Cruzmaltino joga por um empate. Vitória do Lanús por um gol de diferença, mas com o Vasco marcando dá a vaga ao time carioca – exceto 2 a 1. Caso o time argentino vença por 1 a 0 ou por dois gols de diferença, elimina o time de São Januário.

uol