Cristóvão Borges se surpreende com invencibilidade em clássicos
Cristóvão venceu dois clássicos e manteve o Trem-Bala no rumo de uma taça que não conquista desde 2003.
Agora quase ninguém lembra, mas há apenas 17 dias Cristóvão saía de São Januário debaixo de vaias e escutando gritos de ‘burro’ dos torcedores. O Vasco havia perdido para o Nacional na estreia da Copa Libertadores e as críticas se deviam ao fato de o treinador não ter colocado Bernardo em campo. E o tempo fez com que o garoto fosse afastado do elenco, enquanto o treinador venceu dois clássicos e manteve o Trem-Bala no rumo de uma taça que não conquista desde 2003.
Seria a primeira como treinador de Cristóvão, que substituiu Ricardo Gomes no fim de agosto e, seis meses depois, tem ótimo aproveitamento no Vasco. Foram 34 jogos, 18 vitórias, 8 empates e 8 derrotas, com aproveitamento de 60,7% — um pouco menor do que o de Ricardo, com 66% (44 jogos, 25 vitórias, 13 empates e apenas seis derrotas).
Mas o desempenho de Cristóvão é melhor em clássicos estaduais, onde defende a invencibilidade de cinco jogos: quatro vitórias e um empate. Ricardo comandou o Vasco em seis jogos, com apenas uma vitória, quatro empates e uma derrota.
— Eu nunca parei para pensar nessa invencibilidade em clássicos, mas tem a ver com os clássicos que, por si só, já são motivadores. Isso a gente precisa aproveitar e passar para eles, com palestras, na preparação. Colocá-los com consciência disso — afirmou Cristóvão.
Não é só assim que o auxiliar de Ricardo conquistou vitórias e o respeito de muita gente — assim como o troféu de melhor treinador do Brasileiro 2011. A cada clássico, Cristóvão mexe em alguma posição ou até mesmo no esquema do time.
No turno, Chaparro foi titular contra o Fluminense; Fellipe Bastos voltou ao time no último domingo contra o Flamengo; e até Felipe e Juninho atuaram juntos em outra vitória sobre o Tricolor, mas no Brasileiro.
— O Cristóvão é muito inteligente. Ele vê qual o melhor jogador e muda de acordo com as partidas. O grupo já se conhece, sabe como cada um joga. Isso ajuda também — aprovou Dedé.
Fato é que desde o início do que ele chama de “grande missão” e “desafio”, há exatos 178 dias, Cristóvão deixa Ricardo orgulhoso.
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