Dívidas e crise marcam o momento do Universitario
Mas a crise do Universitario é mais profunda. As dívidas ultrapassam US$ 40 milhões ou seja, R$ 70 milhões.
Campeão da Copa do Brasil, firme na luta pelo título brasileiro e único representante do país na Sul-Americana. O Vasco joga nesta quarta-feira, às 21h50m, no Estádio Olímpico de Lima, pelas quartas de final do torneio continental, com um time quase todo reserva, mas com mais moral que o adversário, o Universitario, do Peru, que vive crise sem precedentes.
No fim de semana, o Universitario perdeu por 3 a 0 para o Cienciano, em Cuzco. O que seria só uma derrota do nono para o sexto colocado no Campeonato Peruano foi “uma vergonha”, segundo o atacante do time Ruidiaz. O voo atrasou (assim como os salários, atrasados há cinco meses) e quem jogou foi o time juvenil, que fizera a preliminar e perdeu na altitude.
Mas a crise do Universitario é mais profunda. As dívidas ultrapassam US$ 40 milhões (R$ 70 milhões), sobretudo com a SUNAT, órgão de arredacação de impostos do governo. Seria até pouco em relação aos times brasileiros, mas os valores não se comparam. Enquanto o Universitario recebe US$ 1,2 milhão (R$ 2,1 milhões) pela transmissão de jogos do Peruano, os clubes brasileiros ganham ao menos R$ 15 milhões pelo acordo antigo. No novo contrato, o montante varia de R$ 29 milhões a R$ 84 milhões.
Para piorar, no jogo contra o Alianza de Lima, há um mês, um torcedor morreu no estádio Monumental, que tem capacidade para 80 mil pessoas. Como punição, o Universitario joga hoje no Nacional, que é menor e custa US$ 60 mil de aluguel para os combalidos cofres do time.
Há 11 meses na presidência do clube, o empresário Julio Pacheco, dono de uma empresa de recursos humanos, que patrocina o time há quatro anos, já tirou US$ 100 milhões do bolso para pagar dívidas. Apesar da crise, o time é o mais bem classificado do Peru no ranking da Conmebol, em 28.
Fonte: extra on line