Lédio Carmona apoia Juninho Pernambucano em polêmica

Após Juninho Pernambucano deixar claro que está incomodado com o fato de os termos de seu contrato com o Vasco terem sido revelados, Roberto Dinamite pediu desculpas ao jogador e afirmou que ninguém tem autorização para revelar nada sobre os jogadores. Apesar disso, o presidente do clube não disse quais atitudes tomará para reverter a situação. Para o comentarista Lédio Carmona, ele precisa agir rápido para manter o Reizinho na Colina até o final do ano. O contrato do jogador se encerra em junho (assista ao vídeo).

– As pessoas querem que um ídolo internacional, consagrado pelo mundo inteiro, venha para o Vasco, jogue seis meses de graça e depois mais um ano sem ganhar nada? Ganhando um salário de um jogador comum? Juninho não é um jogador comum. Ele é um ídolo diferente e é um jogador absolutamente entregue à história do Vasco. É fácil forjar ídolos, ídolo não se forma assim, se forma com o tempo, com conquistas e até mesmo sem ganhar ele consegue fazer em prol da história do clube – disse Lédio Carmona, que destacou a importância de Juninho para o torcedor vascaíno.

– O Juninho Pernambucano é uma marca, primeiro para esporte, depois para Lyon e principalmente para Vasco. E nenhum dirigente, conselheiro do Vasco ou quem quer que seja tem o direito de apagar isso. Acho que o que o Roberto (Dinamite) tem que fazer não é só ficar na retórica. O que ele precisa fazer urgentemente é dar um jeito nessa situação e manter o Juninho no Vasco, pelo menos até dezembro, porque até junho vai ter barulho da torcida do Vasco. Se ele resolver ir embora no fim do contrato em junho, a torcida vai reclamar e alguém vai ter que pagar a conta – completou o comentarista no “Tá na Área”.

A primeira passagem de Juninho Pernambucano pelo Gigante da Colina aconteceu de 1995 e 2000. Neste período, ele conquistou dois Brasileiros, uma Libertadores, uma Mercosul, um Rio-São Paulo, um Campeonato Carioca e o respeito dos torcedores. A personalidade do meia também chama atenção de Lédio que acredita que camisa 8 deve servir como exemplo para os mais jovens.

– Eu acho que nós, no futebol brasileiro, cartolas e até parte da imprensa não estamos muito acostumados com a verdade, com a sinceridade, com o jogador que se entrega sem buscar meias palavras, que fala a verdade o tempo inteiro, olhando para a câmera para o repórter e para a máquina de fotografia. Ele não tem medo de falar, não deixa pra depois, ele diz o que pensa. Eu acho que isso espanta e até irrita, porque as pessoas não estão acostumadas.

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